O grande e incontornável problema das esquerdas e direitas de hoje: há
cifras, há contas, mas não há ideias. O drama de Portugal resume-se a
isso: não há uma ideia, um partido de ideias, um sonho para o futuro.
Está o país derrancado na contemplação do vazio. Há quem pretenda
preencher o vazio com ruído, protestos, indignações. Contudo, falta a
ideia que provoque o repicar dos sinos do coração, que ajunte e exprima
colectivamente a vontade desta gente em não desaparecer do palco da
história. Falta a unidade que não se discute, falta o Nós que restitua a
coragem, a segurança e a vontade de viver. Falta, em suma, um Rei a
Portugal.
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