5 de Outubro de 2012 o Presidente da República hasteia a bandeira nacional ao contrário, metáfora da decadência do regime
A Essência da Monarquia
“Fala-se muito, na história dos povos, de períodos em que uma nação
se desviou da sua trajectória secular, perdendo as energias morais que a
fizeram grande e respeitada no Mundo. Mas na vida dos povos, como na
vida das pessoas, há sempre períodos que correspondem a fases de
incerteza, de desvario e de traição colectiva: e depois os povos
reabilitam-se ou procuram reabilitar-se, continuando a sua caminhada.
Fala-se também muito, no caso português, de «longas noites», por
oposição a «manhãs ilusórias».
O que alguns, em relação a um passado recente, apelidam por cegueira
ou facciosismo de «longa noite» corresponde, na verdade, a uma época de
grandeza da vida nacional no respeito da pessoa humana, no culto da
história, na afirmação da autoridade, no progresso material e na
consciência de uma Pátria que sentia a vocação de estar dispersa pelo
Mundo.
Todos aqueles que prezam a inteligência, independentemente das suas
convicções, compreendem que a Nação está acima das conveniências ou
interesses do dia a dia, pois tem um conteúdo intemporal. Devemos
respeitar os valores do passado no que eles realmente representam,
sobretudo se esses valores foram postos ao serviço da ideia nacional.
Ora, o que a Monarquia teve de grande, com os seus sucessos e
glórias, com os seus infortúnios e desaires, é que ajudou a criar, a
fortalecer e a expandir a mensagem de uma grande Nação que teve um
sentido ecuménico. Tal a justiça que a história lhe deve para todo o
sempre prestar.”
A Génese e o Valor da Monarquia em Portugal, Prof Joaquim Veríssimo Serrão
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