São Francisco Xavier, S.J. | |
---|---|
Estátua de São Francisco Xavier em Mittelbrücke Bensheim, Alemanha | |
Presbítero e Apóstolo do Oriente | |
Nascimento | 7 de Abril de 1506 em Xavier |
Morte | 3 de Dezembro de 1552 (46 anos) em Sanchoão, China |
Canonização | por Papa Urbano VIII |
Festa litúrgica | 3 de Dezembro |
Portal dos Santos |
São Francisco Xavier, nascido Francisco de Jaso y Azpilicueta, (Xavier, 7 de Abril de 1506 — Sanchoão, 3 de Dezembro de 1552) foi um missionário cristão do padroado português e apóstolo navarro. Pioneiro e co-fundador da Companhia de Jesus, a Igreja Católica Romana considera que tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente". Ele exerceu a sua actividade missionária no Oriente, especialmente na Índia e no Japão. É o padroeiro dos missionários, da Diocese de Registro (SP) e também um dos padroeiros da Diocese de Macau.
Infância e mundo
Francisco Xavier nasceu no castelo da família em Xavier, no Reino de Navarra,
a 7 de Abril de 1506, segundo o registo mantido pela sua família. Filho
de famílias aristocráticas navarras, era o filho mais novo de Juan de
Jasso (conselheiro da corte do Rei João III de Navarra)
e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias
nobres de Navarra. Seguindo a tradição basca de atribuição do sobrenome,
foi baptizado herdando o nome de sua mãe, de Xavier. O seu nome é
correctamente escrito Francisco de Xavier e não Francisco Xavier, já que
Xavier provém do nome da terra da qual a família é originária. Nem
Francisco Javier, já que essa é a grafia castelhana. Além disso,
Francisco de Xavier desempenhou o seu apostolado em território português
e essa é a pronúncia portuguesa da mesma palavra.
Em 1512, tropas castelhanas e aragonesas, comandadas por Fadrique Álvarez de Toledo, 2º Duque de Alba,
atacam o Reino de Navarra. A família de Francisco está do lado da
resistência ao invasor estrangeiro, mas a conquista consolida-se em
1515, quando Francisco tem oito anos. Depois de uma tentativa de
reconquista franco-navarra em 1516, na qual os irmãos de Francisco tomam
parte, a muralha, os portões e duas torres do castelo da família são
destruídos, assim como o fosso que é tapado, a altura da torre de
menagem reduzida para metade e as propriedades da família confiscadas.
Só a residência da família dentro do castelo é poupada. Os irmãos de
Francisco são encarcerados nas masmorras e condenados à morte, tendo no
entanto obtido uma amnistia e sido libertados.
Durante muito deste período conturbado, Francisco não se encontrava
em casa. O pai de Francisco morrera quando este tinha apenas nove anos e
sua mãe, querendo que o filho estudasse, procurara enviá-lo para a
universidade. No entanto, apesar das boas universidades castelhanas,
como a de Salamanca e a de Alcalá, a mãe de Francisco não desejara
naturalmente instruí-lo nas escolas do invasor, pelo que, aos catorze
anos, o enviara para o Colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia.
No Colégio de Santa Bárbara, Francisco de Xavier foi preparado para
prestar provas de admissão à universidade, completando estudos em
filosofia, literatura e humanidades. É ainda aqui, que aprende a dominar
as línguas francesa, italiana e alemã. É lá que vive todo o período que
passa em Paris, primeiro como aluno e mais tarde como professor de
filosofia do Colégio de Beauvais. Consta que terá feito grande sucesso
entre os colegas por ser um rapaz muito inteligente, de espírito vivo e
conversa fácil, bem constituído e bonito. Há relatos de que numa
competição entre estudantes na ilha do rio Sena ter-se-á consagrado como
campeão do salto em altura. É neste período que tem como colegas de
quarto o francês Le Fèvre e o basco Inácio de Loyola, que dão ao seu grupo o nome de Societas Jesus, latim para Sociedade de Jesus, que mais tarde se viria a tornar a Companhia de Jesus.
É no ano de 1534 que este grupo de devotos amigos, com mais quatro companheiros: Alfonso Salmeron, Diego Laynez, Nicolau Bobedilla e o português Simão Rodrigues, fundam a Companhia de Jesus, congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade. Fazem voto de pobreza e pedem ao Papa que os reconheça oficialmente.
Enquanto anseia o reconhecimento do Papa, que só acontecerá em 1541, o
grupo parte para Veneza com o objectivo de alcançar a Terra Santa. É
aí, a 24 de Junho de 1537, que Francisco de Xavier é ordenado padre. Não
chegando a pisar a Terra Santa em virtude da guerra entre venezianos e
turcos, o grupo parte para Roma, onde Francisco serve por um breve período.
Missionário do padroado português
Em Roma, Francisco de Xavier sente-se muito abalado pela conquista do
Reino de Navarra pelo Reino de Castela. É nesse momento que Dom João III, Rei de Portugal, depois dos sucessivos apelos ao Papa Paulo III
para que este lhe envie missionários para espalhar a fé cristã pelos
territórios descobertos pelos portugueses, é aconselhado
entusiasticamente pelo director do Colégio de Santa Bárbara, Diogo de
Gouveia, a chamar para os Reino de Portugal os jovens cultos e
inteligentes da Companhia de Jesus, que este lhe recomenda. Dom João III
pede assim ao embaixador de Portugal em Roma que sonde o grupo e é aí
que Francisco de Xavier descobre um caminho para pôr em prática a sua
vocação missionária. É escolhido por Inácio de Loyola e chega a Portugal em 1540.
Francisco de Xavier parte de Lisboa para a Índia no ano seguinte, a 7 de Abril, acompanhado de outros dois jesuítas, Francisco de Mansila e Paulo Camarate. Partem a bordo da nau Santiago, onde viajava Martim Afonso de Sousa, que ia tomar posse do cargo de governador na Índia.
Em Agosto ancoraram junto da ilha de Moçambique.
Nessa altura do ano, os ventos adversos impediram a continuação regular
da viagem, tendo a nau invernado ali durante seis meses. Francisco
dedicou o seu tempo ao auxílio e tratamento dos doentes. Tendo-se feito
de novo ao mar, a nau voltou a aportar em Melinde.
Aí, Francisco de Xavier conseguiu de imediato converter alguns
africanos, e desejou por força lá permanecer, ao que não foi autorizado
por Martim Afonso de Sousa, por essa decisão ser contrária às instruções
do Rei.
A nau Santiago ancorou em Goa, a então capital do Estado Português da Índia, a 6 de Maio de 1542.
Goa
Sabe-se, através das cartas a Inácio de Loyola, que as primeiras
impressões de Francisco Xavier sobre Goa foram muito favoráveis, tendo
ficado entusiasmado com a quantidade de indianos que falavam português,
com a quantidade de igrejas e de convertidos. No entanto, à medida que
foi conhecendo melhor a cidade, apercebeu-se de que muitos dos
convertidos praticavam ainda paralelamente cultos hindus
e que muitos portugueses davam também eles mau exemplo, defendendo as
virtudes cristãs mas não as praticando. Estrategicamente, decidiu assim
dedicar-se numa primeira fase a reencaminhar os portugueses para a
verdadeira fé, tendo só posteriormente iniciado o seu trabalho de
conversão.
Quando iniciou as conversões, dedicou-se primeiramente às crianças e
só depois aos adultos. Todo o tempo que lhe sobrava era dedicado a
visitar as prisões, a tratar dos doentes no Hospital Real e dos leprosos
no Hospital de São Lázaro. É aí que começa a escrever um catecismo que veio a ser traduzido para várias línguas asiáticas.
Primeira Missão
A 20 de Setembro de 1543, parte na sua primeira acção missionária
para a costa a que os portugueses chamavam “Costa de Pescaria”, na costa
este do Sul da Índia, a norte do Cabo Comorim, território dos paravás.
Nesta região, a prática da pesca era muito popular, prática essa que
não era bem encarada pela religião hindu, que reprova a morte de
animais. Os pescadores da região foram, portanto, muito receptivos à
religião cristã, que não os criticava pela profissão que levavam, usava
um peixe como um dos seus símbolos e cujos primeiros apóstolos eram pescadores de peixe tornados “pescadores de homens”.
Ficou a viver numa gruta nas rochas junto ao mar em Manapad, catequizando as crianças paravás intensivamente durante três meses em 1544. Concentrou-se então em converter o rei de Travancore ao Cristianismo, tendo visitando também o Ceilão (actual Sri Lanka).
Insatisfeito com os resultados da sua actividade, partiu ainda mais
para oriente em 1545, planeando uma viagem missionária a Macáçar, na ilha de Celebes (actual Indonésia).
Francisco levou alguns destes paravás consigo até Goa, onde os pôs a
estudar no seminário, tendo-se eles tornado por sua vez missionários.
Sendo o primeiro jesuíta na Índia, Francisco cometeu alguns erros que
levaram a que as suas missões não fossem mais bem sucedidas. Não
respeitando a religião hindu, não tentou fazer a transição desta para o
Cristianismo de forma gradual, caindo na tentação de apostar em fazer
uma conversão demasiado rápida e brusca. Também não tentou converter
primeiro as classes altas para depois chegar aos pobres. Pelo contrário,
procurou converter os pobres directamente, como Jesus Cristo.
Malaca
Em Outubro, aportou na também portuguesa Malaca. Tendo sido forçado a esperar três meses por um barco para Macáçar, desistiu desse objectivo e partiu de Malaca a 1 de Janeiro de 1546 para as ilhas de Amboino, onde permaneceu até meados de Junho.
Visitou, depois, outras das ilhas Molucas, incluindo Ternate e Morotai.
Pouco depois da Páscoa de 1546, regressou às ilhas de Amboino e,
posteriormente, a Malaca. Nesse período, frustrado pelas elites de Goa,
São Francisco escreve ao Rei Dom João III de Portugal pedindo que fosse
instalada em Goa uma Inquisição.
Esta Inquisição, à qual o rei se mostrou resistente, como se mostrara à
sua presença em Lisboa, viria a ser instalada só oito anos após a morte
de Francisco de Xavier.
O trabalho de Francisco de Xavier inaugurou mudanças permanentes nas ilhas que configuram a Indonésia
Oriental, tendo-se tornado conhecido como o “Apóstolo das Índias”
quando, entre 1546 e 1547, trabalhou nas ilhas Molucas, cavando os
alicerces para uma missão permanente. Baptizou milhares de pessoas.
Depois de partir desta região, o seu trabalho foi continuado por outros,
sendo que na década de 1590 já havia entre 50.000 e 60.000 católicos na
região, sobretudo nas ilhas de Ambonio.
Em Dezembro de 1547, em Malaca, Francisco de Xavier conhece o aventureiro e futuro escritor Fernão Mendes Pinto, que regressava do Japão e trazia consigo um nobre japonês de nome Angiró, natural de Cagoxima.
Angiró ouvira falar de Francisco em 1545 e viajara de Cagoxima para Malaca com o propósito de o conhecer. Angiró tinha sido acusado de
assassínio e fugira do Japão. Abriu o seu coração a Francisco,
confessando-lhe a vida que levara até ali, mas também os costumes e
cultura da sua amada terra natal. Angiró é baptizado por Francisco
Xavier e adopta o nome português de Paulo de Santa Fé. Angiró era samurai
e, como tal, tornar-se-ia um valiosíssimo mediador e tradutor para uma
missão ao Japão que assim se tornava cada vez mais próxima da realidade.
“Perguntei a Angiró se os japoneses se tornariam cristãos se eu
fosse com ele ao seu país e ele respondeu-me que eles não o fariam
imediatamente, mas que primeiro me fariam muitas perguntas para saberem o
que eu sabia. Acima de tudo, que eles quereriam saber se a minha vida
corresponderia ao meu ensinamento”.
Regresso à Índia
Regressado à Índia em Janeiro de 1548, passa os quinze meses
seguintes com variadas viagens e tomando medidas administrativas na
Índia. Devido ao que considerou um estilo de vida não-cristão por parte
de muitos portugueses, que lhe impedia o trabalho missionário, viajou
para o sudeste. Partiu de Goa a 15 de Abril de 1549, parou em Malaca e
visitou Cantão, na China. Foi acompanhado por Angiró, pelo padre Cosme de Torres,
pelo irmão João Fernandes e por outros dois homens japoneses que
estudaram em Goa para servirem de intérpretes. Levou também consigo
inúmeros presentes para o “rei do Japão”, já que tencionava
apresentar-se perante ele como representante da cristandade.
Japão
Alcançaram o Japão a 27 de Julho de 1549, mas só a 15 de Agosto é que
foram autorizados a aportar em Kagoshima, o principal porto da
província de Satsuma, na ilha de Kiushu.
Foi recebido amigavelmente e ficou hospedado pela família de Angiró até Outubro de 1550. Entre Outubro e Dezembro desse ano, residiu em Yamaguchi. Pouco antes do Natal, partiu para Quioto, mas não conseguiu autorização para visitar o imperador. Regressou a Yamaguchi em Março de 1551, onde o daimio daquela província o autorizou a pregar. Contudo, faltando-lhe a fluência na língua japonesa, teve de se limitar a ler alto a tradução do catecismo feita com Angiró.
Francisco teve um forte impacto no Japão, tendo sido o primeiro
jesuíta a lá ir em missão. Levou com ele pinturas da Virgem Maria e da
Virgem com Jesus. Estas pinturas ajudaram-no a explicar o Cristianismo
aos japoneses, já que a barreira de comunicação era enorme, visto o
japonês ser uma língua diferente de todas as que os missionários tinham
até aí encontrado.
Os japoneses não se revelaram pessoas facilmente convertíveis. Muitos eram já budistas. Francisco Xavier teve dificuldade em explicar-lhes um conceito de Deus segundo o qual Deus criara tudo o que existe. Aos seus olhos, Deus seria então responsável também pelo Mal e pelo pecado,
algo que era para eles uma acção incompreensível da parte de Deus. O
conceito de Inferno foi também difícil de explicar, pois os japoneses
não aguentavam a concepção de que os seus antepassados podiam estar num Inferno
eterno do qual era impossível libertá-los. Apesar das diferenças
religiosas, Francisco de Xavier terá sentido que os japoneses eram um
povo bom, como os povos europeus, e que por isso poderiam ser
convertidos.
Xavier foi bem acolhido pelos monges da escola de Shingon,
por ter usado a palavra “Dainichi” para descrever o Deus Cristão.
Depois de ter aprendido mais sobre as nuances da palavra, Francisco passou a usar a palavra “Deusu”, da palavra latina e portuguesa “Deus”.
Foi nesse momento que os monges se aperceberam que ele pregava uma
religião rival. No entanto, Francisco sempre respeitou o povo que o
acolheu, tendo aprendido japonês, deixado de comer carne e peixe, e
cumprimentava os senhores com vénias profundas, tendo chegado em algumas
circunstâncias a vestir-se com trajes japoneses, tudo para ser melhor
aceite.
Com a passagem do tempo, a missão de Francisco Xavier no Japão pôde
ser considerada muito frutuosa, tendo conseguido estabelecer
congregações em Hirado, Yamaguchi e Bungo.
Xavier continuou a trabalhar durante mais de dois anos no Japão, tendo
escrito um livro em japonês sobre a criação do mundo e a vida de Cristo,
até a chegada dos jesuítas que o vieram suceder, cujo estabelecimento
supervisionou.
De novo na Índia
É aí que decide regressar à Índia. Nessa viagem, uma tempestade
força-o a parar numa ilha perto de Cantão, na China, onde já estivera.
Encontra assim o rico mercador Diogo Pereira, um velho amigo de Cochim, que lhe mostra uma carta proveniente de portugueses mantidos prisioneiros em Cantão, pedindo um embaixador português que intercedesse a seu favor junto do Imperador.
Mais tarde durante a viagem, pára de novo em Malaca a 27 de Dezembro de 1551 e estava de volta a Goa em Janeiro de 1552.
É a 17 de Abril que parte com Diogo Pereira a bordo da nau Santa Cruz,
a caminho da China. Apresenta-se como representante da cristandade e
Pereira como embaixador do Rei de Portugal. É pouco depois que se
apercebe que se esquecera das suas certidões que o confirmavam como
representante da Igreja Católica na Ásia. De novo em Malaca, é confrontado pelo Capitão Álvaro de Ataíde de Gama
que tinha agora controlo total do porto e se recusa a reconhecê-lo como
representante da Igreja Católica e que exige a Pereira que resigne ao
seu título de embaixador. O Capitão nomeia então uma nova tripulação
para a nau e ordena que os presentes para o Imperador sejam deixados em
Malaca.
De volta a Goa, Xavier não baixou os braços, ocupando-se em enviar
para várias regiões da Índia os muitos grupos de novos jesuítas
recém-chegados à Índia, com o objectivo de fundarem missões. Ocupou-se
também com a direcção do Colégio de São Paulo em Goa, que formava
catequistas e padres asiáticos, promovendo ainda a tradução de livros
religiosos para as línguas locais.
Apesar da intensa actividade, Francisco Xavier acalentava o sonho de ir missionar na China,
onde era proibida a entrada de estrangeiros. Parte a 14 de Abril de
1552, convencido de que conseguiria infiltrar-se secretamente e cativar
chineses para o cristianismo. Desembarcou na ilha de Sanchoão e, quando se encontrava em negociações com um mercador chinês que prometera levá-lo consigo, foi atacado por febres violentas.
Morte
São Francisco Xavier morre a 3 de Dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio de Loyola, um dia, lhe tinha oferecido.
Foi primeiramente sepultado em Sanchoão, mas, em Fevereiro de 1553, os seus restos mortais, encontrados ininterruptos, foram transportados da ilha e, temporariamente, sepultados na Igreja de São Paulo em Malaca.
Uma campa aberta na igreja mostra ainda hoje o lugar onde São Francisco
Xavier esteve sepultado. Depois de 15 de Abril de 1553, Diogo Pereira
vem de Goa, remove o corpo de Xavier e, a 11 de Dezembro desse ano, o
corpo de Xavier é levado para Goa. O seu corpo está hoje na Basílica do Bom Jesus de Goa, onde o seu corpo foi colocado numa caixa de vidro e prata, a 2 de Dezembro de 1637, e se tornou lugar de peregrinação.
Um osso do úmero direito de Xavier foi levado para Macau, onde é mantido num relicário de prata. Esta relíquia destinava-se ao Japão, mas a perseguição religiosa na região levou a que fosse mantida na Igreja da Madre de Deus em Macau, cujas ruínas são actualmente conhecidas como Ruínas de São Paulo. Hoje em dia, é na Igreja de São José, em Macau, que está depositada essa relíquia sagrada de São Francisco Xavier.
Muitas igrejas foram desde então erguidas em honra de Xavier, muitas delas fundadas por jesuítas. Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil. São Francisco Xavier figura no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
Beatificação e Canonização
Francisco Xavier é um santo católico. Foi beatificado pelo Papa Paulo V a 25 de Outubro de 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV,
a 12 de Março de 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola. É o santo
patrono dos missionários. O seu dia festivo é 3 de Dezembro.
Sem comentários:
Enviar um comentário