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O programa tipicamente saloio desta praça, piroso,
chiteiro a armar às sedas e como sempre fazendo de conta estar numa
Hollywood que também não sendo grande coisa, pertence a outra galáxia.
Duas ou três excepções não bastam para apagar a má impressão. Uma
assistência anónima, a não ser para algumas revistinhas da hora do corte
no cabelo ou do dentista. Uma tantas gajas de dedaça na boca fazendo
sair o assobio, a piadola persistentemente a fugir para as partes
intermédias, a tronchuda chantrona apresentadora de apelido Pinheiro,
uma criatura matinal e magistralmente rasca, de voz estridente e de uma
vulgaridade ímpar, sempre a puxar a patorra para a chinela. Uma data de
"revelações geniais" e de inevitáveis choraminguisses teatrinhocinema
à cata de subsídios, naquele costumeiro pedinchar roçando a chulice a
que os sistema se remeteu. A micro-burguesia ao estilo Berlusconi é
isto, um globo de ouro que afinal representa a mais excelsa bosta
nacional.
Nesta época em que o próprio "chefe deles" conta - segundo o balsemado Expresso - com um hilariante e vergonhoso índice de "popularidade" de 1,7, claro que os aflitos engraxates de Balsemão (*) - ele próprio a perfeita réplica de uma criatura da saga Star Wars - tinham de vir com uma graçola acerca do Senhor D. Duarte de Bragança. Um sketch infeliz
e sem piada, pífio, a suplicar por um forçado sorriso e que a ninguém
engana. Sabíamos que dos camorristas moleques balsemistas tudo pode vir,
mas isto é demais. Se a SIC falisse e fosse parar às mãos de um cartel
colombiano, não se perderia grande coisa.
publicado por Nuno Castelo-Branco em Estado Sentido
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