As monarquias parlamentares são uma ponte para a República e, como
sabemos que este tipo de governo não evita a revolução violenta, elas
começam por ser a personificação da revolução "mansa" e o máximo que
conseguem é adiá-la.
Os partidos doutrinários e radicais da Revolução não tiveram mais que um objectivo: a demolição, desde a raiz até à copa, de todo o edifício que com sublimes e seculares esforços tinham levantado gerações católicas e monárquicas sobre um solo revolvido com o seu sangue; opor a cada empresa histórica uma catástrofe, a cada glória uma ignomínia, a cada direito uma licença, a cada virtude cívica uma corrupção e, finalmente, à comunidade de crenças, sentimentos, instituições fundamentais, tradições, memórias e aspirações comuns que eram o espírito nacional, um único princípio: o de negar esse espírito e uma só liberdade, para quebrar estas unidades e para dissolver a Pátria.
Eliminar os partidos parlamentares, não é reduzir o ser da Pátria, é aliviá-la de um peso que a oprime, é remediar um cativo, é levantar do solo alguém desfalecido e humilhado.
Os parlamentos não servem para governar e não prestam para legislar. Os parlamentos não servem para evitar o desperdício e são impotentes perante as revoluções. Para que servem, então, os parlamentos? Para nada. E quando uma instituição não presta qualquer serviço e não tem qualquer utilidade, suprimi-la é, sensatamente, responder às vontades mais rudimentares do senso comum.
Não se espere uma solução positiva dos problemas vitais que apoquentam a nossa sociedade, o liberalismo não as tem, não tem mais do que um programa negativo: o de vexar e perseguir a Igreja Católica. Há uma fortaleza: A Igreja. E há outra que nasceu debaixo dela e à sua sombra: Portugal Tradicional. O liberalismo nega a Igreja e Portugal Tradicional.
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