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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

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sábado, 1 de maio de 2010

SS.AA.RR., OS DUQUES DE BRAGANÇA IGNORAM OS INCENTIVOS DE BANDEIRAS NEGRAS PARA O PAPA BENTO XVI E EXIBEM ESTANDARTE DA PAZ

Na Casa Real Portuguesa a decoração é, desde ontem, dedicada à primeira visita de Bento XVI a Portugal. Estandartes brancos, amarelos e azuis - cores oficiais da bandeira do Vaticano - com a imagem do Papa engalanaram as janelas da casa de Isabel de Herédia e Duarte Pio de Bragança para simbolizar a hospitalidade portuguesa. A dez dias de Bento XVI aterrar no aeroporto de Lisboa, a mulher do duque de Bragança apela aos portugueses: "Devemos receber bem o Papa e mostrar que ele é querido por todos nós." Às ameaças de bandeiras negras na missa do Terreiro do Paço como protesto pelos crimes de pedofilia, a Duquesa de Bragança responde: "As pessoas que dizem mal do Papa não o conhecem. Bento XVI é um Papa que nos chama à razão e está a fazer um percurso notável, respondendo à necessidade da nossa época que é o relativismo."

Bento XVI faz a sua primeira visita a Portugal depois de um início de ano marcado pelos escândalos que envolveram o abuso sexual a menores por padres nos Estados Unidos e na Europa, alegadamente ocultados pelo então cardeal Ratzinger. A um mês de o Papa pisar solo lusitano, a 9 de Abril, a agência de notícias Associated Press (AP) revelou a última bomba: uma carta de 1985, escrita em latim, em que Ratzinger resistia a um pedido de afastamento do padre norte-americano Stephen Kiese - acusado pela polícia de ter mantido relações sexuais com pelo menos seis miúdos entre os 11 e os 13 anos -, "invocando o bem da Igreja Universal".

A Duquesa de Bragança refere ter conhecimento do conteúdo da correspondência trocada entre a diocese de Oakland, na Califórnia, e o Vaticano, mas defende a transparência e a personalidade do Santo Padre, que nunca escondeu o lado negativo da Igreja. "Eu li as meditações que Bento XVI fez há cinco anos, em que dizia que a Igreja estava cheia de coisas más", sustentou Isabel de Herédia. E acrescentou: "Os portugueses devem aprofundar o seu conhecimento das questões relacionadas com a Igreja Católica e não se devem satisfazer apenas com a informação superficial."

O padre Gonçalo Portocarrero, também presente numa edição da campanha "Vamos vestir Portugal de alegria", na Casa Real, em Sintra, mostrou-se solidário com Bento XVI, "por tudo o que tem feito para esclarecer uma situação lamentável" e a "compaixão" que mostrou em Malta pelas vítimas de abusos sexuais de padres.

"Ele ia a passar perto do Vaticano com um saco plástico na mão, eu cumprimentei-o e ele respondeu", contou o padre recordando o dia em que se cruzou com Ratzinger em Roma, na semana marcada pela morte do antigo Papa, João Paulo II. Desta vez o padre português não sabe se haverá um encontro com Bento XVI, mas garantiu a presença na missa do Terreiro do Paço e no Santuário de Fátima como manifestação de agradecimento pelo "magnífico trabalho que Bento XVI está a fazer".

Apesar de não esconder o apoio incondicional ao representante máximo da Igreja Católica, Portocarrero admite que a Igreja não é composta por santos. "A Igreja é uma família de pecadores que querem ser santos." Porém, evidenciou o número de crimes de abuso sexual que acontecem no seio da própria família, questionando: "Vamos acabar com o casamento?" E, portanto, considera "legítimo que Bento XVI tente proteger a sua própria 'família'".

No final da edição da campanha de recepção ao Papa - representada pelos "estandartes da paz", o "lenço peregrino" e a "medalha amanhecer" -, Isabel de Herédia manifestou o seu desagrado pela religiosidade europeia. "A Europa está adormecida, tem vergonha de assumir a sua espiritualidade. Vivemos numa sociedade em que, para se ser intelectual, tem de se ser laico", referiu. E, no ano em que as visitas do Papa são todas em solo europeu, a duquesa de Bragança sugeriu aos portugueses que se espelhassem nas manifestações de fé mais latinas. "Tenho muita admiração pela religiosidade brasileira. Porque eles não têm vergonha de demonstrar, assumem-na."

Os Duques de Bragança vão acompanhar de perto primeira visita oficial do Papa Bento XVI em Lisboa, Fátima - onde terão um encontro privado com o Santo Padre - e Porto, antes da sua despedida. O presente já foi escolhido: Bento XVI vai receber da Casa Real Portuguesa uma imagem de Nossa Senhora do Rosário. "Só há 20 em Portugal - esta é a décima terceira", contou a duquesa de Bragança.

(Fonte: Jornal i-online)

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