De república nada tem esta
emblemática praça de Chaves, onde tudo evoca os tempos da Monarquia,
desde a antiquíssima Igreja Matriz até à Torre de Menagem do castelo
medieval, passando pelo Pelourinho que exibe as Armas do Reino e que
assinala o novo foral concedido por D. Manuel I. No entanto, foi "Praça
da República" o nome que lhe deram os políticos subidos ao Poder pelo
golpe de 1910 e pelo regicídio de 1908...
Dando-se conta da sua própria fraqueza e da sua efemeridade, a República engendrou várias maneiras de se afirmar e perpetuar.
Uma delas é a bem conhecida cláusula constitucional que
"democraticamente" proíbe a alteração da forma republicana de governo
(Artigo 288 da actual Constituição).
Outra maneira consiste em disseminar por toda a parte o nome
"República", omitindo em numerosos casos o nome de Portugal: "Presidente
da República", "Assembleia da República", "Procurador-Geral da
República", "Museu da Presidência da República", "Praça da República",
"Avenida da República"...
Nas instituições e nos cargos do Estado, nos municípios, nos lugares
públicos, etc., são efectivamente incontáveis os nomes que omitem
"PORTUGAL" e que referem apenas a "República", como se esta fosse o nome
do nosso País...
Fonte: Arautos d'El-Rei
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