Desde a sua obscura origem, até ao início da sua ilegal e criminosa
aplicação, o novo acordo ortográfico tem vindo a revelar-se um pomo de
constante discórdia quanto ao futuro da Língua Portuguesa, aquém e
além-mar. Aos que se preocupam com a sua preservação e defesa opõem-se,
grosso modo, aqueles que a pretendem bastardizar, corromper e vender em
nome de conspurcados interesses pessoais ou outros, igualmente pouco
honrosos, de âmbito político-económico. Não estranhamente, tendo em
conta os ventos contrários à razão que tristemente predominam durante os
últimos tempos na nossa sociedade, têm sido os segundos a aparentemente
levar a melhor, do ponto de vista institucional, face aos primeiros.
Esta razão prende-se com aquilo a que António Emiliano
chamou de “mentira de Estado”, um conjunto de ardilosos endrominanços
políticos responsáveis pela condução do actual rumo dos acontecimentos,
encobrindo um já proclamado culturicídio, caracterizado pela destruição a
partir de dentro da Língua Portuguesa.
Pensando neste grave problema e atendendo à necessidade vital de o
discutir para o resolver, Ana Isabel Buescu (FCSH-UNL), Maria Filomena
Molder (FCSH-UNL) e Teresa Cadete (FLUL) organizam no próximo dia 20 de
Março, pelas 18:00, Onde pára e para onde vai a Língua Portuguesa?, um importante encontro de discussão acerca da nossa língua. Este terá lugar no Auditório 1 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa,
localizada na Av. de Berna, em Lisboa, contando com as participações de
Abel Barros Baptista, Ana Silva, António Guerreiro, Hermínia Castro,
João Bosco Mota Amaral, Jorge Buescu, José Luís Porfírio, José Pedro
Serra, Maria Alzira Seixo, Miguel Sousa Tavares, Nuno Pacheco e Pedro
Afonso.
Este Fórum sobre a Língua Portuguesa é de entrada livre e, pela
importância que a temática encerra, exige-se a presença crítica e
consciente de todos nós.
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