De
tempos a tempos, fruto da divulgação que temos feito dos nossos
trabalhos, em redes sociais, lá surgem republicanos, uns mais
esclarecidos do que outros, a responderem e fomentarem, por vezes,
debates que têm tanto de interessantes, quanto de aborrecidos.
Passo a explicar:
- Interessantes, quando demonstram clareza nos seus argumentos e entendem que o lado monárquico não está aqui para restaurar o passado.
- Aborrecidos, quando
procuram para salvar a honra republicana ferida actualmente, querem a
todo o custo justificar a legitimidade republicana, recorrendo aos
períodos menos felizes do passado monárquico português.
Os argumentos interessantes, aliás como
também os argumentos aborrecidos, são quase sempre os mesmos; o que por
vezes, é de questionar se a imaginação republicana é assim tão fértil…
Vejamos os argumentos interessantes (se é que se pode chamar a isto de interessante…):
a República é um regime onde existe maior igualdade entre todos os
cidadãos, onde todos podem ambicionar chegar ao topo da carreira
política, onde todos são considerados cidadãos e não súbditos.
Vejamos os argumentos aborrecidos:
alguns consideram-se republicanos, mas não se importavam de ser Reis,
outros vêem com a retórica do passado, falam de assuntos relacionados
com a Idade Média, a Inquisição, falam da sucessão dinástica, etc; nunca
entendendo que cada época tem suas mentalidades, usos e costumes e
demonstrando enorme confusão de raciocínio, confundindo inúmeras e
intermináveis vezes, formas de governo democráticas com políticas
públicas e ideologias.
Respondendo aos argumentos interessantes:
Quer sejamos monárquicos, quer sejamos republicanos, há algo que
estamos de acordo, quando ambos defendemos a Democracia: A Igualdade de
Todos perante a Lei! É verdadeiramente aqui que se deve centrar a
Igualdade. Confundir Igualdade com recursos, nomeadamente financeiros é
um erro, embora, naturalmente, deve ser do interesse de quem serve o bem
comum, procurar lutar contra a pobreza e proporcionar direitos tão
básicos como a Educação, a Saúde, a Justiça, etc. para todos!
Quanto à ambição de se querer chegar à
Presidência da República. Sejamos francos, isto não acontece para todos,
nem pode acontecer, quando os sistemas políticos são dominados por
máquinas tão poderosas ligadas aos partidos políticos. Um candidato a
Presidente, fora da partidocracia, mesmo que consiga fazer com que o seu
nome esteja no boletim de voto, poderá em muitos casos ser um
desconhecido da sociedade em geral. As hipóteses serão praticamente
nulas. Igualdade?
Quanto à questão da Monarquia fomentar a
desigualdade social, trata-se de uma questão semântica. Existe na Europa
um único país em que os Cidadãos, na sua vastissíma maioria têm orgulho
de se afirmar como “Súbditos de Sua Majestade”, e é no Reino Unido. Um
País muito próprio, com tradições muito próprias. Os Países da Europa
Continental, que são Monarquias Constitucionais e Democráticas, todos
são considerados e consideram-se Cidadãos livres e iguais em direitos.
Basta consultar as Constituições desses Países. Por vezes o problema das
pessoas é mesmo este; a falta de informação, a falta de leitura, ou
simplesmente o marimbismo!
Quanto aos argumentos aborrecidos, muitas
vezes acabam por surgir por falta de argumentos mais convincentes,
falta de informação, ou até alguma ignorância (lamento dizê-lo!). O mais
importante é que se os republicanos querem ser levados a sério, então
deixem o passado de lado, pois este nunca mais voltará, nem para nós
Monárquicos! Nós Monárquicos estamos tranquilos quanto aos altos e
baixos da História da Monarquia Portuguesa. Não queremos restaurar o que
já foi e que nunca mais voltará a ser, porque simplesmente morreu! Nós
queremos sim, com base em ideais de Democracia, Cidadania, Liberdade,
criar com a Sociedade Portuguesa – Todos os Portugueses – uma Nova
Monarquia, ligada pela Família Real às nossas raízes, mas procurando com
base na experiência adquirida no passado (nos bons e maus momentos),
dar um novo rumo aos Portugueses, com base na Esperança!
Deixemo-nos de demagogias. Deixemo-nos de baixezas. Sejamos francos uns com os outros: estamos contentes com a República?
Se a resposta for sim, isso significará
que efectivamente, os Portugueses aceitam de bom grado ser enganados,
mal governados, indo num caminho sem luz, na incerteza de um futuro que
querem melhor, mas que não sabem como.
Se a resposta for não, isso significará
que obviamente, os Portugueses querem uma luz ao fundo do túnel, querem
ter um rumo, como Nação com quase 900 anos de História e precisamente
com todo este passado que fomentou experiência, construir um Portugal
renovado.
A opção Monarquia ou República acaba por ser simples e lógica. Eu já fiz a minha escolha. Sou realista, exijo um Rei!
David Garcia em Plataforma de Cidadania Monárquica
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