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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

HENRIQUE DE PAIVA COUCEIRO, HERÓI DA BATALHA DE MAGUL

Foto de TV Monarquia Portuguesa.

Lembrar um grande português, um herói e um feito militar.


8 de Setembro de 1895



No livro « O centenário de um Grande Chefe » do Dr. Francisco Manso Preto Cruz

O Combate de Magul

Paiva Couceiro, num gesto da temeridade, larga a galope acompanhado de 5 cavaleiros brancos em direcção inimigo!
Em frente dele estacou.
Olhou serenamente para a floresta de espingardas e de azagais que o defrontavam e com voz forte gritou : Pasman ! Pasman !
Felizmente, o irmão do Conguela estava com as tropas fiéis ao Gugunhana.
Pasman avançou receoso, cheio de medo.
« Entrega -me o régulo Matibejana »
Pasman respondeu que tinha de consultar os chefes…
« Quanto tempo é necessário para consulta e deliberação? « 
Três dias
« Pois se até à noite do terceiro ou Matibejana não estiver nas nossas mãos, com o Sol do quarto viremos buscá-lo ! »
E com assombrosa serenidade vultosas costas!
Com este gesto de inconcebível valentia evitou o esmagamento das nossas tropas e o brio da gente portuguesa.

E o conselheiro Antonio Ennes comenta:

« Este foi um dos mais singulares feitos de valor pessoal entre quantos assinalaram a campanha toda! »
« Se Couceiro não houvesse enfrentado com tal temeridade o perigo, as « mangas » rebeldes teriam perseguido os nossos até romperem e espezinhar o quadrado europeu »
« Este foi o eminente e tremendo risco que a fria intrepidez de Couceiro conjurou ».
« Naquele dia deveram-lhe a salvação todos os companheiros de armas, devendo-lhe a Pátria o não ficar esmaecido o prestígio da sua Bandeira! »
« A força movera se para o reconhecimento e não para atacar, mas era necessário manter a intimação feita a Pasman »

……..

O Gugunhana mandou levas de guerreiros e comboios de armas, E enquanto esperava que Couceiro cumprisse a sua palavra, bebia vinho velho do Porto, oferecido pelos amigos…
Coluna marchou para Magul, sem encontrar qualquer homem de cor!
« Por toda a parte da paz da solidão »
Pouco depois avistou-se o inimigo protegido pelas árvores do bosque e pelo alto capim.
O nosso quadrado consolidou-se, dispondo os homens em 3 filas.
« Parece que é gente demais… Se aquilo era poder que enfrentasse o Gugunhana! »
Cada face do nosso quadrado tinha 17 homens de frente!
Os soldados contaram as « mangas ». Eram 13!
Paiva Couceiro, joelho em terra, rezou a oração da manhã.
Por Deus, pela Pátria e pelo Rei!
Mandou avançar os angolas até ao pântano que os separava do inimigo.
Deu a voz de fogo.
Partiu uma salva de tiros.
Foi o aviso aos cafres, para lhes dizer que vinha cumprir a palavra que no dia 3 tinha dado ao Pasman…
As tropas do Gugunhana começaram a mover-se, dispondo-se para atacar de flanco, E cortar a retirada aos brancos para o Incoluana.
O sol já queimava. Começou o tiroteio.
Houve um momento de pânico num dos quando lados do quadrado.
Couceiro e Freire de Andrade intervieram e a coragem voltou.
Paiva Couceiro foi ferido no rosto. Tinha dores de endoidecer. O sangue ensopava-lhe bigode.
« Está cego murmuravam os soldados »
O sublime herói de Magul bebia o seu próprio sangue, para esconder dos soldados um sofrimento atroz.
Cego ou com vista, era necessário continuar, cada vez com mais entusiasmo, O combate que continuava com ferocidade, tendo por testemunhas um céu de Sol ardente e a planície escaldante e traiçoeira, até fazer parar 
a 1ª investida dos guerreiros negros.
O momento de desânimo era o corpo à corpo que os vátuas procuravam.
1 contra 300 !
Transfigurado, o cabelo revolto, coberto de sangue, Paiva Couceiro dominava, como um iluminado, a dor física, com rasgos de temerária valentia!
Parou o fogo momento. Havia poças de sangue de ouviam-se gemidos de dor. Os soldados do Gugunhana estavam a 100 m do quadrado!
Voltaram ao ataque, seguindo chefe, que se atirou para a frente numa intrepidez de herói, gritando: Mumph! Mumph! o seu grito de guerra!
Mas, Deus louvado ! o quadrado, com as metralhadoras de Sanches de Miranda e a fuzilaria de toda a linha de fogo, aguentou a investida !
As nuvens de fumo não deixavam ver a 2 m de distância. O ataque dos vátuas abrandava !
Paiva Couceiro, sentindo a vitória, mandou cessar-fogo, e o clarim fez ouvir as vozes do comando.
Os soldados do Gugunhana retiravam !
………

Fonte: Isabel Rougier.

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