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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A PEDRA FIRME QUE DEFENDEU CABO VERDE: O FORTE REAL DE SÃO FILIPE

Foto de Nova Portugalidade.

O primeiro século do assentamento português em Cabo Verde pôde furtar-se a cuidados com a defesa militar do arquipélago. Isolado da Europa e localizado em águas mantidas sob o controlo incontestável da coroa lusa, o arquipélago nasceu sem armas - nem conquistado, nem defendido, foi por muitas décadas objecto de desenvolvimento pacífico. A segurança usufruída pelos cabo-verdianos decaiu à medida que se foi enfraquecendo o domínio português sobre o Atlântico, que se alterou de absoluto, no início do século XVI, para parcial e minguante na centúria seguinte.

Momento muito traumático para a vida das ilhas foram os ataque que lhes dirigiu Francis Drake, o conhecido pirata inglês, em 1578 e, depois, em 1585. Portugal encontrava-se então sob o governo de Filipe I de Portugal e II de Espanha, o primeiro da casa de Habsburgo a reinar sobre nós. O resultado foi a eclosão de hostilidades entre Portugal e os muitos inimigos da Espanha, de que os ingleses eram apenas um de numerosa lista. Lisboa compreendeu o perigo em que passara a viver Cabo Verde e reagiu eficazmente. Em 1587, já na Cidade Velha se erguiam muros, preparavam defesas, pensava como deter nova tentativa pirata. Para o Forte de São Filipe - o nome presta tributo ao monarca de então -, escolheu-se local particularmente avantajado para a missão que se lhe atribuía. O Forte foi construído 120 metros acima do nível do mar, em posição dominadora sobre a cidade e a geografia circundante, e concluído em 1593. Quem o desenhou foi Filipe Terzio, arquitecto muito destacado e Mestre de Obras d'El Rei a partir de 1590. Terzio acompanhara também Dom Sebastião na sua malograda jornada africana de 1578, conseguindo regressar ao Reino mediante o pagamento de avultado resgate.

A imponente fortificação, uma das maiores do tipo em África, cumpriu integralmente a missão que lhe foi dada. As investidas corsárias cessaram, de facto, dali para a frente - a próxima aconteceria somente em 1712, quando o francês Jacques Cassard tomou o forte, saqueou a cidade e incendiou grande parte dela. O conjunto foi recuperado em 1968 e 1970, quando Cabo Verde se encontrava ainda sob administração portuguesa, e novamente em 1999 por Álvaro Siza Vieira.

RPB

Foto de Nova Portugalidade.
Foto de Nova Portugalidade.
Foto de Nova Portugalidade.


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