Nestes inauditos tempos de História que
atravessamos, não nos basta ter de aturar o bando de tudológos
oficiais nas rádios e televisões a choramingar banalidades sobre as
“injustiças” do sinistro ajustamento económico a que estamos condenados,
temos também a má fortuna deste regime nos legar uma crescente troupe
de inimputáveis presidentes e ex-presidentes da república, que do alto
da sua insignificância contribuem para o ruido com trivialidades sobre o
“diálogo”, o perigo do “empobrecimento”, ou a famosa “distribuição dos
sacrifícios” assunto para o qual cada um parece ter a sua receita
mágica. Todos eles gozam por estes dias o seu peso em prebendas e
mordomias douradas pelos actos ou omissões que nos conduziram à actual
ruína.
O último a botar a boca no trombone foi o pardacento e lacrimoso Sampaio, que não perdeu a oportunidade de lançar achas para a fogueira,
sublinhando que o País está “num momento muito difícil” (!) e
defendendo que “é preciso reforçar os instrumentos de diálogo”(!!),
concluindo num desavergonhado assomo de lata que “afinal de contas”
tinha razão na frase célebre frase “há mais vida além do orçamento”
(!!!). Nestes tempos de emergência nacional falta-lhes é vergonha na
cara.
publicado por João Távora em Real Associação de Lisboa
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