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(...)Temos de perguntar
até onde deixaremos continuar o desordenamento do território, que levou
a população a concentrar-se numa estreita faixa do litoral, ocupando as
melhores terras agrícolas do país e esquecendo o interior, reduzido a
10% do PIB.
Temos de perguntar
à economia portuguesa por que razão os bens de produção são
despromovidos perante os “serviços”, o imobiliário, e ultimamente, os
serviços financeiros. O planeamento das próprias vias de comunicação se
subjugaram a essa visão.
Temos de perguntar
até onde o regime democrático aguenta, semana após semana, a perda de
confiança nas instituições políticas e uma atitude de “caudilhização” do
discurso.
Temos de perguntar
até onde continuaremos a atribuir recursos financeiros a grandes
naufrágios empresariais, ou a aeroportos e barragens faraónicas que são
erros económicos.
Temos de perguntar
até onde o sistema judicial aguenta, sem desguarnecer os direitos dos
portugueses, a perda de eficácia e a morosidade crescente dos processos.
Temos de perguntar
se não deveríamos estabelecer um serviço de voluntariado cívico em que
os desempregados possam prestar um contributo à comunidade.
Temos de perguntar
até onde as polémicas fracturantes que só interessam a uma ínfima
minoria política, não ofendem a imensa maioria das famílias, preocupadas
com a estabilidade pessoal e económica.
Temos de perguntar
como vamos aproveitar o ciclo eleitoral que se avizinha, a começar
pelas eleições europeias, onde será desejável que apareçam independentes
que lutem pelos interesses nacionais.
Temos de perguntar
se nas relações lusófonas, estamos a dar atenção suficente às relações
especiais que sempre existiram entre Portugal e o Brasil.(...)
Discurso completo AQUI
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