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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 27 de junho de 2017

TRIBUNAL DIOCESANO DE AVEIRO AVANÇA COM CANONIZAÇÃO DE SANTA JOANA

Foto: Diocese de Aveiro
Foto: Diocese de Aveiro

Monsenhor João Gaspar assume o cargo de postulador desta causa

Aveiro, 26 Junho 2017 (Ecclesia) – O Tribunal Diocesano que o bispo de Aveiro nomeou para o processo de canonização da Beata Joana, princesa, tomou posse este domingo, uma causa que tem como postulador monsenhor João Gaspar. 


Em entrevista à Agência ECCLESIA, o bispo de Aveiro destacou a concretização de um objectivo muito querido para as comunidades locais, para o qual começou a trabalhar assim que chegou à diocese, há cerca de três anos. 

“Quando cheguei, várias pessoas vieram ter comigo para dizer que era preciso retomar o processo e terminá-lo em ordem à canonização. Para isso temos que fazer aquilo que nos compete”, realçou D. António Moiteiro. 

A princesa Joana (1452-1490), filha do Rei D. Afonso V e da Rainha D. Isabel, deixou Lisboa e a Corte aos 23 anos para se dedicar a uma vida religiosa de clausura no Mosteiro de Jesus das dominicanas, em Aveiro, onde esteve até à sua morte. 

Tendo em conta a devoção que inspirou no povo, foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII, e tem actualmente festa litúrgica no dia 12 de maio, sendo também a padroeira da Diocese de Aveiro. 

Ao tribunal agora constituído, que integra seis elementos - quatro padres, um diácono e uma leiga - caberá a recolha de testemunhos e documentos que atestem “as virtudes heróicas” da Beata Joana, Princesa, ou seja, que comprovem que esta figura, pela sua vida, pelas suas acções, pode ser apresentada como exemplo e modelo de vida para as pessoas. 

“Este é que é o grande motivo, proporcionar à diocese uma corrente de santidade com este modelo, para que todos possam caminhar imitando Santa Joana”, apontou D. António Moiteiro. 

Para postulador da causa de canonização foi nomeado o monsenhor João Gaspar, até agora vigário-geral da diocese e estudioso da vida daquela que é conhecida popularmente como ‘Santa Joana’. 

O responsável recordou que, na prática, este será o retomar de um processo que tinha sido “suspenso à volta do ano 1750, por causas políticas”. 

“As primeiras alíneas estão todas prontas, estão no Arquivo do Vaticano em Roma; falta agora a prova da fama de virtudes ao longo dos séculos”, disse o monsenhor João Gaspar, recordando “uma figura que ao longo da história sempre foi muito considerada em Aveiro, como sua protectora”. 

“De Aveiro e não só, há publicações e imagens, gravuras, pinturas, até estátuas de Santa Joana na China, no Brasil, em Itália, na Sicília e em Roma, e em Portugal desde Viana até Elvas”, salientou o responsável. 

O padre Manuel Rocha, actual vigário judicial da diocese, assume o cargo de delegado episcopal do novo tribunal, tendo como adjunto o padre Pinho Ferreira. 

Para promotor de Justiça foi escolhido o padre Fausto Araújo de Oliveira, que é também pároco da Glória, onde está o túmulo da Beata Joana, princesa; o promotor de Justiça adjunto é o diácono Manuel Araújo da Silva. 

“Se virmos a história da vida da Beata Joana, quer na corte quer depois aqui em Aveiro, vemos que toda a vida dela foi vida de santa, desde os sacrifícios que ela própria a si mesma aplicava, mas também pela sua maneira de ser, a devoção a Jesus Cristo, a sua caridade, bondade, preocupação pelos outros, a sua vida espiritual que foi extraordinária”, frisou este responsável. 

Estes quatro elementos serão coadjuvados por dois notários, o padre Pedro Barros, oriundo da Paróquia de Santa Joana, e a leiga Ledy Sousa de Pinho Vitorino, que é também actualmente notária do Tribunal Eclesiástico. 

O padre Manuel Rocha assumiu também, a partir de domingo, o lugar de vigário-geral da Diocese de Aveiro. 

JCP



"É preciso trazer a Santa Joana para os nossos tempos" - Provedor da Irmandade de Santa Joana
23 Junho 2017, 23:57



Quase 325 anos depois da beatificação, foi retomada a canonização da princesa Joana, padroeira da cidade de Aveiro.

O dia da Igreja Diocesana, a assinalar este domingo no Santuário de Schoenstatt, em Ílhavo, ficará marcado pela  tomada de posse do tribunal a quem caberá instruir o inédito processo.

Os próximos passos para chegar à proclamação oficial passam por recolher testemunhas e documentos sobre a vida, virtudes e continuação da fama de santidade de Joana, a quem são atribuídos milagres em registos históricos que virão necessariamente à actualidade.

Prevê-se um processo complexo e necessariamente longo, com a virtude de aprofundar e divulgar o legado espiritual e histórico da infanta que veio viver em clausura no antigo Convento de Jesus. "É uma consequência lógica da beatificação. Nós alegramo-nos por finalmente ser reaberto o processo. Vários bispos tiveram a iniciativa em séculos passados, mas por razões diplomáticas, políticas ou de desinteresse, só agora será instruído", refere Nuno Gonçalo da Paula, provedor da Irmandade de Santa Joana. 

"É preciso trazer a Santa Joana para os nossos tempos, normalizar e humanizar a sua figura. Podemos beneficiar desse caminho da canonização para a própria santificação da Diocese, em primeiro lugar, e do povo de Deus na sua generalidade; será esse o contributo da Igreja de Aveiro para a Igreja universal", acrescenta o estudioso da padroeira.

"Uma mulher que humanamente poderia ter tudo e ser tudo, mas renunciou à riqueza material e benesses políticas ao perceber o que era essencial para viver Jesus Cristo", lembra Nuno Gonçalo da Paula, relevando características como "a virtude, a inteligência e coragem como mulher de defender a sua independência e firme vontade". 

"São exemplos muito marcantes para uma sociedade actual tão abúlica, hoje é impossível ser santo. Ela é Santa não há dúvida nenhuma, agora vamos tentar formalizar a canonização para bem do culto que se lhe presta, mas sobretudo para benefício nosso através das virtudes dela como mulher e cristã", conclui o provedor da Irmandade.


Em 2015, a Diocese de Aveiro promoveu a reabertura do processo de canonização da beata, que o povo de Aveiro trata por ‘santa’, assinalando os 50 anos da data em que Paulo VI constituiu Joana padroeira  (5 de Janeiro de 1965).

Filha de El-Rei D. Afonso V e da Rainha D. Isabel, deixou Lisboa e a Corte em 1472 com o fim de se dedicar à vida claustral; a beata foi religiosa de clausura no Mosteiro de Jesus das dominicanas.

A 4 de Agosto de 1472, aos 20 anos, a princesa Joana faz a sua entrada solene e em segredo, vai tomar o habito de religiosa, renegando à corte. 

Joana veio a falecer 12 de maio de 1490, aos 38 anos. O exemplo de austeridade e fervor religioso leva o povo de Aveiro a chamar-lhe santa e protectora da cidade.




Padroeira de Aveiro mais próxima da canonização

26 Junho, 2017 - 18:45 • Júlio Almeida
A Igreja de Aveiro quer dar a conhecer melhor quem foi Joana de Portugal, que já todos consideram Santa. Membros do tribunal especial criado na diocese tomaram posse este Domingo.
Santa Joana Princesa: É já desta forma que todos se referem a ela, mas o processo de canonização só foi reaberto em 2015, 50 anos depois de ter sido declarada padroeira da diocese de Aveiro pelo Papa Paulo VI. Este domingo 25 de Junho, dia da igreja diocesana, tomaram posse os membros do tribunal que, por indicação do Vaticano, vai dar início à fase da canonização. Recolher testemunhos e documentos sobre a vida e virtudes serão os próximos passos para chegar à proclamação oficial da sua santidade, num processo que é inédito na Diocese de Aveiro, e que será longo e complexo.
A filha do rei D. Afonso V, que desafiou o pai e escolheu a vida de clausura, foi desde sempre alvo de grande devoção popular.
À beata Joana são atribuídos milagres em vários registos históricos, que agora virão à actualidade. “Houve várias tentativas ao longo do tempo que não avançaram por várias razões, mas agora será instruído", diz à Renascença Nuno Gonçalo da Paula, provedor da Irmandade de Santa Joana. Para este responsável o exemplo de vida e de fé desta mulher permanece actual, mas é preciso que seja mais divulgado. "É preciso trazê-la para os nossos tempos. Ser Santa não altera nada na comunhão dela com Deus, é uma nomenclatura humana, agora nós é que podemos beneficiar para a própria santificação do povo de Deus. É o contributo que a Igreja de Aveiro pode dar à Igreja universal. Ela foi uma mulher que poderia ter tudo, ser tudo o que quisesse, mas que renunciou a tudo. Percebeu o que era essencial para viver Jesus Cristo. Afirmou-se como um exemplo de coragem, de independência e vontade. Isto é marcante para sociedade de hoje, abúlica e sem vontade", sublinha o provedor, que tem estudado a fundo a vida de Joana Princesa.
"O convite à santidade tem de moldar toda a existência cristã: 'Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação', é um compromisso que diz respeito não apenas a alguns, mas os cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade", vincou o Bispo de Aveiro durante homília do dia da padroeira, a 12 de Maio.
D. António Moiteiro lembrou, ainda, que “o 'Memorial da Infanta', conservado no Convento, resume, no momento da sua morte, toda a vida de Santa Joana: ‘amando mais seguir a Cristo pobre e humilde, perseverou até ao seu santo falecimento, ajudando a ele muito misericordiosamente pôr em fim todas as obras meritórias com todo fervor e amor de Deus’”.
A filha de El-Rei D. Afonso V e de D. Isabel, a princesa Joana tinha 20 anos quando deixou Lisboa e a corte para se dedicar à vida religiosa de clausura. A 4 de Agosto de 1472 entrou no convento de Jesus, das dominicanas, na pequena vila muralhada de Aveiro, onde fez votos secretos. Morreu a 12 de Maio de 1490, com 38 anos, mas o seu exemplo de austeridade e fervor religioso levou desde sempre o povo de Aveiro a chamar-lhe “Santa” e protectora da cidade. O culto foi confirmado com a beatificação pelo Papa Inocêncio XII, a 4 de Abril de 1693. Já no século XX, a 5 de Janeiro de 1965, o Papa Paulo VI constituiu-a padroeira daquela diocese portuguesa onde 50 anos depois, em 2015, foi reaberto o processo de canonização, no qual se trabalha agora.
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