A obra é
lançada na
quinta-feira, dia 22 de Março, pelas 18h, no Convento de S. Vicente de
Fora.
(Lusa)
– O médico José Barata afirma que os grandes flagelos como a sífilis,
tuberculose e até a loucura “atormentaram a última dinastia” portuguesa,
tendo "apenas três monarcas ultrapassado os 60 anos".
José Barata enumera de forma
exaustiva, “numa perspectiva evolutiva do conhecimento médico em
Portugal”, as diferentes observações clínicas dos últimos 14 monarcas
portugueses.
Alerta o autor
para a ampla documentação que existe na medida em que “a medicina
prestou sempre grande atenção às figuras reais”.
“A doença do
rei era institucionalmente assumida como matéria de interesse”, escreve
José Barata, acrescentando que “a saúde da Família Real, enquanto
assunto de Estado, constituía também preocupação diplomática”.
Há assim muita documentação comentando a saúde dos soberanos e
familiares mais próximos, além de, “em cada época, os clínicos darem o
seu melhor para mitigar o sofrimento da família real, com recurso às
mais avançadas terapêuticas disponíveis”, muitas vezes recorrendo a
médicos estrangeiros.
O autor dá conta da existência documental
de “curiosos e detalhados registos das observações clínicas e das
terapêuticas aplicadas aos régios pacientes”.
Relativamente aos
Bragança, que reinaram de 1640 a 1910, escreve o autor que “a
mortalidade infanto-juvenil marcou presença dramática e constante” tendo
“a morte precoce” ceifado “a vida à maioria dos varões primogénitos”.
Por outro lado, dos 19 monarcas – José Barata não considera D. Pedro
II, tio e marido de D. Maria I, -, apenas três ultrapassaram os 60 anos;
foram eles D. João V, D. José e D. Luís. O último monarca, D. Manuel
II, morreu no exílio devido a um edema na glote, aos 42 anos.
José Barata dá notícia da suposta maldição que um frade medicante lançou
a D. João IV, fundador da dinastia, por este não lhe ter dado esmola, e
refere que a família sofreu todos os flagelos da época como a sífilis, a
tuberculose, a febre tifóide, patologia vascular cerebral e a morte
violenta, como foi o caso do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro,
assassinados em Fevereiro de 1908, em Lisboa.
O livro “A
doença e a morte na dinastia de Bragança”, editado pela Sociedade
Portuguesa Medicina Interna que celebra o 60.º aniversário, é
apresentado por Duarte Pio de Bragança, herdeiro da dinastia.
Aspectos menos conhecidos das personalidades que fizeram parte da Casa
de Bragança e que não são habitualmente tratados na historiografia
convencional são desvendados no livro «A Doença e a Morte na Dinastia de
Bragança», da autoria do médico e investigador José Barata.
A obra é
lançada pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), na
quinta-feira, dia 22 de Março, pelas 18h, no Convento de S. Vicente de
Fora.
Nesta ocasião actuará uma orquestra de Música de Câmara para o lançamento
da obra discográfica composta por Nuno Jacinto para a SPMI, com um tema
com quatro andamentos: “Nmésis”; “Ouvir-falar”; “Ver” e “Palpar” que,
através da harmonia dos sons, traduz o Acto Médico.
O lançamento destas obras está integrado no programa de comemorações do
60.º Aniversário da SPMI. Na obra musical fica patente a importância que
a arte e a música têm tido para a Medicina e como é possível traduzir a
performance de um Acto Médico numa forma de arte.
A obra é lançada na quinta-feira, dia 22 de Março, pelas 18h, no Convento de S. Vicente de Fora.
(Lusa) – O médico José Barata afirma que os grandes flagelos como a sífilis, tuberculose e até a loucura “atormentaram a última dinastia” portuguesa, tendo "apenas três monarcas ultrapassado os 60 anos".
José Barata enumera de forma exaustiva, “numa perspectiva evolutiva do conhecimento médico em Portugal”, as diferentes observações clínicas dos últimos 14 monarcas portugueses.
Alerta o autor para a ampla documentação que existe na medida em que “a medicina prestou sempre grande atenção às figuras reais”.
“A doença do rei era institucionalmente assumida como matéria de interesse”, escreve José Barata, acrescentando que “a saúde da Família Real, enquanto assunto de Estado, constituía também preocupação diplomática”.
Há assim muita documentação comentando a saúde dos soberanos e familiares mais próximos, além de, “em cada época, os clínicos darem o seu melhor para mitigar o sofrimento da família real, com recurso às mais avançadas terapêuticas disponíveis”, muitas vezes recorrendo a médicos estrangeiros.
O autor dá conta da existência documental de “curiosos e detalhados registos das observações clínicas e das terapêuticas aplicadas aos régios pacientes”.
Relativamente aos Bragança, que reinaram de 1640 a 1910, escreve o autor que “a mortalidade infanto-juvenil marcou presença dramática e constante” tendo “a morte precoce” ceifado “a vida à maioria dos varões primogénitos”.
Por outro lado, dos 19 monarcas – José Barata não considera D. Pedro II, tio e marido de D. Maria I, -, apenas três ultrapassaram os 60 anos; foram eles D. João V, D. José e D. Luís. O último monarca, D. Manuel II, morreu no exílio devido a um edema na glote, aos 42 anos.
José Barata dá notícia da suposta maldição que um frade medicante lançou a D. João IV, fundador da dinastia, por este não lhe ter dado esmola, e refere que a família sofreu todos os flagelos da época como a sífilis, a tuberculose, a febre tifóide, patologia vascular cerebral e a morte violenta, como foi o caso do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro, assassinados em Fevereiro de 1908, em Lisboa.
O livro “A doença e a morte na dinastia de Bragança”, editado pela Sociedade Portuguesa Medicina Interna que celebra o 60.º aniversário, é apresentado por Duarte Pio de Bragança, herdeiro da dinastia.
Aspectos menos conhecidos das personalidades que fizeram parte da Casa
de Bragança e que não são habitualmente tratados na historiografia
convencional são desvendados no livro «A Doença e a Morte na Dinastia de
Bragança», da autoria do médico e investigador José Barata.
A obra é
lançada pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), na
quinta-feira, dia 22 de Março, pelas 18h, no Convento de S. Vicente de
Fora.
Nesta ocasião actuará uma orquestra de Música de Câmara para o lançamento
da obra discográfica composta por Nuno Jacinto para a SPMI, com um tema
com quatro andamentos: “Nmésis”; “Ouvir-falar”; “Ver” e “Palpar” que,
através da harmonia dos sons, traduz o Acto Médico.
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