O Doutor João Pinto Ribeiro (1590-1649) foi um dos mais eminentes Conjurados de 1640, e a figura chave da Restauração da Independência. Diligente intermediário entre os conjuradores que se reuniam no Palácio dos Almadas e D. João (II), Duque de Bragança, a quem administrava os negócios da Casa, João Pinto Ribeiro desempenhou um papel decisivo na Conjuração pois foi determinante a convencer o hesitante Duque de Bragança a aceitar a Coroa portuguesa e o Trono dos seus maiores. Recorde-se que se não aceitasse a Coroa como futuro D. João IV, a Restauração ocorreria na mesma e Portugal teria um governo sob a forma de uma República Aristocrática, a exemplo da Veneza da altura.
João Pinto Ribeiro era filho de Manuel Pinto Ribeiro, Senhor da Casa de Frariz. Capitão-Mor do Concelho de Gestaço, natural de Amarante e de Helena Gomes da Silva. Formou-se na Universidade de Coimbra (1607-1617) com o grau de bacharel em Direito-Canónico, notabilizando-se depois como jurisconsulto.
O Cérebro da Restauração foi, ainda, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Juiz de fora das Vilas de Pinhel e Ponte de Lima, Administrador dos negócios da Casa de Bragança e seu agente em Lisboa, Agente da Aclamação de D. João IV, Comendador de Santa Maria de Gimunde na Ordem de Cristo, do Conselho de Sua Majestade, Contador-Mor das Contas do Reino, Desembargador Supranumerário da Mesa do Desembargo do Paço, Guarda-Mor da Torre do Tombo.
O Dr. João Pinto Ribeiro autor de "Discorso dell' vsurpatione retentione e ristoratione del Regno di Portogallo" foi, também, decisivo no tipo de Monarquia que foi restaurada, a orgânica - tipicamente portuguesa -, proclamando que:
‘A Monarquia vale por virtude própria, independentemente da figura que a encarna.’
| Plataforma de Cidadania Monárquica
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