
O Rei é educado para essa função e a função Real é um Ofício que deve
desempenhar com sentido de Missão, uma vez que o Monarca assume-se como
um funcionário da Nação e do Povo acautelando por cumprir qualquer das
obrigações inerentes ao seu cargo, que encara como serviço. O Rei tem de
reinar rectamente! Não há político, algum, que tenha entranhado,
arreigado, esse espírito de missão como um Rei.
Tempos do comum não são os tempos de Reis, Reinar não é das 9 às 5, é
um ofício permanente, 24 sobre 24 horas, 7 dias por semana, o mês
inteiro, todos os meses do ano, a vida inteira… e mesmo para além dela,
pelo legado!
Calcorreia cada palmo do Seu Reino, ouvindo todos os que dele fazem
parte – sem excepções! De tudo se inteira, tudo tem de saber, sobre tudo
tem opinião! Não há homem mais bem preparado que um Rei!
Também, numa Nação não há mais gentil-homem que um Rei; por isso
aqueles que procuravam lugar viram nisso, oportunidade! Enganou-se o
Povo e uns quantos reclamando a república, implantaram um regime sem
opção.
O Rei de Portugal estava sentado num trono não físico, mas num
Princípio – de oito séculos -, enquanto que, um político é apenas um
homem alçado no poder. Assim, a Monarquia tombou, e em vez de um Rei
continuar a servir o país, inventaram uma oligarquia que se servisse
dele!
Não há um Rei para Todos e de Todos, iguais, mas uns que são mais
iguais que outros, porque uns quantos invejosos, poucos, uma elite, pela
sedição, o impôs!
Não queriam que o Rei descesse do trono, eles queriam, era, estar sentados no trono!
Ora, como hoje (23/04) se celebra o ‘Dia Mundial do Livro’, decidimos
acrescentar o nosso artigo e publicar um texto de um erudito e convicto
Monárquico, o 2.º Conde de Alvellos, que entre muitas outras obras,
escreveu o afamado ‘O Berço Exilado’ – do qual foi extraído o trecho e
cujo livro recomendamos ler na íntegra -, que deve fazer parte da
biblioteca de qualquer realista! O teor do texto aporta ao nosso arengo:
o Ofício de Reinar não é simples!
Ser Rei Dói Muito!
«Dizem que o Infante D. Fernando (Esse que foi o pai do Afortunado
Rei D. Manuel), menino ainda, vendo certa vez, entrar no Paço a El-Rei
Seu Pai D. Duarte, muito abatido por cuidados, magoado de desgostos e
triste presciente de agouros, lhe perguntara:
“Senhor Pai, ser Rei dole muito?”
Sim. Deve doer muitíssimo!
Carlos V Imperador do Mundo por Rei de Espanha e dos seus imensos
domínios americanos, Imperador da Alemanha, Rei de todo o norte de
Itália, Rei da Flandres, Rei da Áustria e do qual diziam que o sol nunca
deixou de alumiar seus vassalos, – Carlos V, já viúvo da nossa linda
Dona Isabel de Portugal, voluntariamente abdicou, recolhendo-se ao
mosteiro de Cáceres, na Andaluzia Espanhola?
É que ser Rei, dói, Realmente, pela inveja dos pobres de espírito! …»
– 2.º Conde de Alvellos, in ‘O Berço Exilado’
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
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