São Martinho nasceu em 316 d.C., na cidade da Sabária, na Panónia, Hungria. Era filho dum oficial do Exército Romano. Aos 12 anos, contrariando a vontade do pai, abraçou o Cristianismo. O pai, para o tentar educar ao seu jeito, alistou-o na Legião Romana.
Foi num dia frio e chuvoso de Outono, na Gália, que o tribuno Martinho seguia montado a cavalo quando encontrou um mendigo. Vendo o pedinte a tremer de frio e sem nada que lhe pudesse dar, pegou na espada e cortou o manto ao meio, cobrindo-o com uma das partes.
Mais à frente, voltou a encontrar outro mendigo, com quem partilhou a outra metade da capa.
Sem nada que o protegesse do frio, Martinho continuou viagem. Diz a lenda que, nesse momento, as nuvens negras desapareceram e o sol surgiu.
O bom tempo prolongou-se por três dias.
Na noite seguinte, Cristo apareceu a Martinho num sonho. Usando o manto do mendigo, voltou-se para a multidão de anjos que o acompanhavam e disse em voz alta: “Martinho, ainda catecúmeno [que não foi baptizado] cobriu-me com esta veste”.
A seguir a estes acontecimentos abandonou o Exército, foi baptizado por Santo Hilário de Poitiers, e dedicou a sua vida à oração e ascese, tornando-se eremita. Fundou um mosteiro em França (Ligugé) e, mais tarde e contrariado, foi aclamado Bispo de Tours.
Foi o grande evangelizador da França, grande pastor (disseminou a existência das paróquias para os fiéis viverem a fé localmente), fundador de mosteiros, formador de clérigos, defendendo sempre a causa dos pobres, oprimidos e deserdados.
Morreu em 397, e é no dia 11 de Novembro, data em que foi sepultado em Tours, que se comemora o dia de São Martinho.
Ficou conhecido por São Martinho de Tours.
Neste dia, aproveitando o “Verão de S. Martinho”, é tradição comerem-se castanhas assadas e beber-se jeropiga.
É o Santo Padroeiro da Guarda Suíça Pontifícia, a Guarda do Papa.
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica
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