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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

A GUERRA DA RESTAURAÇÃO


À revolução nacional e patriótica do 1° de Dezembro de 1640 empreendida pelo heroico grupo designado de ‘Os Quarenta Conjurados’, membros da mais distinta nobreza portuguesa, com o apoio do Clero e do Povo, que pôs fim à monarquia dual da Dinastia Filipina (iniciada em 1580) e que resultou na Restauração da Independência, mais precisamente na Restauração de Portugal como País Soberano, seguiu-se uma longa guerra.

Inaugurada a 4ª Dinastia Portuguesa, a da Casa de Bragança, com a Aclamação de D. João IV, a restauração alastrou por todo o Reino com a revolta dos portugueses à governação da dinastia castelhana, que durante 60 anos, reinou em Portugal.

Mas a questão, longe de ficar resolvida imediatamente, deu origem à Guerra da Restauração, um conjunto de confrontações bélicas travadas entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela, e que se estendeu por um período de 28 anos, entre 1640 e 1668, quando pelo Tratado de Lisboa de 1668, assinado em nome do Rei Dom Afonso VI de Portugal e Don Carlos II de Espanha, ficou definitivamente reconhecida a independência do Reino de Portugal.

Prova dessa bravura temerária dos portugueses, foi a missiva, que, em 1663, um dos ministros do Rei Don Filipe IV enviou ao monarca castelhano:

‘Dizem a Vossa Majestade que Portugal não tem dinheiro, não tem navios, não tem pessoas: traidores são os que dizem isso. Bem, com o que eles nos destruíram? Sem pessoas, eles nos derrotaram tantas vezes; Bom Deus, vá com as pessoas! Sem dinheiro, choramos nossas ruínas, o que choraríamos se tivessem dinheiro? Senhor: Portugal nos derrotou em 'Montijo', destruiu-nos em 'Elvas', Luis Méndez de Haro fugiu deixando cavalos, artilharia, infantaria e bagagem. Portugal em Évora destruiu a Flor da Espanha, o melhor de Flandres, o lúcido de Milão, o escolhido de Nápoles e a romã da Extremadura. Vergonhosamente, SA o príncipe D. João José da Áustria se retirou, deixando oito milhões que custaram à empreitada, oito mil mortos, seis mil prisioneiros, quatro mil cavalos, vinte e quatro peças de artilharia e a coisa mais lamentável foi que, de cento e vinte estandartes e afins, apenas cinco escaparam (...). Todos os dias Sua Majestade espera estar ganhando, e todos os dias Sua Majestade sabe que está perdendo e que a perda de todos os dias é grande.’

Pouco tempo depois dessas palavras o exército português infligiria mais uma derrota aos castelhanos em 'Castelo Rodrigo' em 1664, e alcançaria a vitória esmagadora de 'Montes Claros', em 1665, já reinando em Portugal D. Afonso VI. No sítio de Montes Claros, D. António Luís de Menezes, Marquês de Marialva, Capitão General do Alentejo, comandou as forças portuguesas, e entre as 9 horas da manhã até às 6 da tarde, matou, rompeu, desbaratou e venceu o exército castelhano, que o Marquês de Canacena, Capitão General da Estremadura, liderava, e que, batendo em retirada, deixou na campanha um grande número de prisioneiros, toda a artilharia e carnagem.

A 4ª Dinastia Portuguesa, com a Coroa cingida pela Casa de Bragança, elevará de novo Portugal aos píncaros da História e a Monarquia duraria por mais 2 séculos e meio.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

Imagem: Pintura “Guerra da Restauração” por Mestre Carlos Alberto Santos, em que é visível a Bandeira da Guerra da Restauração, com a Cruz de Cristo sobre fundo verde, usada entre 1640 e 1668

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