Cavaco
Silva no dia 5 de Outubro de 2010: O republicanismo caracteriza-se por
uma cultura marcada pela ética de serviço público, pela verdade e pela
transparência no exercício da acção política. O essencial é a vida
concreta das pessoas. A república é um lugar de liberdade. Porque
vivemos melhor, somos mais exigentes. É legitimo que o sejamos.
Cavaco
Silva no dia 5 de Outubro de 2011: valor republicano da austeridade
digna. A cultura republicana implica uma reforma profunda do exercício
de funções públicas. A disciplina orçamental será dura e inevitável. Em
tempos de escassez económica, há também que redescobrir o valor da
cultura e dar prevalência à dimensão espiritual sobre a dimensão
material da vida humana.
Responsabilizo
Cavaco Silva pelo despontar da situação de angústia em que vivemos. A
constituição dá-lhe mais poderes, do que daria a um Rei, para ter agido,
para que se pudesse evitar a entrada do FMI em Portugal, ou, que o
impacto da entrada desta entidade fosse mais suavizado.
Comparo
Cavaco Silva a Salazar. O típico tecnocrata que vê as pessoas como
números. O típico político que quer continuar no poder, enriquecendo o
estado e empobrecendo as pessoas. Tal como Salazar, Cavaco exorta de uma
forma patética as pessoas a não gastarem mais do que têm.
Tendo
em conta que grande parte dos Portugueses não ganha 500 euros por mês,
se seguirem essa recomendação, vivem debaixo da ponte, com um bocado de
pão.
Cavaco
Silva, na sua gestão de silêncios, procura uma dignidade da sua pessoa
para ser imortalizado na História e na fotografia. Mas é traído pelos
factos.
Cavaco
Silva; tal como Machado Santos, Bernardino Machado, Gomes da Costa,
Oliveira Salazar; é o continuar das características de um republicanismo
feito para republicanos e não para os Portugueses.
Um
republicanismo, de características pseudo-intelectuais, que vive da sua
auto-glorificação, sem que a realidade confirme tais factos.
Mas,
para grande tristeza de Cavaco, os Portugueses de hoje já não são os
analfabetos do inicio do século XX. Tenho esperança que com o tempo
comecem a pensar na alternativa neo-realista.
Daniel Nunes Mateus
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