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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 25 de junho de 2011

DIA "HISTÓRICO", DIZEM ELES


Num país que perdeu a memória, tudo é considerado histórico, desde três golos marcados fora de portas, até a uma subida de divisão, a chegada de Mourinho para banhos no Algarve, uma Páscoa sem mortes na estrada, ou um pepino do Entroncamento. Hoje foi a vez do Parlamento, completamente derretido e em delíquios pela eleição da "primeira mulher a desempenhar um cargo máximo do Estado".

Como se fosse verdade!

Sabemos que a Senhora Assunção Esteves não terá a tarefa facilitada, dada a actual conjuntura que o país vive, mas daí a saltar-se sobre a memória da verdadeira História, vai um tanto. Tivemos duas mulheres Chefes do Estado e outras que estiveram para sê-lo, embora os acasos da vida o tivessem impedido pelo seu desaparecimento antes do tempo ou pela sua passagem para segundo plano. Tivemos uma Catarina de Áustria, conscienciosa e infatigável trabalhadora que com abnegação foi Regente. A espanhola Luísa de Gusmão, foi naquelas horas de desastre esperado do regresso da opressão estrangeira, o baluarte de firmeza que ao comando da Regência, administrou um país falido e atacado na Europa e no Ultramar. Regentes foram outras mulheres, como Catarina de Bragança, Isabel Maria de Bragança e as Rainhas Maria Pia de Sabóia e Amélia de Orleães, entre outras. Em qualquer um dos mencionados casos, com responsabilidades infinitamente superiores àquelas que Assunção Esteves enfrenta e no entanto, todas desempenharam a sua obrigação com o sucesso que a História reconheceu.

Assunção Esteves não enfrenta qualquer invasão militar estrangeira e não tem de se preocupar com o império que nos tempos de Catarina de Áustria, ia de Caminha a Macau. É claro que a Presidente do parlamento terá umas tantas dores de cabeça com a lida das tricas inter-partidárias - e uns tantos namoricos entre deputados(as) e deputadas (os) -, mas enfim, há que não exagerar. Pelos vistos, os nossos representantes não medem as proporções e dedicam-se à auto-complacência, cumprindo a sua tradição.
Não tendo a noção do ridículo, o Parlamento está desvanecido porque é dirigido por uma "das suas", seja lá isso o que for.

É de facto,um dia estórico.

Nuno Castelo-Branco

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