Manhã de grande animação em Viana do Castelo. Com a marca 100% Alto
Minho, as associações empresariais da Região, diversas confrarias,
muitos bombos, gaitas-de-foles e o envolvimento da população. Convidados
de honra, SS.AA.RR. o Senhor D. Duarte e a Senhora Dona Isabel de
Bragança.
Depois houve almoço a reunir umas centenas de pessoas, incluindo o Bispo
e o Presidente da Câmara de Viana. Os fundos obtidos reverteram para
entidades de apoio social a jovens.
A organização esteve também a cargo das Reais Associações deste distrito e do de Braga.
No exagero de um tempo e o espaço imenso onde se perdem a memória e a
consciência, e sobreviver é quase tudo, compreende-se a incredulidade. O
modo fácil como os factos podem ser reduzidos ao meramente ocasional,
quando não a uma engenhosa encenação. É por isso, realmente, que a
paisagem portuguesa - como dizem os lisboetas - se torna de tão dificil
compreensão na Capital. Vale dizer, Portugal não é, todo ele, sindicatos
e bairros problemáticos.
As manhãs nacionais vivem de outro ar. Talvez do que lhes sai da alma e
chama gente. Credos políticos à parte, ainda muito com o aroma das
tradições pairando. De resto, a inteligência das gentes sabe muito bem
separar as águas: os que surgem para pedir e os que comparecem com o
pouco que possam ter - para oferecer.
Em Viana, ontem (8 de Junho), foi assim, claramente. Sinal inequívoco de que o Futuro faz parte da História.
João Afonso Machado
Fonte: Corta-Fitas
Dias de Portugal
Como já foi referido pelo meu amigo João Afonso Machado,
aconteceu no fim-de-semana passado no Alto Minho à revelia do país
mediático e da opinião publicada: foi por ocasião do 161º aniversário da
Associação Empresarial de Viana do Castelo, que com o apoio das Reais
Associações do Alto Minho Real e de Braga, a Casa Real Portuguesa na
pessoa de SS AA RR os Duques de Bragança apadrinhou uma série de eventos
que animaram as populações de Ponte de Lima, Viana do Castelo e Arcos
de Valdevez, numa mostra do que de melhor e genuíno se produz nesta
nobre e tão bela região de Portugal. Com o céu cinzento e entre
chuviscos e tímidas abertas, foram as forças vivas locais e as gentes da
terra que imprimiram radiante cor e na alegria do seu profundo sentido
de pertença. A manhã de Sábado foi vivo exemplo disso numa cidade de
Viana cujo comércio se engalanou para receber D. Isabel e D. Duarte de
Bragança que não se pouparam ao contacto com os lojistas que faziam
questão de os felicitar dentro de portas. Depois da recepção no Museu do
Traje pelo presidente da câmara da cidade, particularmente emotivo foi a
passeata dos Duques de Bragança pelas ruas da cidade num banho de
afectuosa multidão e o almoço em Santa Maria de Portuzelo de
beneficência em favor da Casa dos Rapazes, Instituição Particular de
Solidariedade Social que desde 1952 se dedica à protecção da infância,
que juntou mais de duas centenas de beneméritos naquilo que também foi
uma mostra de produtos e artesanato do Alto Minho.
Sem assobios,
protestos ou “grandoladas” esta visita da família real portuguesa ao
Alto Minho, relembra-nos que há um Portugal de têmpera que
esforçadamente trabalha e se reinventa indiferente às fantasias
fracturantes de Lisboa. Um Portugal com os pés na Terra e de alma
imensa.
João Távora
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