O Dr. Rui Pereira, sobre quem já me pronunciei num outro Blog a
13 de Outubro de 2012, personalidade ideologicamente primária e maçon
declarado, a propósito dos ajustes directos realizados por João Alberto
Correia, ex-director geral de Infra-estruturas e Equipamentos do
Ministério da Administração Interna (MAI), escreveu na edição em papel
do Correio da Manhã de ontem, o seguinte: "A instituição (a Maçonaria) merece
ser evocada a propósito de causas nobres: o liberalismo, a república, a
democracia; a abolição da escravatura, da pena de morte e da tortura; o
ensino público e o serviço nacional de saúde".
Como canta Jorge Palma: Deixa-me rir,
Essa história não é tua...Deixa-me rir, Tu nunca lambeste uma
lágrima...Pois é, pois é, Há quem viva escondido a vida inteira, Domingo
sabe de cor, o que vai dizer Segunda feira...Deixa-me rir, Tu nunca
auscultaste esse engenho, De que falas com tanto apreço, Esse curioso
alambique, Onde são destilados, Noite e dia o choro e o riso...Pois é,
pois é, Há quem viva escondido a vida inteira...
No seu artigo de opinião, qual paladino
dos tempos modernos da Maçonaria, refere que como responsável pela
primeira nomeação de João Alberto Correia, apenas atendeu ao Curriculum
do filho do antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), João
Rosado Correia, ex-ministro de um governo liderado por Mário Soares, e
não ao facto de ser também maçon e membro da Loja 25 de Abril, integrada
no GOL.
De novo Jorge Palma: Deixa-me rir…
Refira-se que João Correia é doutorado
em Arquitectura pela Universidade de Salford, no Reino Unido, e foi
docente na extinta Universidade Independente, integrando também o corpo
docente da Escola Superior Gallaecia, de Vila Nova de Cerveira, onde
vários familiares também leccionam, e que pertence à Fundação Convento
da Orada, fundada em 1988 pelo seu pai, com sede em Monsaraz, à qual
também já presidiu.
É urgente mudar o estado a que chegou o
nosso país, cujos órgãos de decisão (governo, Assembleia da República,
serviços de informação, etc.) estão repletos membros de obediência a
rituais “aventaleiros”.
Assim, entendemos que os deputados,
membros do governo, magistrados, agentes dos serviços de informação,
etc., devem declarar as suas ligações maçónicas, permitindo uma maior
transparência na democracia portuguesa e contrariamente ao que pensa o
Dr. Rui Pereira, não há qualquer inconstitucionalidade nisso.
De acordo com o Jornal Público,
João Alberto Correia Integrou o conselho editorial da Revista de
Segurança e Defesa, juntamente com um restrito grupo de influentes
maçons, como Ângelo Correia, António Vitorino, etc.
Noticia o jornal i, que
João Alberto Correia, se encontra detido desde a semana passada e que
terá alegado no interrogatório a que foi sujeito no Tribunal Central de
Instrução Criminal, que os ajustes directos foram feitos com aval
superior e que, nalguns casos terá mesmo "desenrascado" respostas a
ordens superiores que tinham carácter de urgência.
É muito importante descobrir a verdadeira dimensão da teia!
A propósito Dr. Rui Pereira, carece de
fontes fidedignas a afirmação de que a maçonaria esteve na origem da
abolição da pena de morte e da tortura em Portugal, mas de facto esteve
na génese da implantação da república em Portugal, ordenando o
assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe D. Luís Filipe, baptismo de
sangue desse regime.
Sobre a Maçonaria, o histórico do PS Henrique Neto acusou-a de
corromper o PS e a democracia com alianças secretas e planos de poder
que atropelam os interesses do país, acrescentado que: ”Técnicas
maçónicas, usadas por maçónicos. A maçonaria tem uma grande importância
no PS. A maçonaria tem essa diferença em relação ao país – a maçonaria
tem e sempre teve uma estratégia, uma estratégia de poder. Não o poder
como instituição, mas o poder para os membros da maçonaria. Hoje o poder
é poder económico. E como o secretismo é uma vantagem, é fácil aos
maçons controlarem deliberações, grupos de decisão. Tenho experiência de
quando estava no parlamento. Numa comissão de inquérito, se quatro ou
cinco das 20 pessoas são da maçonaria, os outros votam de acordo com a
sua visão e eles decidem todos juntos a nomeação de alguém, numa
instituição, num concurso público, e a maçonaria tem vantagem”.
Perante isto, está tudo dito!
publicado por José Aníbal Marinho Gomes, em Risco Contínuo
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