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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

1.º DE DEZEMBRO, O MAIS IMPORTANTE FERIADO NACIONAL



Não há feriado mais importante para uma Nação do que a sua independência e para um povo do que a sua liberdade. O 1.º de Dezembro é o mais antigo feriado civil português e o mais alto dos feriados patrióticos, tendo atravessado regimes e mudanças políticas e sociais, sendo a forma como desde há século e meio os portugueses, da esquerda à direita, dos monárquicos aos republicanos, escolheram celebrar a sua independência e liberdade.

O 1.º de Dezembro é o feriado civil mais antigo; sobreviveu à I República austera em festividades, ao Estado Novo que só recuperou os "dias santos" em 1952 e à chegada da democracia, que nunca aboliu feriados mas acrescentou vários ao calendário.

Menos de uma semana após a revolução republicana de 1910, um decreto acabou com os feriados religiosos e institui apenas cinco dias de 'folga nacional': o 1.º de Janeiro (transformado em Dia da Fraternidade Universal), o 31 de Janeiro (data da revolta republicana no Porto, em 1891), o 5 de Outubro (Dia da República), o 1.º de Dezembro (Dia da Independência e da Bandeira) e o 25 de Dezembro (que passou a Dia da Família).

O mesmo decreto permitia aos municípios escolherem um dia de celebração local, estando aqui a origem dos feriados municipais.

Os republicanos só aceitavam uma celebração civil vinda da monarquia: o 1.º de Dezembro, que celebra a restauração da Independência em relação a Espanha em 1640.

Este é um feriado nascido na segunda metade do século XIX, pela mão da então Comissão Nacional 1.º de Dezembro, mais tarde Sociedade Histórica da Independência Nacional, criada em 1861 como reacção "a um movimento iberista".

Com a chegada da República, reduzem-se assim a cinco os feriados nacionais. Mas esta austeridade durou pouco e, lentamente, foram-se acrescentando dias de ócio ao calendário, até aos actuais 13 (seis civis e sete religiosos).

Logo em 1912, os republicanos criam o 3 de Maio, para celebrar a descoberta do Brasil. E em 1929, já sob a ditadura que levaria ao Estado Novo, o feriado municipal de Lisboa passa a nacional, nascendo aqui o 10 de Junho, que começou por ser o Dia de Camões e Portugal, passou a Dia de Camões, de Portugal e da Raça em 1944 e é, desde, 1978, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.

Curiosamente, o Estado Novo demorou décadas a mexer nos feriados e, em particular, a recuperar os religiosos, os "dias santos". Só o faz depois da assinatura da Concordata com a Santa Sé, em 1940, e o Ano Santo de 1951.

Mesmo o feriado da Imaculada Conceição, que é formalizado em 1948, é celebrado durante anos como o Dia da Consagração de Portugal a Nossa Senhora.

Não se celebrava o dogma. O salazarismo manteve sempre a separação entre Estado e Igreja, apesar da grande influência da Igreja. Os feriados eram sempre celebrações cívicas.

Em 1952, Salazar acaba com o 31 de Janeiro e o 3 de Maio e junta três festas católicas à Imaculada Conceição (8 de Dezembro), ao Natal e ao 1.º de Janeiro, assim nascendo o Corpo de Deus (móvel), o 15 de Agosto (Assunção de Maria) e o Dia de Todos os Santos (1 de Novembro).

Os responsáveis pelo 25 de Abril de 1974 foram ainda mais rápidos do que os primeiros republicanos e, dois dias depois da Revolução dos Cravos, a data do golpe militar já era feriado, assim como o 1.º de Maio, o Dia do Trabalhador.

A democracia fez nascer mais dois feriados nacionais religiosos: a Sexta-feira Santa (em 1976) e o Domingo de Páscoa (em 2003).

Religiosos ou civis, republicanos ou monárquicos, os feriados mantêm uma característica: foram sempre associados a dias de ócio, sem trabalho. 


Associação dos Autarcas Monárquicos

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