O novo Patriarca de Lisboa deu a primeira missa após a tomada de posse no Mosteiro dos Jerónimos e pediu para o país olhar para exemplo das populações do Norte de Portugal.
O Patriarca de Lisboa afirmou na homilia da missa que o nosso mundo
precisa urgentemente de comunidades de acolhimento e missão. D. Manuel
Clemente lembrou esse conselho de acolhimento em que o Papa Francisco
tem insistido.
"Importante é e será que nas nossas comunidades todos possam
encontrar sempre um sim à pessoa que são, mesmo quando não devamos
conceder o que imediatamente nos peçam. Ainda aí imitaremos Cristo, que
tanto evidenciava a misericórdia divina como não escondia a exigência
evangélica, quer acolhendo quem vinha quer propondo sempre mais e melhor
mesmo que difícil", disse.
O Patriarca Clemente recordou a
Doutrina Social da Igreja sobre temas fracturantes como a vida humana, o
casamento entre homem e mulher, a valorização do trabalho e a laicidade
positiva na relação entre Igreja e Estado. Também não esqueceu as
consequências sociais do Evangelho no que se refere à ligação entre
caridade e justiça entre ricos e pobres.
No horizonte do novo
Patriarca está sempre a concórdia: "Diante da complexidade dos problemas
as respostas nem sempre são fáceis, exigindo abertura, esclarecimento,
estudo e os que não concordam hoje connosco poderão fazê-lo mais à
frente, em caminhos necessariamente comuns. Como o próprio nome indica,
concórdia começa nos corações quando ninguém desiste de ninguém seja em
que campo for".
A missa que assinalou a entrada solene de D.
Manuel Clemente no Patriarcado de Lisboa decorreu este domingo perante
um Mosteiro dos Jerónimos cheio, com fiéis no exterior que seguiram a
cerimónia através de um ecrã gigante.
Entre os muitos convidados estiveram Suas Altezas Reais, Os Senhores Duques de Bragança, D. Duarte e D. Isabel de Bragança.
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