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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

PERDER O LATIM

Nos últimos dias ribombou mais uma tempestade de verão, desta vez tendo a tormenta origem nas infaustas mortes de bombeiros e de um conhecido economista. De cabeça a escaldar pelas insolações balneares, chovem os insultos recheados de ameaças pouco veladas. Na senda do caminho capinado por Mário Soares, apela-se abertamente à violência e nada melhor existe para a consecução da mesma, senão a subida de patamar da intensidade dos apodos. Claro que o desfecho é imprevisível, mas tal como bastas vezes se escreveu neste blog, Portugal deveria ter em atenção factos pretéritos que nos conduziram a situações dramáticas.

A verdade é que no nosso país as instituições não funcionam ou quando o fazem, actuam de forma tímida ou envergonhada do próprio desempenho. Na Monarquia vizinha, apesar de todo o tipo de campanhas de bem identificados sectores da partidocracia e da finança, os representantes do Estado não hesitam em colocar-se na primeira linha do dever e sem temor falam à população, compartilham as preocupações e nos casos mais dramáticos, a dor de quem foi atingido pelo infortúnio. A Monarquia existe, é tudo.

Os insultos dirigidos a Cavaco Silva são ilegítimos e indecentes, até porque consta que o homem agiu de maneira a não dar brado. Uma vez mais, clamorosamente errou, não pode actuar desta forma. Na posição em que se encontra, o Chefe do Estado obrigatoriamente teria de participar no drama daqueles que viram os seus familiares desaparecerem por precisamente terem cumprido o dever. Cavaco Silva também tem os seus deveres a cumprir e entre estes está a solidariedade e o público reconhecimento do heroísmo. Titular de uma dispendiosíssima instituição do regime, deveria ter presidido às cerimónias evocativas dos falecidos bombeiros, até porque estas corporações de voluntários são a prova da abnegação de uma boa parte da sociedade civil, sempre ostensivamente ignorada por quem não pode nem tem autoridade moral para o fazer. Mais ainda, nesta época de incêndios, Cavaco Silva devia colocar-se no terreno, chamando a atenção para a necessidade da adopção de novas práticas que evitem os cataclísmicos fogos provocados pelo criminoso desleixo, falta de civismo, abandono territorial e péssima política de ordenamento. Embora Soares ou Sampaio jamais se tenham dado a tais fretes, o actual residente de Belém facilmente poderia marcar uma radical viragem.

Em todas Monarquias europeias, faça sol ou faça chuva, sabemos onde infalivelmente estarão os representares da Coroa. Por cá, sempre avessos a novidades ou a "insuportáveis maçadas", os ansiosos belenenses nunca estão dispostos a aprenderem alguma coisa. 

Por mais loquazes artifícios que encontrem, esta instituição está caduca. Não serve, nunca serviu. 

* Graciosamente sugerimos aos assessores de Belém, a regular visita a este blog: nele existe profícua matéria acerca de como quotidiana e incansavelmente age o verdadeiro Chefe do Estado. 

publicado por Nuno Castelo-Branco, em Estado Sentido

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