Correndo o risco de ser repetitivo, começo por realçar novamente o Índice de Democracia, elaborado por The Economist Democracy Unit. Além disso, sugiro também a atenção ao índice de liberdade de imprensa, dos Reporters Without Borders e ao IDH, da ONU. Os
números de monarquias constitucionais, entre os 10 primeiros
classificados de cada estudo, são, respectivamente: 7, 8 e 7. O mais
interessante é que, cruzando os 3 rankings, os únicos países que
aparecem sempre no top 10 são: a Noruega, a Suécia, os Países Baixos e a
Nova Zelândia, todos monarquias constitucionais.
Não sei se os nossos caros leitores
já se deram ao trabalho de assistir ao espectáculo deprimente de um
republicano a tentar defender a república. A base argumentativa, para
não dizer que é estúpida, simplesmente não existe. O principal
objectivo, com a apresentação dos referidos dados, é derrubar o
principal argumento dos republicanos, que assenta no suposto carácter
anti-democrático duma monarquia (Mito nº1). Meus caros, monarquias
garantem a liberdade política, defendem a soberania nacional e criam
condições para a construção de sociedades avançadas, com valores morais e
tradições perfeitamente de acordo com as leis dos respectivos Estados.
O aparecimento das repúblicas
europeias, particularmente a Portuguesa, não passa de um fruto da
prepotência de homens que se consideravam superiores aos outros.
Pergunto: de onde é que surgiu a ideia de implantar uma república em
pleno século XIX (ou XX, no nosso caso)? Da república romana? Da
federação dos Estados Unidos? Da Grécia Antiga?!?!!!!! Não, ninguém se
inspirou em exemplos. A república parlamentar representativa foi uma
inovação, formulada por pensadores positivistas. Só para esclarecer, um
dos princípios do positivismo é que existe uma elite intelectual, cuja
função é governar e mandar no resto da sociedade.
Ninguém critica o fim do Antigo
Regime. Porém, com o iluminismo, surgiu uma tendência abominável de
querer formular regimes e modelos de sociedade, com base nos mais
variados postulados. Isso chama-se dedução hipotética e é usada nas
ciências metodológicas, como a matemática. Em ciências humanas, ou
substantivas, usa-se a dedução histórica ou empírica, em que se tiram
conclusões a partir da observação do passado e do contexto actual. Ora,
num país fundado não sob mas sobre um líder monarca, que ainda se
recuperava da guerra civil e do choque do liberalismo e cuja sociedade
nunca tinha vivido sem um Rei (que servia de exemplo), cabe na cabeça de
alguém implantar uma república? Acho que não é preciso responder...
São de notar, então, três pontos
fundamentais: a tradição monárquica portuguesa, o miserável falhanço de
uma república que já tem mais de 100 anos e o sucesso das poucas
monarquias parlamentares que ainda existem (cerca de 35, de 193 países).
Pela dedução empírica, conclui-se então que precisamos da restauração
monárquica, para que voltemos a ter, no mínimo, o controlo do nosso
próprio Estado.
Viva o Rei! Viva Portugal!
Publicado por Realmentes Blogue
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