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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 25 de outubro de 2022

"ESTAVA DE PÉ. E DE PÉ FICARÁ NA HISTÓRIA" | EM 25 DE OUTUBRO DE 1951 MORRIA A RAINHA D. AMÉLIA


"ESTAVA DE PÉ. E DE PÉ FICARÁ NA HISTÓRIA"
No dia 25 de Outubro de 1951, falece no Castelo de Bellevue, Chesnay-Rocquencourt, Marselha, França, S.M.F. a Rainha D. Amélia de Orleães e Bragança.




Fica para a memória, o registo do momento final da entrevista realizada pelo cineasta José Leitão de Barros, a S.M.F., na sua residência em França, em 1951, pouco antes do falecimento:
..."
- Minha Senhora, agradeço-lhe muito todo o esforço que lhe pedi...para os portugueses...
Mas a Rainha interrompe-me. O círculo dos presentes cerra-se em volta de nós. A Sr.ª Jouve, inquieta, ampara-a. Sinto as mãos da Rainha crisparem-se nas minhas e ouço a sua voz, mais forte:
- Esforço?! Qual esforço?...Isto não é nada! Esforço foi toda minha vida por vocês! Marido, filho, felicidade, alegria, uma vida inteira, tudo isso sim, foi esforço...Luís, o meu filho...O meu querido filho!...O meu pobre filho!...
Sinto ainda as mãos da soberana, fortes, inchadas pela doença, apertando violentamente as minhas em intermináveis minutos.
Por muito batido de aspectos dramáticos que a gente ande no mundo, por muito indiferente que se seja às expansões da dor alheia, confesso que o espectáculo dessa Mãe, chorando um filho morto, me perturbou na sua humana e eterna profundidade.
Todos os familiares de Bellevue, ansiosos, se aproximam de nós. Trémula, a sua voz torna a articular num soluço:
- O meu filho!...O meu filho!...
Um calafrio percorre-me o corpo. Forço uma vénia. Sobre as minhas mãos tinham caído as lágrimas de uma Rainha!
..."
Do acto enorme, de quem pela forma como no dia trágico defendeu o filho querido, Lavendan escreveu, com a pena molhada em admiração e entusiasmo: "Estava de pé. E de pé ficará na história".
"Quero bem a todos os portugueses - mesmo àqueles que me fizeram mal" - foram das suas últimas palavras lúcidas.
Todos os portugueses as poderão ouvir e quem sabe se elas terão o mérito de despertar ainda algum velho remorso adormecido...
Excertos do livro de José Leitão de Barros, "Amélia, Rainha de Portugal, Princesa de França", 1951.
José Peres Silva Bastos
TV Monarquia Portuguesa.

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