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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

A 8 DE NOVEMBRO DE 1893 CASAVA-SE DOM MIGUEL JANUÁRIO, DUQUE DE BRAGANÇA



8 de Novembro de 1893: Dom Miguel Januário, Duque de Bragança, casa com sua prima, a Princesa Dona Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Deste casamento nasceram 7 filhas e um filho varão, Dom Duarte Nuno, pai do actual Duque de Bragança:

Dom Miguel, de seu nome Miguel Januário de Bragança, 22º Duque de Bragança, * Castelo de Kleinheubach, 19.09.1853 - † Austria, Seebenstein, 11.10.1927, era filho de Dom Miguel I, Rei de Portugal (*1802 - †1866) e de Adelaide, Princesa de Löwenstein-Wertheim-Rochefort (*1831 - †1909); Neto paterno de Dom João VI, Rei de Portugal (*1767 - †1826) e de Dona Carlota Joaquina de Bourbon, Infanta de Espanha (*1775 - †1830) e neto materno de Constantin, Príncipe herdeiro de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg (*1802 - †1838) e de Inês, Princesa de Hohenlohe-Langenburg (*1804 - †1835).

Dom Miguel Januário de Bragança, foi o único filho varão do Rei Dom Miguel I e de sua esposa, Dona Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Foi um pretendente ao trono português do ramo Miguelista.

Nascido em 19 de Setembro de 1853, no Castelo de Kleinheubach, na Baviera, Alemanha. Estudou no Colégio de São Clemente, em Metz e frequentou a Universidade de Innsbruck, no Tirol, na época Império Austro-Húngaro, actual Áustria. Foi nomeado alferes do décimo quarto Regimento de Dragões, tomando parte na campanha de ocupação da Bósnia.

Após a morte do seu pai, em 1866 e das pretensões das suas duas meias-irmãs legitimadas pelo seu pai Dom Miguel I e nascidas durante o período do seu reinado efectivo, Dona Maria Assunção de Bragança e Dona Maria de Jesus de Bragança, denominou-se, então, como "o único herdeiro" na pretensão ao trono de Portugal pelo ramo Miguelista, afirmou-se também como alegado defensor da monarquia tradicional e ainda como opositor ao regime monárquico constitucional que estava em vigor. Foi pretendente ao trono ainda durante os reinados de Dom Luís I, de Dom Carlos I e de Dom Manuel II de Portugal, mas sem nunca ter conseguido alcançar o trono que foi ocupado pelos reis da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota.

Foi agraciado em 1890, pelo imperador Francisco José I da Áustria, com o privilégio da extra-territorialidade.

Desde a Convenção de Evoramonte em 1834 e a vitória dos exércitos da Quadrupla Aliança, apoiantes de Dom Pedro IV, os descendentes do Rei Dom Miguel de Bragança encontravam-se interditos de pisarem o território nacional pela Carta de Lei de 19 de Dezembro de 1834, a "Lei do Banimento".

Para os partidários de Dom Miguel, a exclusão da posição sucessória ficou revogada em 1842 com a reposição da Carta Constitucional de 1826.

Em 1912, Dom Miguel Januário de Bragança negociou o Pacto de Dover com o rei Dom Manuel II, abrindo caminho à resolução definitiva de uma questão dinástica que depois de 1834, vinha dilacerando a causa da monarquia em Portugal. Para reforçar o Pacto de Dover, foi celebrado a 17 de Abril de 1922, o Pacto de Paris, entre o rei Dom Manuel II de Portugal e Dona Aldegundes de Bragança, condessa de Bardi, representante de seu sobrinho do ramo de Dom Miguel, o pretendente Dom Duarte Nuno de Bragança, ambos no exílio, e firmado através dos respectivos procuradores. Estes foram, por parte da condessa de Bardi, o conde de Almada e Avranches, D. Lourenço de Jesus Maria José Vaz de Almada e pela facção constitucionalista o Tenente-Coronel Aires de Ornelas e Vasconcelos, lugar-tenente do rei Dom Manuel II.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Dom Miguel Januário integrou o exército austríaco, do qual se retirou quando Portugal entrou no conflito em 1916. Quando efectivamente se retirou das fileiras do exército austríaco, abdicou em favor do seu filho mais novo, Dom Duarte Nuno de Bragança, em Bronnbach, a 30 de Julho de 1920, a pedido de uma comissão de monárquicos representantes do ramo Miguelista e da Junta Central do Integralismo Lusitano.

Veio a falecer em Seebenstein, na Áustria, em 11 de Outubro de 1927.

Casamento e descendência:

Do matrimónio com Dona Isabel de Thurn e Taxis, teve os seguintes filhos:

- Dom Miguel Maria Maximiliano de Bragança (1878–1923), pretendente ao título de Duque de Viseu, foi obrigado a renunciar às pretensões dinásticas por ter-se casado com a cidadã americana Anita Stewart Morris.

- Dom Francisco José de Bragança (1879–1919), pretendente ao título de Infante de Portugal, renunciou às suas pretensões.

- Dona Maria Teresa de Bragança (1881–1945), pretendente ao título de Infanta de Portugal, casada com Karl Ludwig de Thurn und Taxis.

Do matrimónio em segundas núpcias, com Dona Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, teve os seguintes filhos:

- Dona Isabel Maria de Bragança (1894–1970).

- Dona Maria Benedita de Bragança (1896–1971).

- Dona Mafalda de Bragança (1898–1918).

- Dona Maria Ana de Bragança (1899–1971), casada com Carlos Augusto de Thurn e Taxis.

- Dona Maria Antónia de Bragança (1903–1973), casada com Sidney Ashley Chanler.

- Dona Filipa de Bragança (1905–1990).

- Dom Duarte Nuno de Bragança (1907–1976), Duque de Bragança e aclamado Rei, na cidade do Porto, pelo movimento monárquico que foi denominado de "Monarquia do Norte".

- Dona Maria Adelaide de Bragança (1912–2012), casada com o médico Nicolaas Johannes Maria van Uden.

Tendo Dom Miguel Maria Maximiliano de Bragança renunciado por ter-se casado com uma cidadã americana e tendo também Dom Francisco José de Bragança renunciado, as pretensões recaíram em favor de seu irmão, Dom Duarte Nuno.

Títulos de Dom Miguel Januário de Bragança, durante a sua vida:

- Infante de Portugal

- Príncipe Real de Portugal

- Duque de Bragança

- Duque de Barcelos

- Marquês de Vila Viçosa

- Conde de Arraiolos

- Conde de Barcelos

- Conde de Neiva

- Conde de Ourém

- Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro-Áustria

Cronologia Geneall:

08.11.1893 Dom Miguel Januário, Duque de Bragança, casa com a Princesa Dona Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Deste casamento nasceram 7 filhas e um filho varão, Dom Duarte Nuno, pai do actual Duque de Bragança.

31.07.1920 O Duque de Bragança, Dom Miguel Januário abdica dos seus direitos dinásticos a favor de seu filho Dom Duarte Nuno, pouco depois reconhecido e declarado herdeiro do trono português pelos monárquicos legitimistas.

(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll e Wikipédia)

Associação dos Autarcas Monárquicos

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