Governar
um País não é só saber fazer contas. É, sobretudo, encontrar um rumo,
uma razão de ser da sua existência enquanto Pátria. Um rumo que possa
unir os cidadãos à volta de uma ideia comum que os mobilize.
Portugal
tem vivido desde há décadas nas mãos de tecnocratas, de pseudo
especialistas de contas públicas, de contabilistas "travestidos" de
políticos. O que tem sobrado em economia e finanças tem faltado em
Política, na arte de saber governar, fazendo escolhas. Tem sido este o
maior problema do nosso País: a incapacidade de quem nos governa saber
para onde quer ir. E se quem nos governa não o sabe, o País ressente-se
da ausência de soluções e fica entregue àqueles que apenas conhecem o
dia a dia do "deve e haver".
Tem
sido assim Portugal. Um País perdido na ausência de propostas, na
incapacidade de decisão, na total inexistência de uma ideia para o seu
futuro.
A
crise em que actualmente vivemos (alguma vez saímos dela desde os
tempos idos da Revolução de Abril?) é a derradeira janela de
oportunidade. De traçar metas. De visualizar soluções. De fazer
escolhas. De saber quem são os nossos amigos. De cimentar alianças. De
procurar uma luz para o nosso futuro enquanto Pátria. É tarde, é na
verdade muito tarde, vamos ainda vamos a tempo. (continua)
Pedro Quartin Graça
Sem comentários:
Enviar um comentário