Vencidos da Vida se intitularam, entre outros, Eça de Queirós e
Ramalho Ortigão, sendo nas « Farpas » onde mais verrinosamente acusam a
sociedade de então, e, mais do que tudo, a política então feita. É esse
sentimento de exasperação que os leva, mesmo, a, declarando-se não
republicanos, afirmarem-se, não obstante, " muito condicionalmente
monárquicos ", porque " entre monarquia constitucional parlamentar e
república parlamentar constitucional não há diferença a não ser entre o
princípio da eleição [ do Chefe do Estado ] e o da hereditariedade ".
Manifestamente pouco. O monárquico tem o dever de querer mais!
Razão porque, implantada já a República, Ramalho diria que as " esfregas " aplicadas aos políticos da monarquia liberal podiam, do mesmíssimo modo, ser dirigidas aos políticos da República.
Publicado por Cristina Ribeiro em Estado Sentido
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