A república é acusada de assassínio do Chefe do Estado, de terrorismo
bombista, de total desrespeito e subversão da ordem constitucional. É
acusada da clamorosa derrota militar na I Guerra Mundial. É acusada da
fuga de centenas de milhar de portugueses temerosos da violência,
prepotência e inépcia da gente do regime do Costa. É acusada do ataque
ao corpo eleitoral nacional, é acusada de coacção física e moral sobre a
população, é acusada de falsificação de eleições, da repressão dos
sindicatos, da imprensa e da Igreja. É acusada da ruína económica e
financeira. É acusada da mais longa ditadura da nossa história, da
polícia política, da censura. É acusada da vergonhosa, criminosa e
pretensa descolonização, é acusada de causadora do genocídio de
populações em África e em Timor. É acusada do abandono de milhares de
soldados portugueses em três dos antigos territórios ultramarinos, é
acusada das ruinosas cedências feitas para o seu apressado ingresso
político na CEE. É acusada do desbaratar dos recursos da economia
portuguesa. É acusada de ceder perante a organização de uma infrene
cleptocracia institucional que esbulha o país em proveito de uma ínfima
minoria de sátrapas. É acusada de fazer desaparecer o que nos resta da
independência nacional conseguida através dos sacrifícios de mais de
trinta gerações.
Este regime não é legítimo.
Nuno Castelo-Branco
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