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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 24 de junho de 2012

DA QUÁDRUPLA ALIANÇA À PATULEIA - A TRAIÇÃO

Imagem da Guerra Civil - Patuleia - 1846/1847
"... O regente D. Pedro, ex-imperador do Brasil, na ânsia de derrotar o irmão, D. Miguel I, propõe a Madrid uma aliança segundo a qual as tropas de Espanha e Portugal poderiam atravessar a fronteira em caso de perigo para essa aliança. A perigosidade de tal proposta, se aceite, faz com que quer a Inglaterra, quer a França levem a efeito um projecto político para acabar com a guerra nos dois países e que garanta a paz em toda a Península Ibérica. A essa união foi dado o nome de Quádrupla Aliança e era constituída por Portugal, Inglaterra, França e Espanha. No dia 22 de Abril de 1834 assinou-se o tratado segundo o qual a Rainha de Portugal, D. Maria II, a de Espanha, D. Isabel II (as duas ainda menores), a Coroa de França e a de Inglaterra uniam os seus esforços para pôr termo às hostilidades. Em linhas gerais, este texto visava a queda de D. Miguel I em Portugal e D. Carlos em Espanha, o que acabou por acontecer...

A imagem do Rei Proscrito nunca se tinha apagado da mente do Povo. Se na Revolta da Maria da Fonte ela renasce, agora com a Patuleia volta a renascer. Qual Fénix, mil vezes sufocado, mil vezes renascido, o Miguelismo é uma emanação profunda do pensar e do sentir do Portugal autêntico. Dogmático quanto ao discurso, assenta no carisma do Rei, o que o torna numa ideologia e num mito de tipo sebastianista. O grande General Álvaro Xavier da Fonseca Coutinho e Póvoas, herói do exército legitimista, dá a sua adesão à Junta que o promove a Tenente-General efectivo e comandante militar das Beiras. Também a ela aderem o Brigadeiro Bernardino Coelho Soares de Almeida, o Barão de Oleiros e o General MacDonnel que virá a ser morto em combate. Todas as proclamações dos elementos Realistas têm por denominador comum a defesa da nacionalidade e o combate à tirania cabralista. Eram os mesmos temores que uniram Setembristas e Miguelistas na Revolução de 1846, e que agora se voltavam a repetir. A Rainha e o Governo, agindo premeditadamente como facção, quiseram encenar um regresso de D. Miguel como pretexto para justificar a intervenção estrangeira, que advogavam, no país. Em caso algum a Junta ou os Legitimistas colocaram a hipótese do regresso do Rei do exílio..."

'Mário Casa Nova Martins'

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