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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O ÚLTIMO REI DE PORTUGAL

Foto de Nova Portugalidade.

Também chamado "o Patriota" ou "o Desaventurado", Dom Manuel II foi o último Rei de Portugal e dos Algarves de 1908 até à sua deposição em 1910 com a Implantação da República Portuguesa. Fotografia restaurada e colorida pelo especialista português Jorge Henrique Martins.

ALEIXO GARCIA, O ALENTEJANO QUE DESCOBRIU O IMPÉRIO INCA DÉCADAS ANTES DE PIZARRO

Foto de Nova Portugalidade.

A conquista do império inca por Francisco Pizarro, que com mera centena de homens e a ajuda do seu carácter ardiloso capturou o Sapa Inca e demoliu o seu reino, foi um acontecimento determinante da História das Américas. Décadas antes do golpe de mestre que rendeu a Castela a antiga civilização andina, contudo, já um português tivera contacto com os incas. Foi Aleixo Garcia, navegador e descobridor português nascido no Alentejo e tornado servidor de Castela.

Naufragado no que é hoje o sul do Brasil, Garcia terá visto os companheiros castelhanos devorados por autóctones canibais. Acabariam salvos por uma embarcação portuguesa, levados para Lisboa e trocados, por fim, por portugueses aprisionados por Castela nas Caraíbas. De novo ao serviço da Espanha, Garcia regressou às Américas. A atraí-lo estiveram os relatos, que já por essa altura começavam a chegar aos ouvidos de portugueses e espanhóis, de cidades de riqueza fabulosa no interior da selva, templos de ouro maciço, uma "Serra de Prata" e um monarca imensamente próspero que se conhecia como "Rei Branco". Já no Paraguai, que descobriu, Aleixo e quatro outros europeus - que seriam, com toda a certeza, portugueses e castelhanos - recrutou uma força de 2000 índios e embrenhou-se mais ainda no mato. Marcharam para os Andes.

Em 1525, caminhando desde o Atlântico, alcançaram a extremidade oriental do império inca. Garcia, companheiros europeus e tropa indígena atacaram e saquearam depois numerosas aldeias e cidades incas. Causaram, ao que parece, grande estrago na região, e só foram obrigados a retirar-se quando chegou à região vasto contingente militar enviado pelo próprio imperador. Morreu nesse mesmo ano em circunstância incerta, havendo confusão quanto ao que o venceu. Na pena de alguns historiadores, o descobridor morreu após ataque de índios payaguás quando regressava com prisioneiros e saque ao Rio da Prata; de acordo com outros, foi vítima de desentendimentos com os colegas europeus quanto a que destino dar às propriedades saqueadas e assassinado por um deles. Seja como for, Aleixo Garcia conquistou a tripla glória de ser o primeiro europeu a cruzar o Paraguai, a pôr pé na Bolívia e a chegar ao império inca.

RPB

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

A PORTUGALIDADE VAI AO PORTO

Foto de Nova Portugalidade.

No dia 10 de Fevereiro, pelas 18h00, estaremos na sede da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde a explicar o que é isto da Portugalidade. Falarão Rafael Pinto Borges, presidente da NP, e Hugo Dantas, vice-presidente. A NP convida a estarem presentes todos os seus amigos.


IMIGRAÇÃO CHINESA PARA O BRASIL VIA MACAU

Foto de Nova Portugalidade.

Os carpinteiros da ribeira

No primeiro andar do vetusto mosteiro de São Bento, em toda a área do claustro, funciona a maior biblioteca da América Latina, “não em número de livros, mas de títulos’, como ressalva o monge beneditino Silvério, que tem a amabilidade de me conduzir numa visita guiada. Entramos no edifício propriamente dito, através do corredor onde estão as celas dos monges, com nomes de santos gravados na ombreira da porta. “Esta pertencia ao padre Estêvão, o nosso maior teólogo, homem muito capaz”, informa Silvério, apontado para uma das celas.

O frade abre depois a porta que dá acesso a uma varanda com vista sobre a Baía de Guanabara e a Ilha das Cobras. Outrora “uma das senzalas da nossa ordem”, a ilha foi aterrada e tem hoje um desenho quase rectangular. Uma das pontes liga-a à cidade e a outra, em forma de esquadro, à pequeníssima Ilha Fiscal. Há guindastes por todo o lado e um grande edifício do século XIX. Testemunho de outros tempos, uma pequeníssima mancha verde, “o Castelinho”. Era ali que andariam as cobras, o justificativo da designação da ilha. Duvido que sobreviva alguma, mas nunca se sabe. 

Concentremo-nos antes no tal edifício do século XIX, pois aí ficaram temporiamente alojados, em 1814, várias dezenas de chineses originários de Macau, como o comprova um documento guardado numa das gavetas do Arquivo Histórico Ultramarino e intitulado “Relação nominal dos chinas que se acham aquartelados na Ilha das Cobras”.

Mas, afinal, quem eram esses chinas? Diz-nos o documento que totalizavam 68, um deles se chamava Assan e teriam ali chegado a bordo do navio Luconia. Alguns seriam “carpinteiros de machado” ou “carpinteiras da ribeira”, ou seja, construtores de barcos. A ideia do envio de carpinteiros navais chineses para o Brasil partiu de Ouvidor Manuel de Arriaga, visionário neste como noutros capítulos (o da introdução do chá é exemplo sobejado), que um ano antes informara quem de direito da chegada a Salvador da Baía a bordo do navio D. Maria (com destino a Mucuri, conhecido mais tarde como São José de Porto Alegre), da habitual remessa de plantas de chá, pois as sementes das anteriores tinham germinado com sucesso, e alguns carpinteiros destinados aos estaleiros locais, onde desde o século XVII se construíam naus, galeões e fragatas, admiráveis embarcações de alto-bordo prontas a enfrentar as mais alterosas vagas. No mesmo documento dá-se notícia ainda do envio para o Brasil de outros cento e quarenta trabalhadores, alguns deles operários navais distribuídos pelos navios Nossa Senhora da Luz e Maria Primeira, que ficariam alojados na Real Fazenda de Santa Cruz, antiga residência de jesuítas e refúgio de verão para a exilada família real, onde provavelmente foram também parar os que temporariamente habitaram a Ilha das Cobras.

Entre essa extensão de terra e o pontão de Mauá, num estaleiro naval, avisto dois submarinos e dois navios de guerra, entre várias outras embarcações. Com a ajuda da lente de 200 milímetros da minha máquina fotográfica posso ler-lhes os nomes pintados no casco: Tupi e Tamoio, S30 e S31, respectivamente. Estes são os nomes de duas das tribos com maior expressão no Brasil. 

“Tudo aquilo era propriedade nossa que ao longo do tempo nos foi retirada pela Marinha”, queixa-se o frade, referindo-se a uma época em que tudo o que se escutava no mosteiro era o marejar das águas. Hoje, é preciso fechar todas as janelas e só a extrema grossura das paredes evita a entrada contínua dos ruídos do trânsito.

O aterro permitiu a construção de mais uns edifícios com telhados de zinco e de um viaduto movimentadíssimo. Ao longe, avista-se, quase junto à ponte de Niterói, uma ilhota, com um aspecto artificial, que reúne um conjunto de bonitos edifícios coloniais rodeados por árvores. “Igualmente pertence à Marinha brasileira”, informa o meu anfitrião. 

Também os registos da Marinha, que o investigador Juvenal Greenhalgh tem vasculhado, revelam dados esclarecedores. No seu livro “O Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro na História, 1776-1822”, o investigador dá-nos conta da “cópia das condições em que vieram os chinas que de Macau foram remetidos com destino para o serviço do Arsenal Real da Marinha”, encaminhado para o inspector do mesmo, José Maria de Almeida, por expressa ordem do Príncipe Regente.

Em Petrópolis, no Arquivo Histórico do Museu Imperial, dois documentos referem a presença de um indivíduo chinês nos escaleres do Arsenal Real da Marinha. Trata-se de um tal João António, que enviaria uma petição ao Príncipe Regente solicitando que – por motivos de saúde, e por o “capitão do distrito” o ter acusado de compadrio com os índios tinha-o remetido, como castigo, para os trabalhos no arsenal – lhe desse “baixa” e a possibilidade, “quando houver ocasião”, de regresso ao seu país natal. O atestado médico anexo ao documento data de 1809, sinal de que se tratava, de facto, de alguém ali empregado contra a sua vontade e não traduzia qualquer política de integração de trabalho braçal chinês na economia local.

Joaquim Magalhães de Castro


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

DOM DINIS: UM MESTRE DA LITERATURA MEDIEVAL

Foto de Nova Portugalidade.

D. Dinis é um caso excepcional na literatura medieval, visto que a tónica dos seus poemas possui uma originalidade e singularidade que não se encontram em mais nenhum outro autor de poesia trovadoresca. Embora seguindo formalmente o cânone da poesia da Provença, na actual região de França, o Rei sempre encarou o modelo da poesia trovadoresca provençal com uma certa distância crítica, visto que, de acordo com ele, esses trovadores limitavam-se a seguir ocamente um cânone literário sem expressarem verdadeiramente os seus sentimentos.

Estamos aqui perante uma profissão de fé poética que, mais do que um aspecto episódico de escrita, reflecte aquilo que faz a originalidade da sua poesia: essa dedicação a uma expressão do sentimento – em particular amoroso – que vem do fundo do ser e da alma, e não se limita a efectivar uma estrutura formal poética destituída de qualquer ponta de emoção genuína. Pode-se interpretar esta característica como um traço profético de modernidade que se manifestaria de forma pujante na poesia subsequente. Se nos debruçarmos sobre a poesia deste Rei, é possível descortinar um profundo conhecimento dos sentimentos e das relações amorosas que, quer nas cantigas de amigo quer nas de amor, constituem um vasto leque de situações, desde o namoro ao amor adúltero.

D. Dinis é um dos trovadores que mais longe levou a sua mestria no tratamento da linguagem poética, desde a forma mais popular das cantigas paralelísticas até às cantigas de amor, que se situam na linha elaborada da poesia provençal. Esta elasticidade literária revela o verdadeiro génio poético do Rei, já que a sua vertente escrita multifacetada revela um polimorfismo de capacidades em acção. No entanto, se ele é capaz das mais simples e inocentes formulações, que vêm de uma oralidade e coloquialidade em que se diz com toda a simplicidade «Ai madre, moiro d’amor!», também se encontra um substrato com um significado muito mais profundo e quase místico quando a amiga se dirige a Deus para saber novas do amado, em «Ai flores, ai flores do verde pino». Neste poema, curiosamente, não é Deus que dá a resposta, mas sim a própria natureza, num animismo quase panteísta que é sem dúvida um dos aspectos que torna esta cantiga um caso único na poesia medieval. Uma tal subtileza artística e espiritual só poderia ser produto de uma inspiração superior.

O que é original em D. Dinis é que esta entrega total às emoções e aos sentimentos humanos leva-o a traçar, inteligentemente ciente de todo o complexo universo humano dos afectos, um panorama transversal dos modos de relação amorosa. Na poética dionisina, o amor está para lá do universo estreito das convenções da época, embora respeitando e seguindo os códigos formais da poesia, apresentando o que poderíamos designar como um «teatro de sentimentos». A preponderância dos sentimentos na obra de D. Dinis, carga intemporal dos corações humanos, faz deste Rei um autor plenamente actual e transversal a todas eras.

Miguel Martins

MENTIRAS, MENTIRINHAS E MENTIRONAS

Foto de Nova Portugalidade.

Passei o dia a consultar processos respeitantes às relações entre Portugal e estados não-comunistas da África e Ásia ao longo da década de 60. Ao contrário do que por aí se diz, por estupidez e ignorância, mas sobretudo por má-fé, os grandes líderes do chamado Terceiro Mundo - Hailé Selassie, Senghor e Sukarno - quase pediam desculpas a Portugal pelas posições que tinham de assumir. Hailé Selassie quase chorou em frente do Embaixador de Portugal em Adis Abeba, Faria e Maya, quando em 1963, pressionado, foi obrigado a cortar relações com Lisboa. Quanto a Sukarno, repreendeu duramente Nehru pelo ataque à Índia Portuguesa e, logo depois, afirmou que Timor era e ficaria português, pois reconhecia-lhe uma identidade tão distinta daquela da Indonésia que "integrar Timor Português na Indonésia seria uma agressão" (sic). Quanto a Senghor, aqui veio em 1974 para proferir uma conferência na Academia das Ciências. Esperava-se que fizesse, como as circunstâncias o impunham, um violento discurso anti-colonial. Para espanto e fúria da turba que o ouvia, Senghor lembrou que tudo devia a Portugal, até o seu nome, pois Senghor quer dizer Senhor. Chega de mentiras. Desandem !

MCB

domingo, 28 de janeiro de 2018

MISSAS DE SUFRÁGIO - 110 ANOS DO REGICÍDIO


Assinalando-se 110 anos sobre o trágico regicídio, a Real Associação de Lisboa cumpre o doloroso dever de mandar celebrar a habitual missa de sufrágio pelas almas de Sua Majestade El-Rei Dom Carlos I e de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Luiz Filipe, no próximo dia 1 de Fevereiro de 2018, pelas 19:00, na Igreja de São Vicente de Fora.
Depois da Celebração Eucarística terá lugar a romagem ao Panteão Real, onde Suas Altezas Reais os Senhores Duques de Bragança deporão uma coroa de flores junto aos túmulos reais.
Para mais esclarecimentos contacte-nos através do endereço secretariado@reallisboa.pt , pelo telefone 21 342 81 15 ou presencialmente na nossa Sede nos horários habituais.

Contamos com a presença de todos!


Real Associação de Lisboa





MISSA DE SUFRÁGIO POR EL-REI D. CARLOS I E PELO PRÍNCIPE REAL D. LUIZ FILIPE


A Real Associação de Coimbra informa que no próximo dia 1 de Fevereiro (5.ª feira), pelas 18,30 horas, será celebrada na Igreja da Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes (Montes Claros), em Coimbra, Missa de Sufrágio pelas almas de Sua Majestade, El-Rei Dom Carlos I, e de Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom Luiz Filipe.

 Na mesma Cerimónia serão igualmente sufragadas as almas de todos os Portugueses monárquicos recentemente falecidos.
 A Missa será acompanhada pelo grupo vocal Ançã-ble.

Convidam-se todos os Portugueses a estarem presentes neste piedoso acto em memória do Soberano e do Herdeiro da Coroa de Portugal.

    Que Deus Guarde Portugal e a Família Real!

Com os melhores cumprimentos,

Joaquim Costa e Nora



Foto de Álvaro Meneses.

MISSA DE SUFRÁGIO POR SM EL-REI DOM CARLOS E O POR S.A.R. O PRÍNCIPE REAL DOM LUIZ FILIPE

A REAL ASSOCIAÇÃO DE VISEU INFORMA QUE NO PRÓXIMO DIA 1 DE FEVEREIRO (QUINTA-FEIRA), ÀS 19:00 HORAS, SERÁ CELEBRADA MISSA DE SUFRÁGIO POR SM EL-REI DOM CARLOS E O POR S.A.R. O PRÍNCIPE REAL DOM LUIZ FILIPE, NA IGREJA DA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM VISEU (PERTO DA ESTÁTUA DE VIRIATO).


NA MESMA CERIMÓNIA SERÃO IGUALMENTE SUFRAGADAS AS ALMAS DE TODOS OS MONÁRQUICOS PORTUGUESES FALECIDOS.

CONVIDAM-SE TODOS OS PORTUGUESES A ESTAREM PRESENTES NESTE PIEDOSO ACTO.


 RAV Real Associação De Viseu

MISSA POR ALMA DO REI DOM CARLOS - Porto

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Real Associação do Porto informa que será celebrada, no dia 1 de Fevereiro, uma Missa em memória do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luís Filipe, na Igreja de São José das Taipas, na Cordoaria, pelas 19H30, presidida pelo Reverendo Pe. Jardim Moreira, convidando todos os associados e simpatizantes a nela participar. 

Esta celebração terá um carácter ainda mais especial por este ano se comemorarem os 110 anos do Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, do qual resultou a morte do Rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe de Bragança.


Real Associação do Porto




Foto de TV Monarquia Portuguesa.


Foto de Belinha Miranda.

A Real Associação de Braga manda celebrar no dia 01 de Fevereiro de 2018, às 17H30, na Sé Catedral de Braga, uma Missa de Sufrágio por Alma de Sua Majestade El-Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luís Filipe.

Real Associação de Braga



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A Real Associação da Beira Litoral manda celebrar Santa Missa no dia 1 de Fevereiro às 19H00, na Sé Catedral de Aveiro,  por Alma e eterno descanso do Rei Dom Carlos de Portugal e do Príncipe herdeiro Dom Luís Filipe cruelmente ASSASSINADOS em 1 de Fevereiro de 1908.



Foto de José Carlos Ramalho.
Foto de José Carlos Ramalho.

ALMEIRIM . Santa Missa no dia 4 de Fevereiro às 11H30 por Alma e eterno descanso do Rei Dom Carlos de Portugal e do Príncipe herdeiro Dom Luís Filipe cruelmente ASSASSINADOS em 1 de Fevereiro de 1908, 
Intenção também pela Alma do Rei-Cardeal Dom Henrique que morreu durante as Cortes de Almeirim de 1580.

RARÍSSIMO É ESSE COMPORTAMENTO NUM CHEFE DE ESTADO

Foto de Nova Portugalidade.

"D. Carlos estimava muito os pescadores, e eles ainda hoje se lembram do rei a quem falavam, não com a subserviência dos políticos, mas de igual para igual, como a um pescador de maior categoria. Às vezes D. Carlos encontrava-os no mar alto.- Então que tal a pesca? - Nada.- Também vocês estão aqui, e ali em baixo, a três milhas, o peixe anda aos cardumes.- Mas com este vento como é que a gente há-de lá ir? - Botem os cabos!... - E voltando atrás, levava-os a reboque do iate até ao sítio da abundância."

Raul Brandão
in Algarve.

AS SETE MARAVILHAS DE PORTUGAL NO MUNDO: CIDADE VELHA DE SANTIAGO, EM CABO VERDE

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Na Europa, na Ásia, na Oceânia ou na África, a Portugalidade está sempre presente. A Cidade Velha de Santiago, em Cabo Verde, foi a primeira localidade de sempre a ser fundada pelos portugueses - e, logo, por qualquer povo originário da Europa - nos Trópicos. Foi fundada em 1462, apenas dois anos sobre a chegada de Portugal à ilha de Santiago. E ali fica, ainda, a primeira catedral católica erguida em África. Uma verdadeira maravilha da Portugalidade.



Vale bem a pena assistir a esta curtíssima reportagem da RTP.



Nova Portugalidade

sábado, 27 de janeiro de 2018

O PRÍNCIPE DOM LUÍS FILIPE A BORDO DO IATE REAL AMÉLIA

Foto de Lopo Maria Albuquerque.

O príncipe foi assassinado juntamente com o seu pai, o rei D. Carlos, aos 21 anos de idade, pela canalha carbonária em 1908.
Exerceu a regência do Reino em 1907 durante escasso período de tempo, aquando da deslocação de seu pai em visita protocolar ao estrangeiro. Nesse mesmo ano, o príncipe D. Luís Filipe visitou oficialmente as colónias, visita essa que teve grande impacto à época.

O Príncipe Real, tal como seu pai, desfrutava de grande prestígio no exército, e sabendo das ameaças de morte a D. Carlos, andava sempre armado de revólver para o defender quando fosse preciso, jurando que o matariam primeiro a ele antes de matarem o seu pai e seu rei. E de facto antes de morrer ainda atirou a um dos regicidas. O Regicídio abriu caminho para a implantação revolucionária da República.

Foto de Mário Guinapo


CORPO DE FUZILEIROS DE PORTUGAL E CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS DO BRASIL

Foto de Nova Portugalidade.

O Corpo de Fuzileiros de Portugal e o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, filhos da mesma mãe portuguesa

Confundindo-se a sua História com a dos seus irmãos portugueses, o Corpo de Fuzileiros, o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil é culminação de larga árvore genealógica e receptor do legado de muitas gerações de homens com experiência de combate no mar. Diz-se muitas vezes, sem motivo claro, que o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil foi fundado em 1808, mas esse foi apenas o ano em que aquela formação militar, na altura a Brigada Real da Marinha Portuguesa chegou às Américas. Aquela força, naturalmente, já existia e não era mais que a mais recente reorganização da infantaria naval portuguesa. Esta, ora, nem data de 1808, que foi meramente o ano da sua transferência para as Américas, nem de 1797, quando Maria I mandou criar a Brigada Real da Marinha. A Brigada era, afinal, não mais que os três regimentos da Armada - os 1º e 2º de Infantaria, mais o Regimento de Artilharia da Armada - na forma que Maria decidiu dar-lhes.

As formações em si existiam, naturalmente, já há muito. Os fuzileiros portugueses - e, por conseguinte, os brasileiros - têm existência ininterrupta desde 1618, quando se fez o Terço da Armada da Coroa de Portugal. O Terço - "terço" foi o nome tradicional dos regimentos portugueses até ao século XVIII, quando por influência europeia se adoptou a actual designação - tinha por objectivo o guarnecimento da artilharia e fuzilaria dos vasos da Armada, assim como a participação em operações anfíbias que viessem a ser necessárias. Na verdade, estas tropas têm entre nós História mais antiga ainda, pois datam de 1585 - fala-se em 1618 por ser desse ano a formação de um terço concretamente devotado a estes objectivos. Seja como for - 1585 ou 1618 - o que resulta claro é que a infantaria naval portuguesa foi, talvez, a segunda do mundo a ser criada - mais antiga, só a espanhola, que data de 1537. Outros corpos de fuzileiros internacionais são todos eles mais recentes, como os Royal Marines britânicos (1664), os Korps Mariniers holandeses (1665), os Marines norte-americanos (1775), os Troupes de Marine da França (1622) ou a Infantaria Naval russa (1705).

Transferida com a corte e a Rainha para o Brasil em 1808, a Brigada Real de Marinha, herdeira directa do Terço da Armada, foi instalada no mesmo ano na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras pelo Secretário da Guerra, o Conde da Anadia. Os fuzileiros brasileiros de lá mais não saíram, e a Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara, mantém-se até aos nossos dias o seu quartel-general. Com a independência do Brasil, declarada em 1822 e reconhecida em 1825, o que da Brigada lá estava instalado transformou-se no Batalhão de Artilharia Naval da Marinha Imperial do Brasil, antecessor directo do actual do Corpo de Fuzileiros Navais. Os fuzileiros brasileiros seriam chamados a combater na Guerra dos Farrapos e na Guerra do Paraguai, assim como, nos nossos dias, em numerosas operações de paz da ONU. Em Portugal, deu-se processo similar. Em 1832, a Brigada passa a Regimento da Armada Real Portuguesa, e em 1837 em Batalhão Naval. Os fuzileiros de Portugal combateriam nas campanhas africanas do século XIX, na Primeira Guerra Mundial e na Guerra do Ultramar. Hoje, são uma das melhores forças à disposição das forças armadas portuguesas e participam frequentemente em operações de paz sancionadas pela ONU.

RPB

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O GRANDE MOSTEIRO DE ALCOBAÇA VISTO DO AR

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O Mosteiro de Alcobaça, ou Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, foi o primeiro grande complexo religioso a ser estabelecido pelo Portugal independente. Feita a doação por Dom Afonso Henriques, a construção iniciou-se em 1152. Nestas pedras, tão velhas quanto velho é Portugal, foram a enterrar os nossos Reis - e, entre estas pedras, geração após geração de monge registou a nossa memória colectiva.

DIA DE SÃO VICENTE, DIA DO NASCIMENTO DO BRASIL

Foto de Nova Portugalidade.

Foi a 22 de Janeiro de 1532, então e hoje ainda Dia de São Vicente, que se fundou a primeira vila brasileira. Os portugueses, naturalmente, conheciam já há décadas o Brasil, que haviam descoberto em 1500. Contudo, o processo de assentamento conheceu diversas fases, não se iniciando imediatamente a colonização eficaz do território pelos portugueses. Algumas tentativas primitivas, como a de 1503 em Porto Seguro, não parecem ter tido seguimento e limitaram-se à construção de pequenos fortins. Nos primeiro decénios após o descobrimento, a costa brasileira foi, sobretudo, destino de comerciantes, extraindo-se de sua costa - e comprando-se aos indígenas locais - o pau-brasil que acabaria por oferecer o nome ao nascente país.

A ilha em que se localiza a cidade, também chamada São Vicente, é assim conhecida desde a sua descoberta, em 1502. Esta dera-se, igualmente, a 22 de Janeiro. O facto é curioso, pois São Vicente é também, consabidamente, santo padroeiro de Lisboa. Exactos trinta anos sobre o descobrimento e nomeação da ilha, corria agora o ano de 1532, levantou-se nela a primeira vila brasileira. O seu fundador foi Martim Afonso de Sousa, verdadeiro gigante da acção e inaugurador da construção brasileira.

Incumbido de edificar no Brasil um novo Portugal, Sousa não se limitou à fundação de centros aglutinadores da colonização portuguesa. Em São Vicente foram erguidas as bases do poder luso, o que significou recriar nas Américas as instituições políticas, judiciais e organizativas do reino metropolitano. Estas eram exactamente as mesmas que as existentes em Portugal, não podendo ser dado crédito à tese comum de que o Brasil foi colónia portuguesa - objectivamente, não foi, e o que se fez em terra brasileira foi tão simplesmente uma continuação transatlântica do Portugal europeu. Levantou pelourinho, símbolo da liberdade municipal, ergueu uma igreja e construiu a primeira câmara municipal do Brasil português. Para esta se realizaram depois, em 22 de Agosto do mesmo ano, as primeiras eleições - isto é, o primeiro acto democrático - na História das Américas. Dois anos passados, foi ainda por São Vicente que se travou a primeira guerra da vida do jovem Brasil. Justificados por uma interpretação bizarra - e bizarra significa, no caso, falsa e abusiva - do Tratado de Tordesilhas, instalou-se nas proximidades de São Vicente uma força espanhola. Esta atacou e destruiu larga parte da vila, massacrando no processo muita da população. Os aventureiros castelhanos foram postos em debandada na sequência de enfrentamentos que se conhecem como a "Guerra de Iguape". Estava criada São Vicente e fundada a vida civilizada em terras brasileiras.

RPB


Na imagem, detalhe de "A fundação da vila de São Vicente" por Benedito Calixto de Jesus.


SALA CHEIA PARA OUVIR MARIA DE DEUS MANSO


Sexta-feira, pelo fim da tarde, a convite da Nova Portugalidade e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o Palácio dos Almadas encheu-se para ouvir a Professora Maria de Deus Manso discorrer sobre a acção da Companhia de Jesus no Oriente. Um sucesso de comunicação, acessível, clara, explicativa e interessante e que foi correspondida largamente pelo muito público. Foi esta a primeira conferência de um largo ciclo agendado para o ano em curso, o qual, estamos certo, preenche uma lacuna na sensibilização e formação de públicos atentos para os temas da Portugalidade.

Foto de Nova Portugalidade.

Foto de Nova Portugalidade.
Maria de Deus Manso com os quadros dirigentes da Nova Portugalidade e Doutor Pedro Saraiva, da direcção da SHIP.

Foto de Nova Portugalidade.
Uma centena e meia de participantes atentos encheu por completo o Salão Nobre do Palácio da Independência. Grande sucesso.

Foto de Nova Portugalidade.
A Professora Maria de Deus Manso autografa A Companhia de Jesus em Portugal, a sua mais recente obra.

Foto de Nova Portugalidade.
Rafael Pinto Borges apresenta a oradora.

Foto de Nova Portugalidade.

Foto de Nova Portugalidade.
Em representação da SHIP, o Doutor Pedro Saraiva inaugura o ciclo de conferências.

Foto de Nova Portugalidade.