El-Rei Dom Manuel II percorre as Ruas do Porto em 1908
O Rei carrega a lição do passado que não é uma velha lição, mas um
modelo, a virtude do exemplo, tão fundamental para o funcionamento de
todas as instituições do Estado e também para regularizar as relações na
Nação.
Este passado tem aos olhos de cada indivíduo que constituiu o Povo
uma mística que permitirá no girar da história aplicar as premissas do
bom e do correcto à realidade presente.
FACTOS RONPEN LEYS in “Velhos Forais de Aragão”
Ser Rei, é ser Pai duma Nação!
– Ter o Poder de Deus; que dá ao Rei,
alçada de Juiz, foral e acção,
para quando falar o Coração,
Ele possa guiar a Cega Lei…
Um rei que ponha bem certas,
as contas que andem tortas;
e que sempre tenha abertas,
bolsa, orelhas e portas…
A bolsa, para dar a quem não tenha;
orelhas, para ouvir risos e pranto;
as portas, para entrar, filho que venha
acolher-se às dobras do Seu Manto!
Pai da Pobreza.
Mão de Justiça.
Nos olhos – largueza…
Eis a Realeza,
que a Pátria cobiça!
Seu, muito Seu, o Rei de Sua Nação, independente e livre de anómalas
dependências! É necessário, Alguém com a força miraculosa de um
princípio para chefiar a Nação, Esse só pode ser por propriedade do
direito natural um Rei, síntese perfeita da História da Nação! O Rei
está ao serviço da Nação e não reclama da dificuldade de ler o Povo,
pois, dispõe-se a tal. O Monarca indaga cada camada da população,
aprende na sua verdade, e através de uma atitude racional chega ao que
acredita será o reflexo da vontade do Povo. Essa é uma tarefa infinda e a
preparação começa com a educação do herdeiro presuntivo da Coroa, não é
uma realidade que se pode apreender de um momento para o outro. Para
conhecer o Povo é necessária presença, dirigir-se à própria matéria,
face a face, acompanhá-la, permitir a espontaneidade, sair da
confortável área da preguiça espiritual, para conhecer a «substância», e
ouvindo as pretensões mais exageradas e os anelos mais essenciais,
filtrar, chocar esses anseios e formar em consciência o que será o corpo
do bem comum.
Como escreveu o colossal Eça de Queiroz no panegírico A Rainha:
«No tempo dos nossos velhos Reis, ao contrário, todos os educadores de príncipes lhes ensinavam o alto dever real de comunicar docemente com o povo.»Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
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