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Notemos que o mais raro e formoso timbre das nossas grandes obras de
Arte, seja nas Letras, na Arquitectura ou na Pintura, é o elas
exprimirem como nenhumas outras a alma colectiva da Nação. ( ... ) Para
que os nossos maiores escritores e artistas pudessem ter
exprimido esse carácter de representação pátria, era necessário que
Portugal possuísse, como possui, a glória histórica de ser a mais antiga
e mais definida unidade nacional europeia, aquela que na confusa Europa
do século XIII, quando as nações preponderantes de hoje se achavam tão
longe de estar formadas, tinha já o mesmo território, a mesma linguagem,
a mesma religião que tem agora "
Affonso Lopes Vieira, » Nova Demanda do Graal »
Quando assim fala, em conferência proferida , em 1937, em Guimarães, « Cidade madre da Monarquia Portuguesa », na Sociedade
Martins Sarmento, o escritor está, sem sequer o imaginar, a enviar uma
mensagem para os portugueses d'hoje, lembrando-lhes o lugar que
historicamente pertence a esta Nação que muitos pretendem ver diluída
nessa entidade artificial que é a União Europeia.
publicado por Cristina Ribeiro em Estado Sentido
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