Posição assumida no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas
O
Vaticano qualificou esta quinta-feira como “totalmente inaceitáveis” as
tentativas de financiar projetos de contraceção e aborto no plano de
cuidados de saúde materna.
Na
18ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o observador
permanente da Santa Sé disse esperar que “a comunidade internacional
consiga reduzir a mortalidade materna promovendo intervenções eficazes,
que se baseiem nos valores mais profundos e no conhecimento médico e
científico, respeitando a sacralidade da vida desde a sua conceção à
morte natural”.
“Pensamos
que é totalmente inaceitável que o assim chamado ‘aborto seguro’ seja
promovido pelo relatório discutido durante esta sessão do Conselho dos
Direitos Humanos ou, ainda mais significativamente, pela Estratégia
Global das Nações Unidas para a Saúde das Mulheres e Crianças”, declarou
D. Silvano Tomasi.
Falando
na sede das agências especializadas das Nações Unidas, em Genebra,
Suíça, o arcebispo italiano apelou a uma abordagem baseada nos direitos
humanos para eliminar a mortalidade materna que é prevenível.
“A
comunidade internacional tem de reconhecer, com profundo pesar, que não
fez os progressos suficientes para prevenir as cerca de 350 mil mortes
que ocorrem anualmente durante a gravidez e o parto”, disse.
Quarta-feira,
na mesma sessão, o prelado aludiu à questão do tráfico de seres
humanos, um fenómeno que envolve cerca de três milhões de pessoas por
ano e cerca de 30 mil milhões de dólares.
Para
o representante católico, a comunidade internacional deve “colocar no
centro a dignidade da pessoa”, assegurando a “punição para os
traficantes” e o combate à corrupção.
D. Silvano Tomasi concluiu com um apelo à “colaboração entre os vários organismos preocupados com este problema”.
A 18ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU decorre em Genebra até ao próximo dia 30.
Fonte: Ecclesia
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