Caríssimos amigos monárquicos apoiantes,
Terminou a 1.ª
fase do programa do Governo designado "O Meu Movimento". O movimento de
cidadania, não institucional e apartidário, “Cidadania pela Monarquia:
Melhor Democracia!” ficou posicionado na 23.ª posição, num total de 324
movimentos oficializados, tendo reunido 115 apoios.
Assim, esta
proposta de cidadania não alcançou o seu objectivo de ficar no 7.º lugar
na 1.ª fase. Assumo, por inteiro, este facto dirigindo desculpas
àqueles que também acreditaram nela. Posso apenas afiançar que depositei
todo o tempo que podia e actuei da melhor maneira que sabia.
Contudo, não
seria verdadeiro se não afirmasse que, apesar do resultado menos
positivo, também sinto hoje um forte sentido de vitória por duas razões:
1.ª) Pelo apoio
de todos aqueles, que formando mais de uma centena, acreditaram
determinadamente e, acima de tudo, entenderam o espírito desta acção;
2.ª) Por ter conseguido congregar monárquicos que pensam de forma diametralmente oposta no seio da própria causa pela Monarquia.
Posto o intróito, queria passar ao mais importante, i.e., aos agradecimentos.
Nestes termos, e
não querendo ser exaustivo, embora sabendo quem foram e nunca
esquecendo todos aqueles com quem pude contar, optaria por agradecer
representativa e destacadamente ao Senhor Dom Miguel de Paiva Couceiro,
ao Lopo Maria de Albuquerque, ao Guilherme Koehler, ao Fábio Reis
Fernandes, ao Professor Doutor Mendo Henriques, ao David Garcia, ao
Filipe Cardeal, ao Artur de Oliveira, ao Luís Filipe Afonso, à Cristina
Ribeiro, ao Manuel Beninger, ao José Tomaz Mello Breyner e, também, à
Maria Augusta Meneses. Não
tenho dimensão nas minhas palavras para poder traduzir a honra, a
alegria e, em particular, o agradecimento pelo V. pronto apoio, ajuda e
divulgação.
Gostaria
também, e uma vez mais, de forma especial, dirigir os agradecimentos
sinceros e reconhecidos na pessoa do Presidente da Causa Real, Senhor
Dr. Luis Lavradio, pessoa que, conhecedora do nosso glorioso passado,
defende com vista de futuro a forma exacta para reparar Portugal por
intermédio de uma (da nossa) Monarquia Constitucional, tendo este
percebido a dimensão e a importância genuína deste movimento singular,
apesar da singeleza e expressão do mesmo.
Assim, registo
igualmente com honra o seu imediato apreço e sensibilidade para esta
iniciativa de cidadania pela nossa Democracia e pela nossa Monarquia,
endereçando um reconhecido bem-haja à Causa Real, embora apenas na
pessoa do seu Presidente de quem senti um autêntico apoio o qual foi,
por demais, contrastante com a ausência do mesmo sentido por alguns
outros membros dos seus órgãos.
Imediatamente
em seguida, mas não menos importante, gostaria de agradecer ao Senhor
Manuel Augusto Araújo, ao António Lemos Soares, à Teresa Antas e Barros e
à Maria-João Berquó Cavaco, pois, embora me conhecendo pessoalmente,
imediatamente me apoiaram sem restrições e mantiveram a sua inestimável
confiança que é um tesouro que guardo com carinho especial. Sempre
certos nas horas incertas. Admirarei eternamente a V. determinação e
exemplo de vida.
Mas, ‘last but not least’,
um agradecimento maior a todos aqueles que nem sequer me conhecendo (ou
que aqui não mencionei), apoiaram e divulgaram inequivocamente este
movimento de cidadania pela Monarquia. Um bem-haja sentido a todos. São
estes aqueles que mais me disseram.
Foi-me
inevitável, quanto aos primeiro, segundo e quarto grupos de
agradecimentos, não recordar aquela passagem que refere: “Felizes os que
acreditam sem terem visto”.
Devo afirmar,
com as obrigatórias e necessárias ressalvas, que fiquei duplamente feliz
nesta acção. Feliz por ainda ter esta graça na Fé e feliz por ter tido o
manifesto e o testemunho da preciosa confiança daqueles que referi.
Entre 7 de
Setembro e 31 de Outubro de 2012 percebi muito acerca da causa daqueles
que pretendem o regresso da Monarquia. Sendo mais objectivo: comprovei!
Por um lado, não nego a mágoa de não ter contado com o apoio de alguns
que julguei que seriam ágeis apoiantes deste movimento. Mas não foram. À
parte dos blogues ‘A Incúria da Loja’, ‘Família Real Portuguesa’, ‘Real
Portugal’ e o da ‘Real Associação da Beira Litoral’ não vi qualquer
apoio ao movimento divulgado em nenhum dos ditos blogues “mais
visualizados”* e que supostamente defendem o regresso da Monarquia…nem
um simples link. Também no facebook, tirando aqueles que me apoiaram,
nada vi. Continuei sim a ver a divulgação de retratos antigos dos nossos
Reis, continuei a ver uns posts de beberetes, aqui e acolá, de pessoas
ligadas à Monarquia, uns artigos digitalizados de revistas cor-de-rosa
com membros da Família Real, umas frases de SS.AA.RR. de há dez anos
atrás, mais umas bandeiradas azuis e brancas aqui e acolá, uns artigos
profundos sobre a Monarquia, mas tão profundos que o comum dos mortais
não lê, não percebe e não dá troco e mais umas “girandólas”. Pouco mais
vi do que aquilo. À parte daquela centena, não senti ninguém dos
restantes mais (diga-se a maioria) disposto a ir ao cerne activo do
poder, ninguém determinado a peitar as hostes republicanas instaladas e a
mostrar o que vale a Monarquia Constitucional.
O nosso País
está moribundo e os ”monárquicos” não se unem, nem sequer numa singela e
simples acção destas. Um País com a nossa história mas com o seu futuro
ameaçado e, nem numa oportunidade destas, os monárquicos não marcam
vincada posição!? Um assunto que podia ser potenciado num contexto
interessante…! Mas não foi esse o entendimento e a decisão… Mais do
mesmo, como na II república de instalados. Até chega a ser caricato que o
movimento que potencialmente irá ganhar é precisamente contra as
toiradas, esse tema, já primitivo, tão caro a alguns monárquicos, quiçá,
a maioria…mas no qual não me incluo.
Custou-me muito
ver tantos ditos monárquicos, em enumeros grupos monárquicos no
facebook (e não só), e constatar a dificuldade deles em gesticular os
dedos das duas mãos e escreverem no teclado o nome e apoiarem esta
iniciativa, sendo que, curiosamente, para efectivarem esse apoio nem
precisavam de colocar os seus nomes reais e e-mails base… bastaria um
simples registo com o facebook ou com o 5.º endereço de e-mail que já
não é usado há 11 meses e 21 dias. Um simples registo com a conta do
facebook num minuto, dois ou três cliques …uma enorme trabalheira lá no
sofá de casa com o tablet. Enfim…a realidade monárquica que temos.
Portugal, esse, continua republicano e a afundar-se.
Nestes dias muito me lembrei de Henrique Mitchell de Paiva Couceiro…
Há uns anos
atrás uma pessoa, mais conhecedora dos meandros monárquicos do prisma
institucional, manifestou-me o seu entendimento de que, eventualmente,
S.A.R. no fundo não quisesse ser Rei. Enfim, é um entendimento… Para mim
S.A.R. devia ser Rei, hoje de preferência! O homem perfeito, pela sua
simplicidade, amor a este País e seu povo, para retomar a reinante
Dinastia de Bragança.
Contudo, e até
admitindo que aquela ausência de vontade seja verdadeira, e S.A.R.
estaria nesse direito (pois ser Rei não é um prazer é um fardo bastante
duro, pois ser Rei não é um estatuto é sim uma brutal responsabilidade),
recordo, acerca deste mesmíssimo propósito, que D. João, futuro D. João
IV, também não queria ser enquanto 8.º Duque de Bragança.
Posto isto, que me permitam a alegoria em tom de facécia:
Narrador - Quiçá não terá dito D. João, 8.º Duque de Bragança, aos Conjurados…
D. João, 8.º Duque de Bragança - «Epá, vocês que me larguem da mão! Sempre atrás de mim a aborrecer-me!»
Narrador – D. João chega a casa e…
D. Luísa de
Gusmão - «João, presta lá mais atenção ao que eles te dizem
(referindo-se aos Conjurados). Estou farta de ser Duquesa. Digo-te João:
“Antes Rainha por um dia, que duquesa por toda a vida.”»
Narrador - Dias e mais dias com a mulher a insistir na conversa, D. João, 8.º Duque de Bragança decide-se.
D. João, 8.º
Duque de Bragança - «Escutem-me bem vocês (dirigindo-se aos Conjurados),
eu vou fazer o que vocês querem pois já não vos posso ouvir e muito
menos a minha mulher.»
Posto o conto, a
realidade é que o Rei deve estar disponível para servir o seu País,
embora sem se colocar em bicos de pés para o fazer. Cabe a nós
monárquicos sermos os convictos agentes dessa sedimentada tomada de
posição em relação àquele por quem temos estima e necessidade que seja o
nosso representante, o nosso Rei. Mas o inverso, ou seja a inércia
monárquica, é o que mais constato infeliz e generalizadamente.
Daí que o papel
fulcral hoje resida nos apoios espontâneos, nos movimentos e nos
“Conjurados” dos nossos dias que exigem um Portugal melhor, que querem
S.A.R. D. Duarte Pio coroado Duarte III de Portugal e dos Algarves.
Resta é saber quem são os nossos maiores obstáculos… Parece-me que não
serão os cidadãos que se acham republicanos (a maioria), pois esses
pouco sabem de História, de Direito comparado, de como chegamos a este
ponto e de como foi implementada a república…limitam-se a fazer e a
defender o que a propaganda (sobretudo nas escolas) do regime lhe vêm
massificando há 102 anos. Esses estão simplesmente desinformados. Esses
julgam que votando no suposto representante (político) de todos que
estão a fazer grande coisa, que estão certos e, mais grave, que são mais
democratas por isso…
Perante a
recente experiência recolhida, sou, finalmente, levado a concordar com
aquilo que o meu eterno amigo António já há muitos anos me havia dito:
«A maior dificuldade para repor a Monarquia está no seio dos próprios
monárquicos.» Uma grande verdade…ele, eu (agora) e a História o dizem!
Mas, neste
seguimento, prefiro ser sempre um “aborrecimento” perante o regime
republicano imposto como foram os Conjurados pela perda de
independência; Quero tentar ser sempre uma imagem, mesmo que muito
pálida, de um Alexandre Kolchak; Quero ser sempre uma amostra viva da
persistência de Henrique Paiva Couceiro que, acima de tudo, acreditava
na Monarquia do prisma-base institucional.
Antes de
terminar, e perante os esforços efectuados para angariar apoios para o
movimento “Cidadania pela Monarquia: Melhor Democracia!”, os quais
tivessem sido correspondidos seriam mais que suficientes (num universo
superior a 8.000 monárquicos no facebook eram necessários apenas 800
apoios), importa frisar que outro no meu lugar, neste ponto, quiçá,
diria algo do género: “Deixei de acreditar na Causa Real e em S.A.R. o
Senhor Duque de Bragança para Rei de Portugal!” Tenho muitos defeitos,
mas esse, graças a Deus, não consta do rol. Não o digo!
Prefiro antes
dizer que acredito na pessoa do seu Presidente e, sobretudo, acredito na
bondade e integridade (características que para mim sintetizam o
essencial) de S.A.R. o Senhor Duque de Bragança para ser Rei deste
anterior Reino. Prefiro antes dizer que entendo haver muito trabalho a
fazer pela Causa Real. Muito a pensar por ela. Deve ela, efectivamente,
perceber a destrinça entre aquilo que é pro-activo, daquilo que é
regressivo na pretensão de repor uma Monarquia Constitucional em
Portugal. Reflectir sobre quem são os (seus) melhores agentes… Tenho
simpatia pelo anterior e pelo actual Presidente (pois dos outros
desconheço a obra), mas há claramente na actual presidência, salvo
melhor opinião, uma missão e uma visão estratégicas bastantes definidas e
pró activas e que aqui quero salutar. Contudo, nesta fase e por ora,
digo frontalmente que o Sr. Presidente da Causa Real tem a minha mais
absoluta consideração e confiança mas que, por outro lado, vislumbro
hoje as instituições defensoras da Monarquia (pós implantação da
república) com alguma apreensão, isso porquanto algumas ainda estão
muito arreigadas a alguns estigmas do passado. Considero-me um
conservador, sou católico (inerente e logicamente praticante) mas,
infelizmente, vislumbro aspectos generalizados por todo o tecido
monárquico que ainda são pura idade média…para não lhe chamar do ferro.
Assim, e a
partir de hoje, passarei a dirigir mais a minha atenção para os meus e
para outros rumos “institucionais” mais profícuos para minha vida
pessoal. Andarei por aí …aqui e actuarei no novo espaço do facebook “A Lei Mental”,
ambos na senda do assunto Monarquia. Continuo a acreditar, sobretudo,
na cidadania para recuperar a nossa Monarquia Constitucional ou por uma
inserção dedicada e consciente do monárquico nos patamares
politico-ideológicos hodiernos, indo desde do PC ao CDS, aliás, como
sempre foi na história do constitucionalismo português.
Sem povo unido connosco não haverá independência, não haverá Portugal e não haverá Monarquia.
Termino como
comecei agradecendo, respeitosa e atenciosamente, a todos aqueles que
apoiaram o movimento “Cidadania pela Monarquia: Melhor Democracia!”,
dizendo: Bem hajam pelo V. gratificante apoio.
Viva Portugal! Viva a Monarquia! Viva o Rei!
Pedro.
* Ressalva:
Ficam aqui, e desde já, as minhas desculpas, se algum blogue, twitter,
sítio ou mural do facebook tenham feito divulgação e não tenha tido
conhecimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário