Serões de Bonjóia - "Importância da Herança Cultural Portuguesa no Mundo", com S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança, com a casa literalmente a abarrotar!
Sobre
o tema "A Importância da Herança Cultural Portuguesa no Mundo" o "Serão
da Bonjóia" aguardava S.A.R,, Dom Duarte. Antes das 21h00 do dia 5 de
Dezembro, a sala/auditório da Casa de Bonjóia, tinha os 150 lugares
todos ocupados. Foi necessário ocupar uma ala lateral da sala para
colocar mais três dezenas cadeiras que não chegaram para todos os
interessados. Pela hora marcada chegou o Presidente da Câmara do Porto
que horas antes havia oferecido um jantar a SAR na Casa do Roseiral
(reservada para cerimónias oficiais da Câmara Municipal do Porto)
acolhendo, com dignidade, a presença de Dom Duarte na cidade. Logo após,
já na presença do conferencista, o eloquente, Professor Mota Cardoso,
da administração da Fundação Porto Social, fazia as apresentações. A
hora seguinte foi marcada por uma palestra fluente onde a história de
Portugal foi relembrada e sobreposta a outras estórias, vivências,
culturas, numa viagem pela Lusofonia, pela nossa Diplomacia dos últimos
500 anos entre Américas, África e Ásia, pela relação afectiva do nosso
país com outros povos, sem nunca esquecer a situação actual em que
vivemos. Muito bem disposto e à vontade, Dom Duarte teceu também
comentários sobre o regime, a monarquia e aquilo que diz ser "a má
preparação das pessoas que nos têm governado", num tom mais acutilante
do que aquele em que costuma surgir. Mais de uma hora depois e após
algumas perguntas, com reincidentes e animadas gargalhadas da plateia, o
Serão terminava com a particular referência de ter sido o mais
concorrido dos últimos, quase, 14 anos! O Porto está de parabéns.
Crónica:
Numa
época em que os portugueses são maltratados com o vómito dos programas
televisivos, telejornais facciosos e onde os jornais resvalam para o
sensacionalismo ideológico da política-vs-crime-vs-coscuvelhice, a mais
concorrida tertúlia dos "Serões da Bonjóia", no Porto – que detém o record, invejável,
de mais de 13 anos de tertúlias culturais, semana após semana (todas as
quintas feiras!) – não teve a honra da visita de nenhum jornalista,
rádio, tv-disco ou estação de televisão! Durante a palestra, ouvi Dom
Duarte falar como (por culpa minha, seguramente) nunca o tinha ouvido.
Porque razão a imprensa, de uma forma lata, faz uma mediação censurativa
e omissa dos temas que exaltam do monarquismo? Bem, é indiferente.
Ontem, enquanto escutava S.A.R., Dom Duarte, e pela sua voz senti entoar
Portugal, eu não me senti viver neste regime que amordaça, coage, que divide, que inibe, onde a parte é tomada pelo todo, eu senti-me Livre.
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