A Primeira-ministra Australiana, que se
dizia tão republicana, ao fazer esta intervenção, deixou escapar, a sua
veia Monárquica. Na Austrália, ao contrário da República Portuguesa, já
foi realizado um Referendo Monarquia vs República em 1999 e o Povo
Australiano optou, e bem, pela Monarquia. E se houver um novo Referendo
no futuro, certamente, que a Monarquia voltará a ganhar. Tal facto só
comprovará que a Monarquia é o melhor Regime Político que existe. Tal
facto só comprovará que as tendências republicanas exprimem-se
claramente em dois vectores materialistas: a) a ambição pelo poder com
base de uma pseudo-igualdade que não existe b) a tendência materialista e
anti-espiritual que leva, obviamente, ao facto de que quem não acredita
que uma Nação precisa de Referências que nada têm a ver com Votos e
Percentagens, acabará por condenar o seu próprio País à decadência. E,
não é por acaso, que Portugal está como está neste momento, pois os
senhores dos aventais que são materialistas são os primeiros a negarem a
existência de Referências Divinas ou não divinas, sublinhando, claro, a
pseudo-igualdade, que nem em eleições presidenciais existe ou até mesmo
outras eleições. Confunde-se a igualdade de todos perante a Lei, com a
igualdade de oportunidade de chegar à Chefia do Estado, quando só quem
tem apoio partidário, lá chega para defender os interesses partidários
de quem o elegeu. Quando a Chefia do Estado deve ser muito mais do que
isso. Deve ser a garantia da perenidade da Democracia, da Estabilidade
das Instituições, uma Referência de Unidade em torno dos valores
nacionais, tais como a História, a Cultura e acima de tudo, a garantia
de futuro da Pátria Comum. Os Australianos perceberam isso em 1999,
perceberão isso num futuro mais ou menos longínquo. Repúblicas como a
Portuguesa, a Italiana, a Alemã, a Francesa entre outras, que impedem o
Referendo Monarquia ou República, não estão a tratar os seus cidadãos
com Igualdade, porque não permitem o Direito à Escolha de Regime, logo
não podem dizer que são republicas pela Igualdade de todos os Cidadãos,
quando impedem descaradamente uma parte da sua população monárquica de
poder exprimir em referendo a sua vontade. É uma atitude bem pouco
democrática e de lamentar e que só demonstra o facto de as repúblicas
serem sinónimo cada vez mais de decadência dos povos que as têm.
Publicado por David Garcia em PDR-Projecto Democracia Real
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