
Foi
na passada quarta-feira, na paróquia da Imaculada Conceição de
Bangkok. A comunidade luso-descendente de Bangkok prestou tributo aos
seus mortos, depondo no cemitério de Sam Sen uma coroa de flores
ostentando as bandeiras portuguesa e tailandesa. As cerimónias foram
cuidadosamente preparadas e animadas pelo chefe da comunidade, o
Comandante Saravut Wongngernyuang Dias, Director-Geral dos estaleiros e
doca da Marinha Real Tailandesa, em cujas veias corre o sangue de doze
gerações de Protukét luso-thais.
Seguiu-se
procissão pelas ruas de um dos últimos bandéis portugueses existentes
na Ásia. Uma missa solene de graças encheu por completo o recinto
fronteiro à igreja e foi rezada missa presidida pelo Bispo de Bangkok. É
tempo de, nas Necessidades, alguém se interessar pela defesa de
Portugal no Sião e garantir a esta população fidelíssima o apoio
logístico mínimo para se preserve no Sudeste-Asiático a ideia de um
Portugal para além dos mares e das fronteiras. Faz falta um professor
primário de língua portuguesa que ensine às crianças o nosso idioma;
faz falta uma aula semanal de história e cultura portuguesa; faz falta,
quiçá, um jovem missionário ou uma religiosa que trabalhe nas duas
escolas primárias da paróquia. Faz falta, isso sim, um pingo de
respeito por aqueles que, longe, se sentem portugueses.
Fonte: Combustões
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