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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 11 de outubro de 2022

RECORDAR A ÚLTIMA ELEIÇÃO GERAL NA MONARQUIA



Convém recordar que na última Eleição Geral realizada em Monarquia, em 28 de Agosto de 1910, apenas escassos meses antes da golpada republicana de 5 de Outubro, os Partidos Monárquicos tiveram uma ‘Vitória Retumbante!’, e o Partido Republicano umas migalhas de votos.

O Partido Republicano Português, longe de ser um Partido dilatado em militantes e agregador de uma vasta multidão de simpatizantes, era um grémio ou se preferirem um redil com uma pequena caterva de adeptos, ou seja, republicanos sem público!

A essa parca abrangência popular juntava-se a falta de organização e a incompetência do seu directório, ele próprio enredado em lutas intestinas, só que esses membros que nutriam uns pelos outros ódios figadais, mantiveram a união até ao golpe revolucionário que implantou o Estado das Coisas republicano.
Para a 46ª Eleição Geral, 37ª eleição da 3ª vigência da Carta estavam recenseados 695 471 eleitores e votaram 600 000, o que se traduziu numa participação de 86,27%.

A ida às urnas traduziu-se numa vitória dos Governamentais de Teixeira de Sousa (58%), mas sobretudo numa Vitória dos Partidos Monárquicos com 91% contra uns meros 9% do Partido Republicano Português.
Bloco Liberal dos Governamentais:

. 58% - 90 Deputados governamentais, do chamado bloco liberal. Governo venceu em quase todo o País.
Bloco oposicionista ou Bloco conservador, das oposições monárquicas com 33% - 51 Deputados:

. 15% - 20 Deputados regeneradores apoiantes de Campos Henriques;
. 13% - 23 Deputados progressistas
. 3% - 5 Deputados Franquistas
. 2% - 3 Deputados Nacionalistas
Republicanos:

. 9% - 14 Deputados (Afonso Costa, Alexandre Braga, Alfredo Magalhães, António José de Almeida, A. Luís Gomes, Cândido dos Reis, João Menezes, Miguel Bombarda, Teófilo Braga e Bernardino Machado por Lisboa)
Assim, apontar o 5 de Outubro de 1910 como o resultado natural de uma emanação popular só pode ser risível ao analisar os resultados das últimas eleições do constitucionalismo monárquico, que se realizaram a 28 de Agosto de 1910, pouco mais de três meses antes da revolução que instaurou a República.

Naturalmente que, a esse resultado não era alheio o facto da estreita relação existente entre Rei e Povo. Os Reis Portugueses não habitavam a elevação solitária de um Júpiter no Olimpo, pois mantinham uma relação de proximidade com o Seu Povo, e sentiam um enorme gosto em conviver e estar entre ele. Quando abordados por qualquer pessoa, não fugiam ao cumprimento e encetavam familiarmente uma conversa, até porquê os príncipes eram educados pelos seus sábios preceptores precisamente para isso. É bem diferente da ‘afeição’ que os políticos sentem pelo Povo, aquela que provêm da diligência da astúcia, para captar perfidamente a clientela dos simples, pois logo que tenham o pretendido terminarão cuidados e interesses!

O Rei reinava como amigo protector, o político governa como dono! E à benignidade e dedicação do Rei correspondia a bem-querença do Seu Povo, emocional, sem reservas e sem vassalagem, brotando dos impulsos do coração e do afecto natural!

Não foi o Povo que mandou embora o Rei!

O golpe que derrubou a Monarquia, em 5 de Outubro de 1910, não foi mais do que um coup terrorista que, meia dúzia de positivistas mal-intencionados, apoiados nas bombas dos anarquistas, nos interesses dos pedreiros-livres da Maçonaria e no seu braço armado, a Carbonária, deram em 771 anos de História de um Reino, que apesar de ter tido alguns poucos momentos menos bons, foi grandiosa.

Antero de Quental analisou os republicanos portugueses do século XIX e referiu-se-lhes do seguinte modo: «Mas que republicanos! É um partido de lojistas, capitaneado por bacharéis pífios ou tolos. É quanto basta para se lhe tirar o horóscopo. Duma tal república só há-de sair a anarquia e a fome!».
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Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

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