O Rei de Portugal, se Portugal fosse uma Monarquia
“a democracia do século XXI exige que se convoque
um referendo vinculando todo o povo a decidir se quer monarquia ou
república”, Willy Meyer
A frase longe de ser um apoio à Monarquia, o que seria
se fosse proferida em Portugal (que transitou para a Monarquia atrás de
um partido residual que só acumulava 7% dos votos), é uma contestação à
transição do Trono em Espanha. O facto é expectável quando parte de um
partido que luta por um eleitorado, é a natureza dos partidos, mesmo
quando a Coroa é uma Instituição que já durou mais que qualquer das
anteriores alternativas e sem o custo em vidas humanas. Em
Espanha o obstáculo que a Coroa forma entre a demagogia e a Democracia é
palpável e deixa a pergunta se em Portugal a realidade fosse outra se
também hoje seriamos um País diferente, no mínimo melhor.
Quem tem medo da Monarquia?
Após o anúncio de hoje (2 de Junho de 2014- sobre a abdicação do Rei Juan Carlos)
a Esquerda Unida, formada por partidos de esquerda e com tendência
republicana, está a tweetar há horas “#QueElPuebloHable: Referéndum y
#ProcessoConstituyente para construir un nuevo proyecto de país”,
tomando parte na liderança das manifestações convocadas para toda a
Espanha que exigem um referendo.
O partido, na pessoa do seu cabeça de lista às eleições
europeias, Willy Meyer, faz parte do grupo de cidadãos e partidos que
está a agendar para as 20h00 desta segunda-feira manifestações que pedem
um referendo no qual os cidadãos possam escolher fazer a transição de
monarquia parlamentar a república …fica a questão se é uma República
parlamentar ou apenas República, ponto final.
Em Portugal seria impensável que um Partido
apresentasse esta proposta, para todos os efeitos o preconceito político
europeu é a de que a Monarquia é inimiga da Razão e não faz parte do
futuro, mesmo quando a realidade é exactamente o oposto. A mentira
favorece o satus quo político e dá margem para a proliferação da
Demagogia, a curto prazo dá lucro, a longo prazo penhora as gerações
futuras
Willy Meyer, tweetou que “se Filipe quer ser chefe de
Estado e quer ter a confiança do povo, que lhes pergunte”. Em Portugal o
chefe de Estado foi eleito por menos de 25%.
Fica a pergunta. Quem tem medo da Monarquia?
O Manto do rei
MONARQUIA OU REPÚBLICA?
"A figura do Presidente da República não consegue a mesma unidade que um rei.
Em Espanha há uma divisão política
grande e penso que, de outra forma,
não seria possível manter a unidade do país".
Belén Rodrigo, jornalista
Pilar del Rio diz que não faz sentido falar nesse tipo de
referendos. "Fazia mais sentido saber se as políticas da troika se
deviam aplicar porque estão a destruir o estado social. A república é um
regime mais moderno mas não é perfeito", contrapõe. Pilar defende ainda
que, com a renúncia de Juan Carlos, "a monarquia arcaica mostrou ser
capaz de renovar-se antes dos partidos políticos que têm apenas 38 anos
de vida".
Para a jornalista e tradutora e companheira do Nobel da
Literatura, José Saramago: "Filipe é sensível, educado, uma pessoa do
nosso tempo. Não impõe o que está na sua cabeça. Tem um projecto e está a
trabalhar nele. Faço votos que a sua primeira viagem seja à Catalunha e
para falar de federalismo. Federalismo e pluralismo. Porque Espanha é
um estado plural, livre, com referendos."
.../...
A esta pergunta colocada pelo Jornal Expresso respondeu Belén
Rodrigo, jornalista e correspondente do jornal espanhol ABC em Portugal e
a viver há 13 anos em Lisboa, dizendo que, foi na república portuguesa que
mais se apercebeu das vantagens da monarquia espanhola, concluindo que:
"A figura do Presidente da República não consegue a mesma unidade que
um rei. Em Espanha há uma divisão política grande e penso que, de outra
forma, não seria possível manter a unidade do país".
.../...
Quique Flores, antigo
treinador do Benfica e fiel apoiante da monarquia, defende que Juan
Carlos soube sair na hora certa e realça o legado do rei. "Tal como a
maioria dos espanhóis, acredito, tenho muito a agradecer a Juan Carlos,
que soube fazer uma maravilhosa mudança do regime ditatorial de Franco
para a democracia", diz o antigo treinador do Benfica, nada surpreso com
a abdicação "voluntária".
publicado por João Távora em Real Associação de Lisboa
Vamos assistir (aliás, já estamos), na comunicação social, a um a forte campanha a favor de um referendo à monarquia em Espanha. Não seria também o momento de colocar, em Portugal, a questão de um referendo à República?
publicado por por Vasco Mina, em Corta-fitas
Para não ser uma pergunta "inocente" , que tal inundar Belém o proximo 10 de Junho de bandeiras Monárquicas, como demonstração pública que há gente e há vontade?
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