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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

108 PORTUGUESES DERROTAM 3400 MOUROS (CRUZADA NA ETIÓPIA - 1541-43)

Foto de Ricardo da Silva.

(Cruzada na Etiópia, annos de 1541-43)


Na sequência da actividade militar que vinha desenvolvendo, Christóvam da Gama foy informado da existência de um ponto estratégico por onde o Preste havia de passar por força. Este local, uma serra que se situava nas montanhas Simien, encontrava-se nas mãos dos mouros. O plano envolvia uma aproximação furtiva por um caminho que permitiria aos assaltantes chegar ao topo da serra sem serem detectados. Acrescentava ainda que nela achariam muytos cavallos & muyto bons que na serra se criavam. Christóvam da Gama decidiu arriscar a sua sorte. Para isso, determinou de ir elle em pessoa.

Preocupado com a possibilidade de desguarnecer o acampamento, porque nam parecesse a el Rey de Zeila que o descercava & tornava para trás, decidiu sair rumo ao objectivo com a maior discrição possível, a coberto da escuridão.

Assim, se partiu à meia-noite & fez seu caminho mui secretamente, levando os capitães Manuel da Cunha & Joam Fonseca com as respectivas capitanias. Chegaram ao rio que atravessaram em jangadas, construídas com madeira & rama atada a huns couros cheios de vento que traziam previamente preparados para esse fim.

Vencido diligentemente este obstáculo natural tinham agora o objectivo à vista, & começaram a subir a serra sem ser sentidos que Miguel de Castanhoso descreve como sendo mui forte, porque nom tem mais que dous passos.

Ainda não haviam chegado ao topo quando foram descobertos pelos defensores, totalizando três mil homens de pé & quatrocentos de cavallo, que imediatamente se prepararam para resistir ao assalto.

Christóvam da Gama dividiu a força em três esquadrões, Manuel da Cunha de uma parte com trinta espingardeiros &, no lado oposto, Joam da Fonseca com outros trinta.

No centro seguia a bandeira real com quarenta soldados, com o comandante a liderar com oito cavalleiros, que deram sinal para o ataque arremmettendo impetuosamente contra os adversários.

O ataque terá sido efectuado apenas por um dos passos, não só pelo efectivo reduzido, mas também por não haver tempo de rodear a posição.

Apesar de pouco numerosos, a investida dos cavalleiros portugueses na frente foy fulminante.

Christóvam da Gama carregou na direcção do líder inimigo que se chamava Cide Amede & logo o trespassou com a lança; seguindo o seu exemplo, os restantes cavalleiros portugueses também derrubaram os seus com quem se encontraram, de forma que rapidamente puseram em fuga os restantes inimigos.

Atrás deles, os de pé eram já juntos &, depois de desferirem uma violenta carga de fuzilaria com os seus arcabuzes investiram sobre as linhas inimigas, matando & derrubando em os mouros.

Os muçulmanos como viram o seu capitam morto & que não tinham de quem haver vergonha nem quem os mandasse, puseram-se de fugida, sendo chacinados impiedosamente, de maneira que escaparam muito poucos.

Os portugueses não sofreram qualquer baixa, o que confirmará a violência do combate.

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