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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

"CANTAR OS REIS DE OVAR" AINDA AGUARDA SER PATRIMÓNIO IMATERIAL NACIONAL

Foto de Rafael Gomes Amorim.




A tradição de Cantar os Reis em Ovar é uma prática poético-musical multi-localizada, performada em colectivo, localmente, em espaços públicos e privados do concelho de Ovar por ocasião da Festa dos Reis Magos (6 de Janeiro), em formato apresentativo. Envolve a performance musical de repertórios polifónicos próprios contendo partes solisticas, de grupos corais e instrumentais (as trupes ou “troupes”) formados por ovarenses (auto-designados "vareiros"), dirigida a indivíduos ou instituições específicas, contendo mensagens cantadas alusivas aos valores de base cristã inspiradas pelos episódios do ciclo de Natal, nomeadamente o da visita dos Reis Magos. A performance das Troupes de Reis promove trocas materiais (alimentos, bebidas e dinheiro) e simbólicas (música, poesia, canto, homenagem e reconhecimento pessoal) com os seus destinatários, que contribuem para a afirmação e redefinição permanente dos papéis sociais, sendo a performance musical o principal interface dessa relação dialógica. Esta prática está documentada ininterruptamente desde o século XIX, tendo no seu centro as Troupes de Reis, no âmbito das quais se dão os processos de transmissão e de renovação dos valores e dos conteúdos subjacentes. Um exemplo, entre outros, é o facto de a música incluir uma sequência codificada de três peças, designadas localmente por Saudação, Mensagem e Despedida, estrutura esta apreendida e compreendida no contexto dos ensaios e das apresentações anuais.

Cantar dos Reis de Ovar quase Património Imaterial Nacional (DA)  

A tradição vareira do Cantar dos Reis leva, pelo menos,  125 anos de história desde que a Troupe dos “Reis dos Alves” ou a “Troupe dos Velhos” surgiram em 1893.

 

A Câmara de Ovar lançou o desafio e os Reiseiros aplaudiram, em uníssono, a ideia. O município quer que a tradição vareira Cantar dos Reis, com 123 anos de história, faça parte da matriz do inventário nacional do Património Cultural Imaterial e a papelada já está a ser tratada.

A vontade foi anunciada no colóquio O Cantar dos Reis em Ovar – Uma História de Diferenciação,  em que foram homenageados nove Reiseiros, entre eles o padre da cidade Manuel Pires Bastos.

Ovar tem, neste momento, cerca de 700 Reiseiros espalhados por 17 troupes de adultos e oito infantis que se juntam para ensaiar e tocar músicas originais de início de ano.

O presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, admite que estava na hora de prestar a devida homenagem a uma tradição muito enraizada na comunidade vareira e que tem passado de geração em geração.

E uma coisa é o Cantar dos Reis de Ovar, outra é cantar as Janeiras de porta em porta. “O Cantar dos Reis é uma tradição Reiseira que tem 125 anos, algo que, de facto, não é normal. É um grupo de pessoas que se começa a juntar alguns meses antes da época natalícia para preparar três canções diferentes, completamente originais, e de uma enorme qualidade sob o ponto de vista musical”, afirma ao PÚBLICO. A primeira canção é uma saudação, a segunda uma mensagem de Natal, de paz, harmonia e esperança, e a terceira uma despedida num tom mais descontraído.

A preocupação com a componente musical é uma constante das 25 troupes que de 2 a 6 de Janeiro percorrem as ruas da cidade, cafés, restaurantes e casas particulares. Há troupes que cantam a três vozes e todas usam vários instrumentos. Salvador Malheiro considera que está na hora de prestar a devida homenagem aos Reiseiros e a candidatura, que é recebida como um motivo de orgulho pela população, surge nesse contexto.

Neste momento, uma comissão de análise prepara o processo de candidatura, reunindo e analisando uma série de documentação escrita e musical.

O vice-presidente da Câmara de Ovar, Domingos Silva, é Reiseiro há cerca de 20 anos e está satisfeito com o passo dado. “Houve uma evolução significativa desta tradição ao longo dos mais de 100 anos de existência. Ganhou uma nova dimensão sociológica e humana que a diferencia de outras formas de cantar os Reis. É, também, chegado o momento de definir as características das troupes que materializam esta tradição”, garante.

 

Fonte: Jornal Público

 

2014: O INÍCIO DO PROCESSO

A tradição do “Cantar dos Reis” em Ovar candidata a Património Cultural Imaterial

 A CMOvar lançou o desafio e os reiseiros aceitaram

A tradição do “Cantar dos Reis” em Ovar será candidata a Património Cultural Imaterial. O desafio foi lançado pela Câmara Municipal de Ovar e aceite pelos Reiseiros, por unanimidade e aclamação, no colóquio “o cantar dos Reis em ovar – uma história de diferenciação”. A autarquia dará agora início ao processo de candidatura, com vista à inscrição da Tradição Reiseira de Ovar na Matriz do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
  
No período da manhã, a sessão de abertura do colóquio ficou a cargo do presidente da Câmara Municipal, Salvador Malheiro, que se dirigiu aos Reiseiros afirmando: “esta homenagem que hoje aqui prestamos é muito merecida e há muito devida, pelo esforço e pela dedicação à defesa e preservação desta tradição que tanto orgulha o Município de Ovar.” O autarca afirmou ainda “prometemos criar uma nova dinâmica cultural, potenciar as nossas tradições, e valorizar as pessoas e os nossos artistas. E, os Reiseiros de Ovar são um dos melhores exemplos que temos na arte vareira.” Por fim, lançando o desafio de candidatar a tradição do “Cantar dos Reis” a Património Cultural Imaterial, Salvador Malheiro referiu: “só perspectivamos o futuro se formos conhecedores do nosso passado. E só aproveitamos os desafios do século XXI se não esquecermos o passado. A autarquia não quer perder oportunidades. Queremos levar esta tradição secular mais longe. E este colóquio é o ponto de partida para este desiderato. Estamos empenhados e contamos com o vosso empenho.” Este desafio foi aceite, por unanimidade, e mereceu um forte aplauso de todos os presentes.

Ainda no período da manhã, a Câmara Municipal prestou uma sentida homenagem aos Reiseiros Américo Oliveira, António Brandão, João Costa, José Costa, José da Vesga, José Muge, Manuel Ferreira, Manuel Redes e Padre Manuel Pires Bastos, pela sua dedicação a esta tradição vareira.

O vereador da Câmara Municipal, Domingos Silva, Reiseiro há cerca de 20 anos, afirmou: estamos a homenagear pessoas que trazem alma a esta tradição que nos caracteriza, enquanto vareiros, e que só tem sobrevivido graças à dedicação e ao empenho de muitas pessoas. É para mim um orgulho, enquanto Reiseiro e enquanto autarca, candidatar esta nossa tradição a Património Cultural Nacional.” Domingos Silva, conhecedor dos desafios e dos problemas sentidos no Cantar dos Reis em Ovar, referiu ainda: “houve uma evolução significativa desta tradição ao longo dos mais de 100 anos de existência. Ganhou uma nova dimensão sociológica e humana que a diferencia de outras formas de cantar os Reis. É, também, chegado o momento de definir as características das Troupes que materializam esta tradição”.

No período da tarde, obtida a concordância de candidatar esta tradição vareira a Património Cultural Imaterial, partilharam-se histórias, reflexões e contributos, reinando a boa disposição entre todos os presentes.
 
O vereador da cultura, Alexandre Rosas, conduziu este painel da tarde, afirmando “a cultura é um vector estratégico deste executivo, no qual temos vindo a apostar. A atitude, a proactividade e o dinamismo dos nossos munícipes é determinante para manter vivas as tradições populares. Apraz-me ver a casa cheia e, uma vez mais, constatar que Ovar responde de forma positiva às iniciativas que vamos organizando e aos desafios que vamos propondo. Queremos devolver os Reis à rua. E esta candidatura é um reforço da visibilidade que esta tradição secular já tem.” Alexandre Rosas concluiu referindo: “ajudem-nos a fazer esta festa ainda maior”.

De referir, que este colóquio, organizado pela Câmara Municipal, contou com a presença do executivo municipal, de autarcas e de entidades locais, com mais de meia centena de Reiseiros, e com as intervenções de Jorge Castro Ribeiro, investigador da Universidade de Aveiro, que abordou a temática “A tradição reiseira de Ovar e o Inventário Nacional do Património Imaterial: princípios, desafios e problemas para uma potencial inscrição”, e de Gonçalves Guimarães, a propósito do tema: “O cantar dos Reis em Ovar: Tradição Cristã e Singularidade Vareira”.


A história do Cantar os Reis em Ovar

A tradição das Troupes de Reis remonta aos finais do século XIX. Tinha inicialmente alguma semelhança com as «Janeiras» que têm lugar um pouco por todo o país, mas adquiriu características próprias e originais em Ovar. Em 1893, com o especial patrocínio de João Alves Cerqueira, um conceituado comerciante da praça vareira de então, nasceu a primeira Troupe – a dos “Reis dos Alves” ou “Troupe dos Velhos” e logo outras começaram a surgir.

O Cantar dos Reis em Ovar distingue-se dos restantes pelo facto de, apesar de serem imbuídas de um saudável amadorismo e surgidas de forma espontânea, as Troupes vareiras exigem de si mesmas o mínimo de qualidade interpretativa e melodiosa. Desta forma, as exibições são minuciosa e antecipadamente ensaiadas; o leque de instrumentos tocado é muito variado e inclui o violão, o bandolim, o banjolim, a bandola e até o violino; o desempenho vocal é muito importante e manifesta-se em belas exibições de solistas e coros; as toadas, em jeito de balada, têm letras inéditas e músicas inéditas ou adaptadas. Destaque ainda para a estrutura do Cantar dos Reis, que é constituído tradicionalmente por três trechos: A Saudação onde é louvada a Noite Santa dos Reis e são saudados os presentes; A Mensagem onde se celebra o nascimento de Jesus e os seus ensinamentos; e O Agradecimento, em tom bastante mais ligeiro, no qual são pedidas as ofertas habituais e é agradecida a hospitalidade.

A qualidade das Troupes de Reis vareiras desde cedo cativou e impressionou o público, e o que representava um simples ato de cantar as boas festas a favor de obras sociais cresceu e tornou-se num evento de cariz cultural. Assim, as Troupes passaram a apresentar-se num espaço comum, nas Praças, no Salão Nobre dos Paços do Município, no Cine-Teatro, no Centro de Arte de Ovar, onde todos podem assistir e apreciar uma tradição com mais de cem anos. 


A ANTIGA E ÚNICA TRADIÇÃO DE CANTAR OS REIS EM OVAR



A tradição do “Cantar os Reis” é novamente cumprida nos próximos dias 5 e 6 de janeiro, em Ovar. Apresentando uma nova abordagem, o Encontro de Troupes de Reis vai acontecer em diferentes “palcos” municipais: Centro de Arte, Salão Nobre da Câmara Municipal, Escola de Artes e Ofícios e Espaço Empreendedor.
Assim, no dia 5 de janeiro, a partir das 15 horas, o Centro de Arte de Ovar acolhe o Encontro de Troupes de Reis Infantis e, no dia 6 de janeiro, a partir das 21 horas, o Salão Nobre da Câmara Municipal, a Escola de Artes e Ofícios e o Espaço Empreendedor serão o “palco” desta tradição que é parte integrante da identidade vareira.
Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
Troupes de Reis Infantis
5 de janeiro | Centro de Arte de Ovar
Troupes de Reis
6 de janeiro | Salão Nobre da Câmara Municipal de Ovar
6 de janeiro | Escola de Artes e Ofícios
6 de janeiro | Espaço Empreendedor
Veja aqui a brochura/programa deste evento. 
Entrada Livre
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Assim, no dia 5 de janeiro, a partir das 15 horas, o Centro de Arte de Ovar acolhe o Encontro de Troupes de Reis Infantis e, no dia 6 de janeiro, a partir das 21 horas, o Salão Nobre da Câmara Municipal, a Escola de Artes e Ofícios e o Espaço Empreendedor serão o “palco” desta tradição que é parte integrante da identidade vareira.
Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
Troupes de Reis Infantis
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Troupes de Reis
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Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
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Assim, no dia 5 de janeiro, a partir das 15 horas, o Centro de Arte de Ovar acolhe o Encontro de Troupes de Reis Infantis e, no dia 6 de janeiro, a partir das 21 horas, o Salão Nobre da Câmara Municipal, a Escola de Artes e Ofícios e o Espaço Empreendedor serão o “palco” desta tradição que é parte integrante da identidade vareira.
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Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
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O início de cada ano trás sempre uma das maiores tradições existentes em Ovar, o Cantar os Reis. Todos os anos sem excepção, no dia seis de Janeiro, têm lugar o Encontro de Troupes de Reis, habitualmente realizado no Cine Teatro de Ovar (hoje em dia no novo Centro de Artes), uma oportunidade única para apreciar as mais belas canções evocativas desta ocasião festiva.

Na verdade, as bases históricas e etnográficas da Epifania (festividade católica na qual se homenageiam os Reis Magos e a sua adoração a Jesus) vêm desde há longos séculos. 

E se por todo o País, principalmente nas Beiras e no Minho se cantam as "Janeiras", em Ovar essa tradição foi assumindo um cunho muito próprio e original, evoluindo da cantilena repetitiva dos "Santos Reis, Santos Coroados" (acompanhada pelo simples tanger dos ferrinhos) até uma maneira muito própria cujo aparecimento se localiza no ano de 1893, o que a torna uma tradição secular em Ovar. 

O que distingue este "Cantar os Reis" em Ovar é o facto de as Troupes terem surgido de forma espontânea, imbuídas de um saudável amadorismo, integrando indivíduos de diferentes níveis sociais, económicos e intelectuais, exigindo no entanto um mínimo de qualidade interpretativa e melodiosa. De notar que as exibições das Troupes são anteriormente ensaiadas, sendo utilizado um variado naipe de instrumentos (violão, bandolim, banjolim, bândola e violino), onde o desempenho vocal assume uma grande importância, manifestando-se em belas exibições de coros e solistas. Uma outra curiosidade bastante importante é que todas as músicas, que são em jeito de balada, têm letras inéditas e músicas inéditas ou adaptadas.

O repertório, renovado ano após ano, é constituído habitualmente por três trechos, o primeiro "A SAUDAÇÃO" (onde é louvada a Noite Santa dos Reis e são saudados os presentes), o segundo "A MENSAGEM" (onde se celebra o nascimento de Jesus e os seus ensinamentos) e o terceiro "O AGRADECIMENTO" (onde, num tom muito mais ligeiro, são pedidas as habituais ofertas e é agradecida a hospitalidade).

Mas já antes desse encontro as várias Troupes de Reis andam pelas casas particulares, centros de solidariedade, pelos cafés, restaurantes e demais centros de ócio da urbe vareira. Os donativos recebidos, entre eles o apoio financeiro da Câmara Municipal de Ovar (que no ano de 2004 se cifrou em 225 €) destinam-se tradicionalmente a fins caritativos e/ou sociais, excepção feitas às garrafas de vinho do Porto (e outras) que alegram as jantaradas que habitualmente põem fim às festividades.

As Troupes que habitualmente percorrem as ruas da cidade são:

Troupe de Reis da Ovarense
Troupe de Reis do Orfeão de Ovar
Troupe de Reis do JOC-LOC
Troupe de Reis da Escola EB 1 da Habitovar
Troupe de Reis da Escola EB 1 da Oliveirinha
Troupe de Reis da A. C. R. Valdágua
Troupe de Reis da A. Antigos Alunos Escola Oliveira Lopes
Troupe de Reis da EB 1 da Ribeira
Troupe de Reis da Música Nova
Troupe de Reis da A. C. R. da Ribeira (Grupo Folclórico da Ribeira)
Troupe de Reis da A. C. R. Guilhovai (Grupo Folclórico da Região de Ovar)
Troupe de Reis do Grupo Folclórico os "Fogueteiros de Arada"
Troupe de Reis da Ass. Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ovar
Troupe de Reis da Casa do Povo de Válega
Troupe de Reis da "Casa da Amizade"
Troupe de Reis "Tradição e Juventude"


OS REIS EM OVAR EM 1910




TEXTO: Maria José Vinga

Noite de Reis: – Cerca das dez horas da noite alguém bateu à porta, convidando minha mãe a ir ouvir os Reis, que cantavam ou deviam cantar, ali perto. Como era coisa que muito apreciava, minha mãe agradeceu o convite e foi agasalhar-se, prevenindo-se contra o frio daquela noite de Inverno, enquanto me ia dizendo:

– Queres vir também comigo, ou queres ir para a cama?

Eu, que tinha cerca de dez anos, disse logo que também ia. Vestiu-me roupa quentinha, pôs-me uma capa com carapuço, e ala, que se faz tarde.

De facto, andava na rua muita gente, apesar do frio áspero de Janeiro. Ali, perto da Senhora da Graça, um grupo cantava no átrio do prédio grande do Sr. Valente (pai da D. Sofia Lagoncha), que era o dono da casa e nela tinha um grande negócio de mercearia e vinhos.

O grupo tinha vozes boas, claras e harmoniosas. Logo nos dispusemos a segui-lo.

Dali foram a casa do Sr. Peixoto, que nesse tempo ainda não tinha feito a obra da loja do outro lado da rua (em frente à casa de viver era campo). Eu, como era pequena, furando a barreira dos curiosos, pus-me ao lado dos cantores, observando os músicos, que afinavam os seus bandolins e violinos antes de começarem.

Junto do Sr. Rosas, sapateiro, que tocava muito bem, consolei-me de ouvir, do princípio até ao fim, todo o canto. Com tanto gosto e agrado o escutei, que aprendi uma pequena parte dele. E de tal modo que nunca a esqueci. A voz do solista (tenor) era clara, macia e forte. A melodia, belíssima e entoada com alma, penetrou de tal forma no meu coração que perguntei quem era o cantor. Era o Joaquim Correia Dias. A sua voz admirável enchia a casa e a rua, e entrava-nos dentro da alma ao dizer-nos com voz firme e aberta:

Santos Reis, oh! que regalo             
Ter uma coroa. Não é?
Vós andastes a cavalo
Mas nós andamos a pé!...

Ao que o coro respondia:

Tudo aqui canta
com alma e vigor
até que a garganta
conserve o calor…

Mas se ela arrefece
findou-se o cantar.
Remédio que aqueça
só vós podeis dar!...

No fim deste canto, é claro, vinham garrafas…

Conheci o Sr. Peixoto e a esposa, bem como três filhos e duas filhas. (Hoje já nenhum vive).

Tão entusiasmada fiquei naquela noite de Reis que não consegui pegar no sono, repetindo constantemente as passagens que fixei e que atrás deixei escritas.

Logo de manhã fui convidar umas sete amigas a quem ensinei o número, e à tardinha do dia seis já o fomos cantar a casa de minha Avó paterna e de várias pessoas amigas…

Enfim, entusiasmo de gente nova, que ia levar aos mais velhos a alegria do Menino nascido.

São assim os Reis em Ovar. Dia de festa santa, dia fraterno, esperado com ansiedade por muitos corações.Tempo em que os cristãos se abraçam, em comemoração do nascimento do Menino-Deus. 

Abrem-se as portas de par em par. e também as bolsas, que se alargam em generosidades. Produto este que geralmente é aplicado em favor dos desprotegidos.

Artigo publicado no quinzenário ovarense JOÃO SEMANA (1 de Janeiro de 1981)

 Troupe de Reis do Orfeão de Ovar - 1982

Troupe de Reis do Orfeão de Ovar - 2012
Troupe de Reis do Orfeão de Ovar - 2013 na RTP




O programa da RTP1 "Portugal em Direto", foi visitar a sede do Orfeão de Ovar durante um ensaio da Trupe de Reis em 28Dez2017 e transmitido pelas 18 horas do dia 02/01/2018 para todo o Mundo. Na oportunidade, Falaram sobre a tradição de cantar os reis em Ovar: José Costa, José Oliveira Muge, António Manuel Redes, Marco Moreira, Bárbara Moreira e Rui Oliveira.


Foto de Jorge Maia.

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