Este domingo passam 347 anos
sobre um dos mais gloriosos dias da nossa História: Aquele em que teve
lugar a maior e decisiva batalha da guerra de restauração da
independência de Portugal – a batalha de Montes Claros.
Numa
altura em que os Portugueses se sentem angustiados e menos crentes no
seu futuro colectivo, vale bem a pena aproveitarem a efeméride para
visitar o monumento evocativo no local da batalha, perto de Borba,
admirarem a magnífica paisagem e homenagearem a forma valorosa como os
nossos antepassados enfrentaram e ultrapassaram contrariedades
incomparavelmente maiores do que aquelas que hoje vivemos.
A
7 Junho de 1665, o exército espanhol de 22500 homens e 14 peças de
artilharia sob comando do experiente Conde de Caracena entra em Portugal
por Badajoz. Depois de tomar a vila de Borba tentou sem êxito assaltar
Vila Viçosa que resistiu totalmente cercada. Entretanto, o exército
português composto por 20500 homens reunidos em Estremoz partiu em
auxílio da vila sitiada, sob o comando do grande Marquês de Marialva e
do Conde de Schomberg.
Eram
cerca das 9 da manhã do dia 17 de Junho quando os dois exércitos se
encontraram frente-a-frente em Montes Claros, passagem entre a Serra da
Vigária e a Serra de Ossa, perto de Rio de Moinhos. Caracena tentou
surpreender os portugueses ainda em marcha mas Schomberg reagiu
prontamente. A batalha foi extremamente dura e renhida, tendo pendido
algumas vezes para o lado espanhol. Ao fim de 9 horas de incessante
combate, a bravura das tropas portuguesas superiormente comandadas levou
a melhor e desbaratou o exército inimigo que se retirou, deixando para
trás as peças de artilharia e milhares de prisioneiros.
Depois
das batalhas de Montijo, Arronches, Elvas, Ameixial e Castelo Rodrigo, a
vitória de Montes Claros foi retumbante e decisiva. Em 1668, ao fim de
28 anos terminava a guerra da restauração com a assinatura do tratado de
paz em Lisboa, pelo qual a Espanha reconhecia definitivamente a
independência do Reino de Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário