http://2.bp.blogspot.com/ _NQHnWbXYAQQ/ Stg62RSGk9I/AAAAAAAAAtw/ 3ewDykhScsU/s400/camossa+2.jpg |
Biografia
João Carlos Camossa de
Saldanha "nasceu" monárquico. O seu pai, o capitão-mar-e-guerra
Augusto Saldanha, foi um dos resistentes ao 5 de Outubro de 1910, o que lhe
valeu a prisão e muitos dissabores na carreira militar e na vida familiar.
Foi membro do
grupo fundador do Centro Nacional de Cultura – excelente e legal pretexto para
o activismo e formação política -, participou no grupo de Gonçalo Ribeiro
Telles, Francisco Sousa Tavares, Rodrigo Sousa Félix e Fernando Amado, marcando
aquele vital momento de ruptura com os resquícios de uma Causa Monárquica que
vivia na expectativa do final cumprimento de longínquas promessas do regime
vigente.
Esteve envolvido na
formação, nos anos 50, do anti-salazarista Movimento Monárquico Popular (com a
Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa daria origem à Convergência
Monárquica, que passou a chamar-se PPM após o 25 de Abril),
Durante décadas foi
conhecido activista opositor à 2ª República, tendo participado activamente em
episódios como a Revolta da Sé (1961) e o Golpe de Beja (1961), o que lhe valeu
a estadia no conhecido Aljube. Durante o julgamento dos implicados no Golpe de
Beja, foi contra a estratégia dos outros advogados da defesa que procuravam
argumentar com a formalidade dos princípios democráticos da Constituição de
1933. Pelo contrário e para estupor do Tribunal, o monárquico assumiu
frontalmente a ruptura contra o ordenamento constitucional republicano e
corporativo, tendo passado rapidamente, durante a audiência, de defensor a
preso, por ordem do juiz.
Monárquico convicto,
revolucionário e activista no movimento anarco-sindicalista que se opôs
veementemente ao Estado Novo, foi, por múltiplas vezes, vítima das sevícias e
prisões da polícia política, que o colocaram na frente dos diversos movimentos
que se opunham então ao sistema salazarista, nomeadamente quando integrou o «Movimento
de Beja».
Em 1974 Camossa funda o
Partido Popular Monárquico, ao lado de Barrilaro Ruas, Rolão Preto e Ribeiro
Telles. O anarco-comunalista João Camossa representava a corrente libertária do
partido, para quem o rei deveria ser o último vestígio do Estado.
Foi representante do PPM na
Assembleia Municipal de Lisboa e pertenceu aos serviços de apoio jurídico na
Assembleia da República, durante o período da Aliança Democrática.
Colaborou por diversas vezes
em jornais e revistas sobre temas políticos, históricos e culturais.
Fontes:
Nuno Castelo-Branco in http://aventar.eu/2010/01/22/homenagem-a-joao-camossa/
Fernando Madaíl in http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=987215&page=-1
Pedro
Quartin Graça in http://pedroquartingraca.blogs.sapo.pt/2007/10/17/
Sem comentários:
Enviar um comentário