«Menos dinheiro, mais História"
- este um curioso título na edição de hoje do JN. Com a notícia a
explicar, logo depois, que afinal não fora dez, mas sim 8,5 milhões de
euros despendidos, o ano transacto, nas comemorações do centenário da
República.
Uma verba óbvia, acessivel e compatível com o grau de riqueza da maioria dos portugueses...
Mas vamos ao importante. Há aspectos parcelares realmente até à data desconhecidos e do maior significado. Então:
-
As seis (6!!!) exposições alusivas levadas a cabo por todo o País
absorveram 59,2% do mencionado dispêndio. Total dos visitantes dos
mencionados certames: 228.478 pessoas - menos do que a população da
Amadora...
- Na edição de
diversas publicações sobre o tema escoaram-se 5,3% desses famigerados
milhões. Como se intitulavam elas? Quem as leu? Nas mãos de quem estão
esses «principais legados da iniciativa»?
- Sobreleva-se o «envolvimento massivo das autarquias».
Pessoalmente, de quase nada me apercebi.
Salvo de algumas corajosas e
pedagógicas realizações de Escolas Secundárias, onde se confrontaram em
debate convidados monárquicos e republicanos. (Fui, de resto,
participante, como defensor do lado de cá).
Com manifesta vantagem de argumentos e adesão do público relativamente à Instituição Real.
- O relatório conclui pela valia do aprofundamento do estudo dos antecedentes da I República e das «primeiras revoltas contra a ditadura do Estado Novo». Neste ponto, se calhar não apresento discordâncias - a República passou 48 dos seus 100 anos a lutar consigo mesmo.
João Afonso Machado
Fonte: Corta-fitas
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