Celebrou-se no
passado dia 5 de Outubro, em Guimarães, e na presença dos Senhores Duques de
Bragança, o 867º aniversário de Portugal. Lamentavelmente poucos saberão mas a 5
de Outubro de 1143, através do Tratado de Zamora, Portugal era reconhecido como
um Reino independente. História à parte, a verdade é que só quem este em
Guimarães é que sabe o ambiente que lá se viveu. Não há palavras que o descrevam
com justiça. Ainda assim irei tentar descrever o que ouvi, vivi e vi. Assisti à
chegada, gradual, dos diversos participantes, vindos dos mais diversos pontos do
País. Vi um ambiente de amizade onde as pessoas, unidas na paixão pelo seu País,
facilmente conviviam.. Vi o ânimo com que todos se preparavam para o inicio das
“festividades”. Vi um inicialmente pequeno grupo transformar-se num grupo de
dezenas e vi esse grupo transformar-se num ainda maior composto por centenas de
pessoas. Vozes se levantarão a dizer que os participantes não chegavam à
centena. A resposta é clara: essa é uma afirmação mentirosa. Não me preocupo se
acreditam em mim ou não pois sei que digo a verdade e que tenho centenas de
pessoas como minhas testemunhas. Vi os Senhores Duques de Bragança a chegar e a
serem, recebidos efusivamente por todos os participantes, que os aguardavam
ansiosamente. Ao contrário do que pode ter transparecido em algumas reportagens,
a esmagadora maioria dos presentes sabia perfeitamente o que ali se estava a
passar. Logicamente alguns visitantes do Paço e do Castelo foram apanhados de
surpresa. No entanto isso não é de surpreender. Constatei a forma simples e
próxima com que os Duques cumprimentavam todos os que a Eles se dirigia. Vi o
quanto as pessoas se emocionavam verdadeiramente. Vi o quanto todos viviam
profundamente o momento. Vi uma sala repleta de gente ansiosa por ouvir o Chefe
da Casa Real. Vi o quanto essa gente absorvia a mensagem do discurso. Tudo isto
vi. Como disse no início, é difícil descrever tudo o que se viveu e sentiu nesse
dia 5 de Outubro de 2010 em Guimarães. No entanto tudo o que aqui está dito,
está porque o vi claramente visto. Ainda que por apenas algumas horas, um povo
juntou-se para celebrar a sua fundação, a sua existência. E fê-lo orgulhoso no
seu passado, ciente do seu presente e convicto do caminho que se deve seguir no
futuro. Sim, tudo isto vi claramente visto e, como português que sou, sinto-me
muito agradado com o que ouvi, vivi e vi. Sim, ainda há
esperança.
Viva
Portugal!
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