Duque
de Bragança compara "a actual e humilhante dependência" de Portugal
face aos seus credores à crise financeira que o país enfrentou e que
levou à queda da monarquia
Duque de Bragança aproveita o Jantar dos Conjurados para dizer que Portugal atravessa uma das maiores crises e que "aumentou a vulnerabilidade à perda da sua independência".
"Portugal
atravessa uma das maiores crises da sua longa vida". É com esta frase
que D. Duarte abre a sua mensagem anual aos monárquicos, no Jantar dos
Conjurados, na noite de quarta-feira, no Centro Cultural de Belém.
No
tradicional jantar que junta os monárquicos portugueses na véspera das
comemorações do Dia da Restauração da Independência, Duarte Nuno de
Bragança menciona a possibilidade de ser este um dos feriados a
extinguir pelo Governo.
Considerando
o 1.º de Dezembro "o dia que mais deveria unir todos os portugueses",
aproveita a oportunidade para se referir às consequências da actual
crise.
Soberania ameaçada
"A
soberania de Portugal está gravemente ameaçada" diz D. Duarte,
considerando que a História tem demonstrado que "sempre que o país ficou
enfraquecido aumentou a vulnerabilidade à perda da sua independência".
O
duque de Bragança compara mesmo "a actual e humilhante dependência" do
país face aos seus credores à crise financeira que Portugal enfrentou e
que levou à queda da monarquia.
D.
Duarte vê nesta crise sinais de que cada vez mais os portugueses "não
se revêem no modelo de representatividade política em vigor" e aponta
como caminhos para melhorar a situação económica nacional o
aprofundamento das relações com os países lusófonos.
"Acredito que a CPLP deveria evoluir para uma Confederação de Estados Lusófonos", defende.
Fonte: Expresso
S.A.R. o Senhor Dom Duarte contra extinção do feriado de 1 de Dezembro
O
chefe da casa real portuguesa, Duarte Pio, afirmou hoje que a soberania
de Portugal está ameaçada, considerando que a extinção do feriado do
1.º de Dezembro desvaloriza o dia que mais devia unir os portugueses.
"A
soberania de Portugal está gravemente ameaçada", disse Duarte Pio no
discurso comemorativo da Restauração da Independência, proferido em
Lisboa, defendendo que o país atravessa "uma das maiores crises da sua
longa vida".
Para
o herdeiro da casa real, a actual crise constitui um risco para a
soberania já que a história mostra que "sempre que o país ficou
enfraquecido, aumentou a vulnerabilidade à perda da sua independência".
Independência
que, para Duarte Pio, está a ser desvalorizada "por alguns", face "à
ameaça de extinção do feriado evocativo do dia que mais devia unir os
portugueses".
O
feriado de 1.º de Dezembro, que assinala a restauração da independência
de Portugal face a Espanha em 1640, é um dos quatro que o Governo
pretende extinguir como forma de aumentar a produtividade do país.
"A
actual e humilhante dependência de Portugal dos credores internacionais
é comparável à que resultou da crise financeira de 1890-1892", que
"levou ao fim do regime da monarquia democrática", disse.
Em
sua opinião "é urgente" criar um debate nacional para analisar os
modelos económico e político "que estiveram na origem do depauperamento
do Estado", até porque "é notório que os portugueses não se revêem no
modelo de representatividade política em vigor".
"Porque
não considerar outras formas de representação popular complementares,
através de outro tipo de representantes mais directamente relacionadas
com a população, por exemplo, oriundos dos municípios, modelo este com
raízes mais profundas nas tradições históricas e culturais de Portugal",
questionou.
Além disso, adiantou, deve-se incentivar a auto-suficiência económica, apostando nas actividades agrícolas e do mar.
Duarte
Pio defendeu ainda a necessidade estratégica de aprofundar as relações
com os países lusófonos, propondo a criação de um espaço económico comum
aos países da CPLP que possa evoluir para uma confederação.
Criticando
o "estilo de vida artificialmente cultivado nas últimas décadas",
Duarte Pio afirmou ser necessária "uma rigorosa responsabilização
moral", que julga dever começar com o esclarecimento pelos governantes
sobre "o concreto destino dos avultados financiamentos resultantes dos
compromissos assumidos pelo Estado ao abrigo do programa de assistência
económica e financeira".
Ainda assim, Duarte Pio garantiu confiar na "força anímica do povo", em especial da juventude, para "restaurar Portugal".
"Acredito
que os nossos governantes tirem conclusões dos erros passados e que
tenham a inteligência e vontade de corrigir o que ainda for possível
emendar, colocando Portugal acima dos interesses partidários", concluiu.
Fonte: DN
Público – Extinção do 1.º de Dezembro desvaloriza dia que mais devia unir os portugueses, diz Duarte Pio
O chefe da casa real portuguesa, Duarte Pio, afirmou nesta
quarta-feira que a soberania de Portugal está ameaçada, considerando que
a extinção do feriado do 1.º de Dezembro desvaloriza o dia que mais
devia unir os portugueses.
“A soberania de Portugal está gravemente ameaçada”, disse Duarte Pio
no discurso comemorativo da Restauração da Independência, proferido em
Lisboa, defendendo que o país atravessa “uma das maiores crises da sua
longa vida”.
Para o herdeiro da casa real, a actual crise constitui um risco para a
soberania já que a história mostra que “sempre que o país ficou
enfraquecido, aumentou a vulnerabilidade à perda da sua independência”.
Independência que, para Duarte Pio, está a ser desvalorizada “por
alguns”, face “à ameaça de extinção do feriado evocativo do dia que mais
devia unir os portugueses”.
O feriado de 1.º de Dezembro, que assinala a restauração da
independência de Portugal face a Espanha em 1640, é um dos quatro que o
Governo pretende extinguir como forma de aumentar a produtividade do
país.
“A actual e humilhante dependência de Portugal dos credores
internacionais é comparável à que resultou da crise financeira de
1890-1892”, que “levou ao fim do regime da monarquia democrática”,
disse.
Em sua opinião “é urgente” criar um debate nacional para analisar os
modelos económico e político “que estiveram na origem do depauperamento
do Estado”, até porque “é notório que os portugueses não se revêem no
modelo de representatividade política em vigor”.
“Porque não considerar outras formas de representação popular
complementares, através de outro tipo de representantes mais
directamente relacionadas com a população, por exemplo, oriundos dos
municípios, modelo este com raízes mais profundas nas tradições
históricas e culturais de Portugal”, questionou.
Além disso, adiantou, deve-se incentivar a auto-suficiência económica, apostando nas actividades agrícolas e do mar.
Duarte Pio defendeu ainda a necessidade estratégica de aprofundar as
relações com os países lusófonos, propondo a criação de um espaço
económico comum aos países da CPLP que possa evoluir para uma
confederação.
Criticando o “estilo de vida artificialmente cultivado nas últimas
décadas”, Duarte Pio afirmou ser necessária “uma rigorosa
responsabilização moral”, que julga dever começar com o esclarecimento
pelos governantes sobre “o concreto destino dos avultados financiamentos
resultantes dos compromissos assumidos pelo Estado ao abrigo do
programa de assistência económica e financeira”.
Ainda assim, Duarte Pio garantiu confiar na “força anímica do povo”, em especial da juventude, para “restaurar Portugal”.
“Acredito que os nossos governantes tirem conclusões dos erros
passados e que tenham a inteligência e vontade de corrigir o que ainda
for possível emendar, colocando Portugal acima dos interesses
partidários”, concluiu.
Fonte Público
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